Às vezes tenho pena...

30 de novembro de 2015

De um modo geral, posso dizer que vivo bem com a minha idade e gosto de ser uma mulher madura (será??), de já ter ultrapassado os quarenta. Sinto-me bem na minha pele e com as rugas e cabelos brancos que me vão aparecendo. E não venho com a conversa do que conta é o espírito, porque, definitivamente, não tenho espírito de uma jovem de 18 anos. Sinto que a vida e a minha perspectiva perante ela mudaram de uma forma irrevogável (como diria o outro). E, não, não me sinto velha. Sinto-me apenas eu, quarentona, com tudo o que já vivi e com muito que ainda tenho para viver.
Só tenho pena de não ser mais nova em dias como hoje. Hoje fomos à maternidade ver uma bebé de uma amiga nossa que nasceu no sábado. As minhas filhas deliraram e eu também...se eu fosse mais nova... É a única situação em que lamento ter ultrapassado os quarenta.
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Eu não digo que não...

Apesar do ligeiro decréscimo, a campanha do Banco Alimentar foi bastante positiva em termos de recolha de alimentos. Fico feliz, apesar de este ano, ter ouvido mais que uma pessoa comentar que não contribuía e que preferia dar a pessoas que, realmente, sabia que necessitava.
Tenho curiosidade em saber se estas pessoas que não dão por este motivo, chegam, efectivamente, a ajudar alguém. Espero, do fundo do coração que sim e que não seja apenas uma desculpa para não contribuir.
Eu nunca digo que não e, ao invés de comprar apenas essenciais (que que todos compramos porque é o que eles pedem), nesta altura de Natal compro alguns miminhos tipo bolachas e biscoitos... e mesmo chocolates...afinal, no meio de 452.000 pessoas que o BA ajuda, muitas delas serão, certamente, crianças.
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Grande susto...

Quatro horas e quatro minutos da manhã, marcava o despertador, quando sinto uma mão pequenina bater-me no ombro com nervosismo. Acordo sobressaltada e apercebo-me que era a minha filha mais nova. Aflita, do alto dos seus sete anos diz-me:
- Mãe, estou a morrer!
- Estás a morrer? Porquê??? (e o meu coração batia a 100000000 à hora)
- Porque não consigo respirar...(pausa)... pelo nariz!!!
Moral da história: a pequena tem, como fruto deste tempo e de mais seja o que fôr, o nariz entupido, mas, abordou-me de tal forma que não ganhei para o susto. É muito melodramática!
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Dai-me senhor paciência...

Tomando o meu café a meio da manhã, sou precedida no meu caminho até ao café da esquina, por um senhor da minha idade que fuma o seu cigarro e deita a beata para o chão, o mesmo fazendo (desculpem-me a nojice) ao seu catarro do fumador. Estive mesmo para lhe oferecer um lencinho de papel para a próxima vez. Mas resolvi ignorar...dai-me senhor paciência que ainda só hoje é segunda feira.
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Recomeçar...com pessoas...

Mais um dos textos em prosa, do Joaquim Pessoa que eu adoro...nada melhor para começar a semana do que pensar em pessoas como estas.


São as pessoas como tu que fazem com que o nada queira dizer-nos algo, as coisas vulgares se tornem coisas importantes e as preocupações maiores sejam de facto mais pequenas. São as pessoas como tu que dão outra dimensão aos dias, transformando a chuva em delirante orvalho e fazendo do inverno uma estação de rosas rubras. (...)
 Essas pessoas que estão sempre ao nosso lado para nos ensinar em todos os momentos, ou em qualquer momento, a não sentir o medo, a reparar num gesto, a escutar um violino. São as pessoas como tu que ajudam a transformar o mundo. 

Joaquim Pessoa, in Ano Comum


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Gostava de ter coragem...

29 de novembro de 2015

Gostava muito de ser menina para fazer um cartaz gigantesco com esta frase e colocá-la logo à entrada do meu local de trabalho. Talvez houvesse menos ânsia de mostrar que somos os mais competentes e mais necessidade de mostrar o nosso lado humano. Trabalho com excelentes profissionais, mas que por vezes não olham a meios para atingir os fins.



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Minha máxima...

