O que ela me fez descobrir!!!

30 de setembro de 2017

Pois, este é um post sobre algumas coisas que descobri com a chegada da nossa cachorrinha Mel cá a casa. Não, não vou dissertar sobre o amor que ela me dá, sobre a paixão que sinto por ela e de como nunca achei possível gostar tanto de um cão. Isso já todos sabem.
O que eu não sei se sabem, mas se calhar já, é que por causa dela prescindi de muitos dos meus inúmeros produtos de limpeza. Não, a casa não está mais limpa. Pelo contrário...e enquanto vai havendo uns descuidos de xixi aqui e ali, a limpeza tem que andar sempre em dia ou melhor, ao minuto, sob pena de a casa se transformar num pardieiro em menos de nada.
As minhas grandes descobertas foram estas:





Na verdade, na minha busca exaustiva de produtos que eliminassem o odor da urina de cão e de produtos que os afastassem de determinados locais, descobri a importância do vinagre branco. Não é vinagre de vinho, é mesmo um vinagre branco de limpeza, que no Brasil usam imenso e que chamam de vinagre de álcool. Descobri este no AKI. Custa 4 euros e pouco, 1 litro, e serve para limpar quase tudo cá em casa. Para os locais onde a Mel faz xixi, uso num borrifador uma mistura de uma caneca de álcool etílico, quatro pastilhas de cânfora e outra caneca de vinagre. Quem não gostar do cheiro a vinagre (a mim não me incomoda) sempre pode comprar um que tem cheiro a limão. Uso para lavar o chão, para limpar as bancadas, para limpar o micro-ondas, o frigorífico e mesmo a placa de vitrocerâmica. Já o usei para lavar a própria máquina de lavar a roupa e foi um sucesso. Por arrasto descobri também o bicarbonato de sódio  que misturo com vinagre ou com limão ou apenas com água, para limpar juntas de azulejos, para ajudar a desentupir canos com gordura e e mil e uma coisas. Estou rendida! É muito mais ecológico e escuso de comprar mil produtos.
Procurem no google. Há milhares de utilizações.

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Afinal, não sou caso único!!!

29 de setembro de 2017

Ontem saí com umas amigas...Pensava eu que me conheciam bem. Tinham descoberto um sítio fantástico que tinha a minha cara, segundo diziam. Que eu ia adorar. Comer e chorar por mais.
E olhem:



De facto, eu gostei do sítio, do ar clean e do humor nas frases escritas nas paredes. Mas, para dizer a verdade, Deus não tinha que ter arranjado o chocolate para pedir desculpa pelos bróculos. Não no meu caso. É que, na verdade, eu gosto mais de bróculos que de chocolate. É verdade, eu não gosto de chocolate. Quando morava só, os chocolates que me ofereciam passavam da validade. 
Armei-me em esperta e postei as fotos no instagram com a hastag #eunãogostodechocolate. Pronto, finalmente, percebi que não sou a única a gostar mais de bróculos que de chocolate.
Atenção, coisa diferente de chocolate é um bom bolo de chocolate ou um brownie. Por esses sim, já me perco.



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Ai o que eu gosto...

Sou duriense por nascimento e de coração...ribatejana por imposição da vida. 
Vivo nesta cidade há 17 anos, e, até há 6 anos nunca tinha ido a nenhuma das festas que aqui se faz. Certamente porque aqui as festas envolvem sempre largadas de touros e corridas à portuguesa e eu sou completamente contrária a estas actividades. Daí que, quer na festa de Julho, quer na festa de Outubro me fechasse em copas, nada desfrutasse e passasse os dias a dizer mal dos festejos.
Gosto muito, muito de uma bela romaria, de uma festa popular com carrosséis, carrinhos de choque, umas farturas e todas essas coisas inerentes. Mas, durante muito tempo, o meu fundamentalismo anti actividades tauromáquicas impedia-me de descer ao centro dos acontecimentos.
As minhas filhas odeiam touradas tanto quanto eu, mas dão tudo por uma voltinha no carrossel e ver barracas e barraquinhas (saíram nitidamente a mim). Quando cresceram, cientes da diversão que era lá no parque, junto à praça de touros, não descansaram enquanto não nos enfiaram lá a passar umas tardes.
Rendi-me completamente. Se a festa de Julho é touros e mais touros e, portanto, continua a ser um suplício para mim, a feira de Outubro é, agora, esperada por mim com alegria. Esqueço-me dos touros pelas ruas e lá vamos nós usufruir de tudo o que temos direito. Adoro ver as tendas com tachos (só lá é que encontrei um utensílio para fazer panquecas), com plantas (só lá e que costumo encontrar as minhas amadas alfazemas), e adoro compras as minhas colheres de pau na feira de Outubro (sim, não me rendo ao silicone).
E pronto, começa hoje, e estamos todos contentes, porque o nosso lado rústico e popular vai soltar-se até à exaustão. Para já vai um pão com chouriço!