Depois de ter descoberto que o marido de uma das minhas melhores amigas, que eu julgava que conhecia muitíssimo bem e de quem não esperava, a trai, há mais de um ano com uma colega de trabalho, e e de ter lido um post de uma blogger que sigo, sobre um alegado rapaz calmo e sereno que ela conhecia, que cortou outra pessoa com uma motossera, cada vez me convenço mais, que o cepticismo que ganhei ao longo da vida e que fez uma das minhas máximas de vida é certeiro, certeiro, certeiro.

"Nunca conhecemos verdadeiramente as pessoas, por isso, não vale a pena pôr as mãos no fogo por ninguém."
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Disto do amadurecimento...

Durante a minha adolescência e juventude, fazia gala em dizer "Desistir é uma palavra que não existe no meu dicionário!" .E lá andava eu pela vida, levando encontrão daqui e murro dali, sem conseguir, muitas vezes, alcançar o que queria, mas sempre persistindo. Não posso dizer que a persistência não me tenha levado a bons portos em algumas situações. Mas em outras quase me enlouqueceu.
Agora, mais de 20 anos volvidos, aprendi que, desistência não é sinónimo de fraqueza ou covardia...desistir é, muitas vezes, o caminho mais inteligente para não continuar a levar murros e bofetadas num caminho que nos leva a lado nenhum...já não sou tão teimosa...há causas que dou como perdidas...mas sou muito mais tranquila. Sonhar sim, mas com aquilo que não me magoa.
P.S. Não estou a dizer nada que a maioria de vós já não saiba, mas apeteceu-me porque acabei de desisitir de uma coisa que só me fazia mal.
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Pensem como a Sophia...

Outro dos que adoro:


Apesar das Ruínas

Apesar das ruínas e da morte, 
Onde sempre acabou cada ilusão, 
A força dos meus sonhos é tão forte, 
Que de tudo renasce a exaltação 
E nunca as minhas mãos ficam vazias. 


Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Antologia Poética' 





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Deixem-na em paz!!!

28 de novembro de 2015

O jornal Sol traz um artigo sobre uma alegada resposta que a Carolina Patrocínio terá dado pelos comentários negativos acerca da sua parca barriga.
Confesso que gosto de ver uma barriguinha de grávida (não uma grávida balofa), e que prefiro essas barriguinhas à da dita senhora, mas se ela está bem, se a ou o bebé está bem, se já na gravidez anterior foi assim e ela teve uma criança perfeitamente saudável, não entendo porque continuam a bater no ceguinho. Irra, gente que não tem mais nada que fazer senão desfazer na vida dos outros.
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Sou um génio!!!

Acabei de ver no meu mural do facebook indicação a mais um daqueles maravilhosos estudos que se faz acerca das coisas mais estranhas. Este até nem é dos piores e, melhor que isso, agrada-me.
Na verdade, descobri que não devo ter vergonha de, muitas vezes, quando estou mais entusiasmada ou mais enervada, manter, em voz alta, conversas comigo mesma. É sinal, pelos vistos, não de que padeço de um problema mental grave, mas de que sou um génio...Sempre gostava de saber o que significa falar com os animais. É que mantenho conversas de longas horas com a minha gata, sobretudo quando só estamos as duas na cozinha. Se calhar sou um "ultragénio".
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Ser "nhónhó"...

Ser nhonhó ou uma outsider é ter recebido mensagens de Black Friday da Fnac, da Toys`r us, da Mango, da Mo On line, da Verbaudet, e de mais não sei quantas marcas, ter saído mais cedo do trabalho e ter aproveitado apenas as promoções de polvo a menos 40% no Continente, para o almoço de hoje e para o Natal...Desculpem mas a minha cabecinha não deu para mais...Adoro promoções, talões de descontos e descontos em cartão, mas nunca aproveito estes descontos em massa...fico sempre intimidada com os ajuntamentos de pessoas...



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Hoje fica...

Hoje fica uma das minhas citações preferidas, para começar o dia:

Invejar a felicidade alheia é loucura: não nos saberíamos servir dela. A felicidade não se quer de confecção, mas sob medida.
Gide, Andre







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Desconcertante...

27 de novembro de 2015

Desconcertante é corrigir os TPC da minha filha e achar que estão cheios de erros ortográficos e, por outro lado, ela ver-me escrever e dizer que eu escrevo mal.
Tudo isto porque eu sou casmurra (e vou continuar a ser) e não escrevo segundo o acordo ortográfico. Ela, pelo contrário, aprendeu e só sabe escrever segundo as novas regras.
Eu nem nos documentos oficiais utilizo o acordo...sou mesmo teimosa.
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Apostam comigo???

Sou fã assumida da Adele...fiquei contente por saber que ela vinha a Portugal. Pensei logo em ir ver o concerto. Mas ao ser confrontada com a realidade de que o bilhete, no sítio onde costumo ficar, balcão 1, custa cerca de 75 euros, fiquei desolada. Certamente não iremos, seriam 150 euros para os dois (sim, não vou sem o mais que tudo) e 150 euros são 30 contos na moeda antiga. É muito dinheiro.
Não acham? Não acham que se devia ter em conta a situação económica do país ao fixar os preços?
Seja como for, aposto o que quiserem em como os espectáculos vão esgotar. Foi como quando foi da Violetta, vi pais que fizeram um sacrifício doido para proporcionarem o evento às filhas. Felizmente, que cá por casa elas não fizeram questão de ir, dizendo que viam o concerto depois no youtube. Fui sortuda.
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Mandar bitaites!!!

Muito gosta este povo das revistas e dos sites de mandar bitaites (como eu costumo dizer, numa expressão tipicamente nortenha) sobre aquilo que devemos ou não fazer. Agora já nem leio. Passo à frente. Mas, ainda à hora de almoço, lia o título, na net dos 15 objectivos a alcançar numa relação. Depois eram as 5 formas de manter uma relação no trabalho, para além das 20 coisas que não devemos fazer aos nossos filhos e das 300 maneiras de nos darmos bem com a nossa sogra. Isto já para não falar dos artigos de opinião sobre os 10 alimentos que ajudam a emgrecer, os 15 que provocam o cancro e os 30 que aumentam a longevidade...Cada um deve dar o melhor de si, fazer o melhor que pode e sabe e o conselho para A, certamente não encaixará no B, no C ou no D. Há muitos anos lia estes artigos, agora, que passei os 40, apetece-me mandá-los todos àquela parte!!!
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Muito acertado!

Acabei de ler que, ontem, na tomada de posse, os ministros nomeados não foram chamados pelo seu título académico (doutor, Doutor, engenheiro, arquitecto etc.) mas sim pelo seu nome próprio. E regozijei-me. Claro que quando vou ao médico o trato por Dr..
Mas, quando a senhora que ajudou a minha mãe a criar-me me começou a chamar pelo meu título académico, mostrei-lhe o meu, então, Bilhete de Identidade, e mostrei-lhe que aquele apêndice não existia no meu nome. Fora do meu local de trabalho, eu sou a Maria do Mundo e não a Dr.ª Maria do Mundo. Na escola sou a "Mãe", forma pela qual adoro ser tratada.
Os ministros também estão ali para servir o país e na sua qualidade pessoal. Por isso, achei muito acertado que os tivessem tratado pelo nome. Menos uma parolice.
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Hoje temos...

Hoje não amanheço com poesia, amanheço com a prosa de um dos escritores actuais de que gosto muito, Joaquim Pessoa. A pensar em todos aqueles que amam.

Amo-te Por Todas as Razões e Mais Uma
Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu. 
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum' 



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Peripécias...

26 de novembro de 2015

Agora quando fui buscar as meninas à escola, como boa portuguesa, quis estacionar a carrinha num lugarzinho que havia mesmo à porta da dita. Aquilo era como meter o Rossio na Betesga, mas para quê ir para mais longe, se tinha ali um sítio mesmo ao pé? Vai de insistir e vai de bater no carro de trás no meio das duzentas manobras que tive de fazer.
Felizmente, não ficou nenhum dos carros com riscos, mas o que me irritou mesmo foi a cara de riso e gozo, a  atenção com que um avô aí de 60 anos (que devia também estar à espera de uma criança) seguiu as minhas manobras e o meu toque no carro de trás. Em vez de me ajudar...ficou a ver o panorama.
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Não haveria melhor escolha?