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Disto sim, tenho orgulho...

27 de setembro de 2017

Não posso negar que, de início, fiquei entusiasmada e orgulhosa com as indicações/nomeações de cidades portuguesas ou mesmo de Portugal como local apetecível para fazer turismo, para visitar e, em alguns casos para morar. Mas, a páginas tantas, as nomeações segundo esta e aquela revista, segundo este e aquele organismo, que acabei por me cansar e já nem ligar. Via o título de uma nomeação para isto ou para aquilo e pensava "ok, estamos na moda!".
No entanto, aqui há dias li que somos o terceiro país mais pacífico do mundo (ponderados que foram vários factores como a criminalidade, o terrorismo e conflitos internos), apenas vencidos pela Islândia (em primeiro) e pela nova Zelândia (em segundo). Isto sim, foi motivo para eu ficar contente e grata por viver num país assim. Por isso, vamos todos contribuir para que assim continuemos!


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Pessoas que nos marcam...

26 de setembro de 2017

De há uns tempos largos para cá tenho umas enxaquecas insuportáveis. Daquelas em que parece que a cabeça vai rebentar e que o mundo todo se uniu para me tramar. Tudo me incomoda.
As coisas chegaram a um ponto tal que pedi ajuda. Por indicação de uma amiga, cujo marido é médico (embora de outra especialidade), marquei consulta para a Dr.ª Raquel Gil Gouveia.
Desde a primeira consulta que fiquei muito bem impressionada com o tratamento humano, afável e competente. Um sorriso confiante e reconfortante. Uma voz doce. Receitou-me uns comprimidos para as crises e outros para profilaxia. Mandou-me fazer alguns exames. Se os comprimidos para as crises foram eficazes, os da profilaxia não só não fizeram diminuir a frequência das crises como me provocaram alguns sintomas, ao ponto de secretamente ter chegado a pensar que estava a ficar com alzheimer (depois de ler "O meu nome é Alice", tudo me parece plausível).
Hoje foi novamente dia de consulta e, novamente sinto um conforto enorme ao falar com ela. Uma proximidade e uma disponibilidade rara nos médicos, pelo menos em termos de experiência própria. Alteramos a profilaxia e vamos fazer mais uma série de exames. A preocupação dela e o facto de se lembrar da minha história, quando me viu uma única vez há mais de 4 meses, deixaram-me bem impressionada, pois que, como me viu numa clínica privada inicialmente e hoje no Hospital da Luz, não tinha o meu processo.
E hoje descobri mais uma série de coisas acerca dela enquanto profissional e, confesso-vos, todo este currículo que me deixou de boca aberta, só me fez admirar ainda mais a forma como aborda dos doentes. Grande mulher! Grande neurologista.
Para os interessados, ver aqui o curriculum daquela que descobri hoje ser Professora Doutora!

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Talvez seja maturidade, talvez seja desilusão...ou apenas um estado de paz.

24 de setembro de 2017

Durante grande parte da minha vida vivi rodeada de pessoas que, pelo muito bem que me fizeram, muitas vezes gratuitamente e, pelo bem que lhes pude fazer, as considerava amigos insubstítuveis.
Com o tempo, as coisas foram mudando. Não que considere que as pessoas são substituíveis. Apenas percebi que, ninguém, além de nós mesmos (e de um reduzidíssimo número de pessoas), somos o essencial ao nosso bem estar à nossa serenidade.
Aprendi a lidar com as livres escolhas das pessoas, sem deixar de lhes querer o melhor do mundo. Deixei de criar expectativas acerca da sua presença física na minha vida nos momentos mais difíceis.
Uma coisa é a pessoa não poder estar contigo quando instada por duas ou três vezes, outra coisa é, sistematicamente deixar de atender o telefone, mesmo que ligues numa situação de desespero e insistentemente. De início, ficava magoada, desiludida...agora não! Agora, pura e simplesmente lhes desejo o melhor do mundo, mas nada espero delas, como elas não esperam de mim. E frise-se isto nada tem a ver com uma ausência vulgar de contactos. Tem que ver com indiferença perante alguns apelos.
Deixaram de haver 2 géneros:; os amigos e os não amigos. Passou a existir um terceiro género: os assim assim. Penso que, nos assim assim, estão a maior parte dos que outrora fizeram parte de outro rol.
E sabem que mais? Vivo muito mais em paz!

Porque a amizade também precisa destes momentos!
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Negligência? Sim, sem dúvida!