Perdoem-me os seus fãs, que eu sei que são muitos. Apesar de admirar a não negação das origens e de lhe reconhecer o sucesso, não "vou à bola" com a Cristina Ferreira. Apesar de ter uma revista que me apraz ler, acho-a exagerada, esganiçada e com alguma falta de modos, que ainda não percebi se lhe é mesmo intrínseca ou se é só para captar audiências.
O que me deixou espantada foi o facto de ter sido ela a convidada a representar as mulheres portuguesas num encontro na embaixada dos EUA para mulheres empresárias. Pergunto-me: não haverá, por aí, empresárias de sucesso com muito mais classe que a menina deslumbrada ou será esta antipatia que nutro por ela, um problema apenas meu, e, afinal a moça até é do mais chique que há?
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Na nossa casa...

Apesar de nenhum de nós acreditar no Pai Natal, ainda se escrevem as cartas para o dito. Cheias de desenhos alusivos e com os pedidos pelo meio. E, ano após ano, vou guardando as cartas para mais tarde recordar...somos assim, dados a estas tradições.
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Por muito que nos esforcemos...

Por muito que nos esforcemos é muito difícil que na cabeça de muita gente não fique uma ligação entre o ser-se muçulmano e o terrorismo.
Ontem, a minha filha mais velha, chegou a casa, vinda da escola, cantando uma espécie de Rap, que dizia mais ou menos isto "Você quer, você quer o quê? Chamo minha família, ela é muçulmana e mata você!"
Mandei-a calar e expliquei-lhe, como era meu dever, que eram coisas distintas, falei-lhe dos atentados, por quem foram levados a cabo e que não podemos confundir uma minoria com o todo.
Mas, pergunto-me, quantas pessoas explicarão isto às crianças? Quantas pessoas também não associarão estas duas coisas?
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Já cá faltava...

Já cá faltava o Fernando Pessoa. Gosto muito, mas não é o meu preferido, o preferido é o Eugénio de Andrade. No entanto, sabe sempre bem uma poesia para começar o dia...esta lembra-me os meus tempos de juventude. Foi nessa altura que comecei a adorar este poema.

Não Digas Nada!

Não digas nada! 
Nem mesmo a verdade 
Há tanta suavidade em nada se dizer 
E tudo se entender — 
Tudo metade 
De sentir e de ver... 
Não digas nada 
Deixa esquecer 

Talvez que amanhã 
Em outra paisagem 
Digas que foi vã 
Toda essa viagem 
Até onde quis 
Ser quem me agrada... 
Mas ali fui feliz 
Não digas nada. 

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro" 



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Descobri...

25 de novembro de 2015

Ao dar de caras com estes dois desenhos, tão famosos no meu tempo, no quais acredito piamente, e considerando que o meu marido ressona de forma a que os vizinhos consigam ouvir e que sou eu que tiro a louça da máquina, descobri que não sou amada como mereço. Terei de repensar a minha vida. Oh vida dura!



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Que pena...

Que uma mulher negra tenha sido indicada para ministra e que uma mulher cega tenha sido indicada para secretária de estado é algo que me alegra. No entanto, tenho pena que tais nomeações tenham dado azo a grandes e elaboradas notícias de um jornal conceituado, o Expresso, e de outras publicações. Só mostra o quão atrasados ainda estamos em matéria de igualdade de direitos e de acesso a cargos importantes. Se fossemos um país com alguma evolução neste aspecto, tais nomeações não teriam criado tanto alarido: seriam normais.
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Sobre mim...

Posso dizer que não sou uma pessoa completamente optimista. Não sou daquelas pessoas que acredita que posso ser feliz a tudo o custo desde que o queira. Sou optimista Q.B. e acredito que a nossa forma de estar contribuí muito para o proveito dos nossos dias. No entanto, nem sempre vejo o mundo a cor-de-rosa. O mundo tem, para mim, várias tonalidades:umas mais agradáveis, outras menos.
Agora, o que eu detesto mesmo é gente tóxica. Gente que só vê problemas em tudo, gente que acha que todos os projectos vão correr mal e que alguém vai ter de pagar por pecados que não cometeu. Detesto pessoas que só sabem ver defeitos no que os outros fazem e vêm sempre com a história do bicho papão. Infelizmente, tenho de conviver com algumas dessas pessoas. Haja paciência.
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No feminino...

Começando o dia com outro dos meus poemas queridos, desta vez com poesia no feminino da nossa Grande Sophia. Este poema comove-me.


Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

                      Sophia de Mello Breyner Andresen




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Que estamos a fazer???

24 de novembro de 2015

Uma conversa ouvida, hoje, à hora de almoço no café onde petisco qualquer coisa, deixou-me a pensar sobre a "qualidade" dos adolescentes que estamos a criar. Ao meu lado estava uma senhora que falava ao telemóvel com um filho que andava no 7º ano (12/13 anos, portanto, referiu a mãe depois) que tinha ligado à mãe, muito aflito, porque na rua tinha pisado cocó de cão e não sabia o que fazer. E, então, muito pacientemente, a mãe explicou-lhe onde devia passar o calçado ou como fazer com papel higiénico ou um lenço de papel.
Bem sei que os telemóveis facilitam estes contactos. Mas pergunto-me: se no meu tempo houvesse telemóveis eu telefonaria aos meus pais para me solucionarem tamanho problema? Obviamente que não. Raspava com os sapatos em qualquer sítio próprio e pedia auxílio a uma contínua para me ajudar a limpar com qualquer coisa se fosse preciso. Nunca ligaria por uma treta destas: pisar cocó.
Onde fica a autonomia, a capacidade de "desenrascanço" que temos de ter já com esta idade?
(P.S. Bem sei que é feio ouvir as conversas dos outros, mas foi inevitável)
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Isto também me deprime...

Para além dos atentados terroristas, da hipocrisia existente no mundo, ler a frase que vem a seguir, também me deprime. Sobretudo, quando penso nas crianças.

“No ano passado, por falta de dinheiro, 50% dos portugueses falharam cuidados de saúde considerados essenciais do ponto de vista médico. E ninguém escapou às dificuldades: um terço eram crianças, que ficaram sem tratamentos, consultas ou medicamentos aconselhados pelo médico”, indica a revista de saúde da associação de defesa do consumidor, com base num inquérito a 1.763 famílias portuguesas. (DECO)
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Até abanei toda...

Saí de casa de casaco mas sem luvas e cachecol. Na garagem, o carro marcava 15ºC, no entanto, rapidamente, e pela primeira vez este ano, desceu abaixo dos dois dígitos, passando a marcar 6,5ºC. Quando saí do carro para as deixar na escola tremi, abanei toda...
E agora, eu que sou uma mulher que bebe sempre mais de um litro e meio de água à temperatura ambiente enquanto trabalha, não consigo levar a garrafa à boca. Tenho que compensar com chá...só cá entra chá quentinho...
Bolas!!! Está mesmo frio.
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Para começar...

Para começar o dia que se me afigura que vai ser frio, aqui fica mais um dos meus poemas preferidos, de um dos meus poetas eleitos, para ver se o dia fica mais quentinho.

É urgente o amor 
É urgente um barco no mar 

É urgente destruir certas palavras, 
ódio, solidão e crueldade, 
alguns lamentos, muitas espadas. 

É urgente inventar alegria, 
multiplicar os beijos, as searas, 
é urgente descobrir rosas e rios 
e manhãs claras. 

Cai o silêncio nos ombros e a luz 
impura, até doer. 
É urgente o amor, é urgente 
permanecer. 

Eugénio de Andrade, in "Até Amanhã" 


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Um pouco do que penso...

23 de novembro de 2015

Vi isto no meu mural do facebook, postado por uma amiga e é a minha cara. Diz exactamente aquilo que penso. Aquilo que os anos me ensinaram. Perdoem-me se desiludo alguém, mas quase que me apetece citar o Rui Vitória depois do jogo com o Sporting, no Sábado " Ser bom não é ser bonzinho!"



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É preciso termos consciência...

É natural que olhemos os muçulmanos de lado e que vejamos em cada um um potencial terrorista. Mas isto é o que o medo nos faz: tira-nos a lucidez, o discernimento. Por isso, precisamos de ter consciência disso e contrariar aquilo que possa ser institivo. Choca-me que na semana a seguir aos atentados de Paris, os crimes contra muçulmanos tenham aumentado em 300% no Reino Unido.
Temos de ser um bocadinho racionais e perceber que:
e não confundir uma minoria com o todo.

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Não vivo sem...

O meu local de trabalho é um local frio, sem ar condicionado e com uns aquecedores mais velhos que sei lá o quê. Trabalho sempre de casaco vestido e tenho sempre as mãos frias.
Em casa, mesmo com ar condicionado, como não o coloco com temperatura muito elevada por causa das diferenças de temperatura, também sinto, por vezes frio.
Vai não vai estou eu a beber uma chávena de chá. Sou completamente viciada em chá, preto, branco, vermelho, tisanas de ervas, de frutos e os mais arrojados.
Daí que uma peça essencial na minha vida seja:
Não sei viver sem ela, sobretudo nos meses de Outono/Inverno. Mas como também bebo chá nos meses de Verão também, nessas alturas ela é essencial para mim. Tenho 4.

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Recomendações...

Há uma recomendação de uma organização internacional para que a licença de maternidade, em Portugal, seja aumentada para seis meses para permitir o aleitamento materno até essa data.
Sou a favor do aleitamento e amamentei as minhas crias. No entanto, não sou fanática e acho normalíssimo que uma mãe tome a opção de não amamentar porque cada um sabe de si e dos seus filhos.
Sou também a favor do aumento da licença de maternidade já que os 4 meses que agora vigoram, com opção de um 5º mês com redução de salário, são muito curtos, fazendo com que os bebés cujos pais não têm com quem os deixar vão muito cedo para o "infectário".
Mas sou a favor do aumento da licença de maternidade de per si e não por causa da amamentação, já que tanto direito tem em estar com o seu bebé um período mais prolongado uma mãe que amamente como uma mãe que não amamente. Não é menos mãe por isso.
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Porque hoje...

Porque hoje é segunda-feira, da de recomeçar a muito custo, depois de um fim de semana docinho, deixo-vos aqui um dos meus poemas preferidos. Boa semana e vão aparecendo.

Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Miguel Torga, Diário XIII


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Não volto lá mais...

22 de novembro de 2015

Ontem fui a um estabelecimento comercial aqui da cidade que presta serviços de beleza (pois é, apesar de gostar de usar a internet para as minhas compras, não se pode fazer o buço on line) e que até tinha em grande consideração. Paguei o mesmo de sempre. Mas, vai daí, à saída, reparei que à porta está um placard com letras garrafais, anunciando promoções de Natal, só até 30 de Dezembro. Fiz um exercício mental, e descobri, que o preço por buço, sobrancelhas ou mesmo limpeza de pele que fazem na promoção de Natal é exactamente o mesmo que têm vindo a fazer. Chico espertice é o que eu chamo a isto. E como detesto chicos-espertos que me tentam fazer passar por lorpa, vou tratar de arranjar outro sítio para os tratamentos mais de "gaja".
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O coração nas mãos...

O filho da minha prima preferida teve que ir este fim de semana a umas provas desportivas a Bruxelas. Tenho vindo a acompanhar as notícias e estou com o coração nas mãos...Eu, no lugar dele, não tinha ido, mas quando se é jovem parece que nada nos vai acontecer a nós, lançamo-nos de cabeça. 
Aliás, nos próximos tempos não me aventuro a visitar nenhuma grande cidade europeia e, pensarei duas vezes, quando tiver de ir de comboio a Lisboa e parar pela Gare do Oriente...Detesto andar com o coração nas mãos. Paris teve o condão de me deixar em desassossego...a mim e a quase todos nós.
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É uma vergonha...

É uma vergonha dizer isto, mas cá vai: foi preciso vir este frio a sério, já na segunda quinzena de Novembro para eu ter uma coisinha ruim ao olhar para os armários delas. E, uma coisinha ruim, pois entre roupeiros e gavetas amontoavam-se T-Shirts, calções, camisolas de lã, parkas e casacos de algodão (porque já comprei imensa coisa de Inverno), que faziam com que a escolha vespertina da roupa fosse uma tarefa demorada de escolha das peças no meio da confusão.
Mas pronto, com este tempo frio, ganhei vergonha na cara e separei tudo. Já não há pijamas de calções e mangas cavas misturados com pijamas polares. Tudo isto, porque isto é uma das tarefas que mais odeio.
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Exploração???

Com dez anos eu já fazia a minha cama, lavava a louça e ajudava a por a mesma e, certamente, faria mais uma série de coisas que agora não me lembro.
Há cerca de meio ano, estive numa conferência promovida pela OIT e houve quem defendesse que fazer estas coisas antes dos 15/16 anos, seria uma espécie de trabalho infantil.
Não posso estar mais em desacordo. Acho que, aos poucos, devemos ensinar os nossos filhos a ajudar em casa, porque eles também fazem parte da estrutura familiar e têm de ser responsáveis.
Há uns tempos, ensinei as minhas filhas a dobrarem o pijama e arrumarem junto com as almofadas. Hoje foi a vez da mais velha, com quase dez anos, aprender como se faz uma cama, ou melhor, como se "puxam as orelhas" a uma cama, porque ainda não tem força para levantar o colchão.
Acho que está mais que na altura de ser introduzida no maravilhoso mundo das tarefas domésticas. Dividido por todos, de acordo com as capacidades e idade de cada um, custa muito menos.
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Boa medida!

21 de novembro de 2015

Não quero parecer vaidosa, mas fui sempre boa aluna. As minhas filhas também são. Eu nunca fiz exames em ano nenhum, excepção feita à malograda Prova Global e aos exames de disciplinas próprias para o meu curso.
Não me sinto mal preparada, nem sinto que os exames do ensino básico, que não fiz, me tenham feito falta. Não tinha maturidade e a escola não se resumia ao Português e à Matemática.
Como mãe de uma menina que está no 4º ano fico contente por acabarem com os exames nacionais desse ano. Sou pela avaliação contínua, por uma avaliação rigorosa, mas contra tudo o que cause ansiedade e que perturbe o normal andamento do ano lectivo. Ao que sei, no segundo período, os professores não faziam mais nada que preparar os exames.
E não me venham com a ideia de que era uma forma de seleccionar os alunos. A avaliação tem de ser feita ao longo do ano, em todas as áreas e não ficar restrita a umas horas que, por qualquer factor imprevisível, podem correr mal.
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Cabala!

Enquanto lhe ofereço uma taça de pipocas acabada de fazer, a minha filha mais velha, em tom de elogio (quero eu convencer-me), diz-me que tenho milhões de defeitos mas que sou a melhor mãe do mundo. Pois é verdade, ontem estava horrorosa com o penteado novo, hoje não se ficou pelas dezenas, centenas ou mesmo milhares. Atribuiu-me milhões de defeitos. Penso que a criançada está motivada para me destruir a auto-estima. É uma cabala.
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Facto!

Por estranho que pareça, ao Sábado, dia em que as pessoas têm mais disponibilidade, a blogosfera está muito mais parada do que nos outros dias da semana. Gosto muito de ler o que alguns bloggers, que já ia seguindo antes do "Sem Pés nem Cabeça", escrevem, e noto que, nos dias úteis as pessoas escrevem mais.
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É só comigo?

É só comigo, porque tenho um blogue novo, ou voltamos à velha coisa irritante de termos de provar que não somos um robot e termos de escolher as imagens com nomes de rua, com montanhas, ou com os brasileiros ônibus e grama (relva)? É coisa para me enervar. Mas será só comigo?  Lembro-me que atá há uns tempos podíamos ignorar esse passo. Agora não me deixam comentar sem assinalar as imagens. Irra!
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Também me emociono.

20 de novembro de 2015

Adoro animais. Fico comovida com imagens de animais mal tratados e congratulei-me com a penalização dos maus tratos aos mesmos. Daí, que seja com emoção que vejo esta imagem...por tudo aquilo que ela significa, sobretudo nos tempos que estamos a passar! Homenagem mais que merecida.

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Amor de filho é...

A mãe ter tido um furo no trabalho, ter-se ido embonecar ao cabeleireiro para um fim de semana (em que quiça não sairá de casa) e, ao chegar à escola, vaidosa e auto confiante na sua figura, ouvir "Que horror mãe, foste ao cabeleireiro!" Foi assim que fui recebida há pouco, à porta da escola.
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Depois de várias tentativas.

Hoje é um dia importante na vida de muitos adultos, mas que vai, certamente, ajudar a vida de muitas crianças. Estou feliz pela aprovação, no parlamento, da Lei da Co-adopção.
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Acabadinha de chegar...

Espero publicar aqui muitas palermices e, também, coisas sérias, sobre tudo e sobre nada. Ficam todos, desde já, avisados que não existirá uma ordem lógica, ou mesmo qualquer sequência temática entre os posts publicados. Aqui escreverei o que me vier à cabeça ou descreverei os caminhos andados pelos meus pés. Mas...sem pés nem cabeça! Quem quiser que me acompanhe! Gostarei muito.
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