21 de setembro de 2017

Como mãe de duas crianças, que ainda não há muito foram pequenas traquinas, incapazes de prever quaisquer perigos, custa-me sempre fazer juízos acerca do comportamento de outros pais, sobretudo se não sei pormenores.
Apesar disso, devo dizer que fiquei um bocadito "apalermada" ao ouvir a expressão de que os familiares da criança de dois anos e meio que foi colhida por uma comboio Intercidades, na linha da Beira Alta, estavam revoltados com a falta de condições de segurança do apeadeiro.
Percebo e concordo que as condições de segurança eram péssimas, mas, isso para mim era apenas motivo para uma atenção redobrada daqueles familiares. Percebo que a criança fosse traquina e viva, mas, isso para mim, é apenas motivo de atenção a triplicar. Repare-se que não sabem explicar como a criança estava a caminhar pela linha ou a brincar nela. 
Uma situação era a criança ter saído disparada de ao pé dos familiares e eles não se terem apercebido no imediato segundo (como dizia a minha mãe "as crianças cegam-nos"). Outra bem diferente é não haver explicação para o facto de o bebé estar naquele local.
Se queremos preservar os nossos filhos, não podemos estar à espera que as circunstâncias sejam as adequadas ou agir como tal. Temos de portar-nos com mil olhos, de acordo com as circunstâncias.

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Em abstracto: totalmente a favor! Em concreto: não sei!

20 de setembro de 2017

Li, há pouco, que vai ser discutida uma proposta de legislação com vista a que seja permitida a entrada de animais de estimação em todos os estabelecimentos comerciais, incluindo os de restauração e hipermercados. 
Devo dizer, que, tendo eu, além dos peixes, uma gata e uma cadela, esta medida me pareceu, em abstracto, razoável. Na verdade, muitas são as vezes em que gostava de poder levar a cadelita comigo a muitos sítios, pois que eu aprecio a companhia dela e ela adora sair. 
No meu caso, e no caso de muitos pet lovers que eu conheço, penso que a aplicação desta medida não trará grandes complicações.
No entanto, depois de meditar sobre o assunto, penso que será prematuro adoptar estas medidas. Na verdade, falo por experiência própria, em termos de vizinhança, penso que ainda há um longo caminho a percorrer em termos de civismo nesta área, sobretudo em termos de higiene e sanitários (propagação de doenças, na medida em que. se bem que o façam cada vez mais, muitos dos portugueses não levam as mascotes à vacinação ou desparasitação).
Não seria mal pensado exigir-se a exibição de um atestado de sanidade... Se bem que me parece pouco confortável para o patudo e não me agrade fazê-lo, sem mais, à minha Mel, não sei se seria de impor que o mesmo usasse uma fralda nessas alturas. Na verdade, nem todos têm a mesma perspectiva acerca dos patudos...se há tanta gente a reclamar com a presença crianças em determinados restaurantes ou locais de diversão (embora haja patudos bem melhor comportados que alguns humanos), imagino como se sentirão outras pessoas na presença de meia dúzia de cachorros.

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Dúvida existencial...

18 de setembro de 2017

De há uns tempos para cá procuro fazer um tipo de alimentação mais saudável, menos tóxica, recorrendo cada vez menos à proteína animal. Aderi a alguns grupos de vegetarianos no facebook para tentar compreender melhor os princípios, as evidências científicas sobre vantagens possíveis e até mesmo receitas. 
Contudo, em quase todos os grupos, a grande maioria das postagens, mais do que exaltar os benefícios dos alimentos de origem vegetal, insurge-se contra os maus tratos a animais ou mesmo apenas com o facto de se matarem animais para comer. Entendo a preocupação e eu própria estou cada vez mais alerta para as condições de criação dos animais que usamos na alimentação diária.
No entanto, ainda não consegui perceber se a maior parte das pessoas são vegetarianas porque acreditam, efectivamente, nas vantagens do regime alimentar, se apenas o são porque não suportam a ideia de os animais serem criados e mortos exclusivamente para consumo humano.



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Assim a encaro!

17 de setembro de 2017

Desde que resolvi afastar a toxicidade da minha vida, vivo muito mais tranquila.
A vida é mesmo isto!

Boa noite! Boa semana! Sou feliz desde que percebi que à sexta feira estou contente por se aproximar o fim de semana e ao domingo à noite porque está prestes a começar mais uma semana!

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Mais uma vez o Lidl no Top!

16 de setembro de 2017

Desde que me lembro, detergente para a máquina da roupa só tinha um nome : Skip. Em casa da minha mãe e na minha casa, tanto enquanto solteira como depois de casar só se usava Skip. Na minha primeira gravidez embirrei com o cheiro dos detergentes Skip e comprei Persil...a partir daí comprava entre o Persil, o Skip ou o Ariel, consoante o que estivesse em promoção porque não encontrava grandes diferenças entre eles. Ainda hoje o faço.
Um dos supermercados que foi a minha descoberta este ano foi o LIDL por causa dos cremes da marca Cien que uso e recomendo. E, vai daí, comecei a experimentar uma série de outros produtos.
O Formil (detergente para a máquina) foi um deles. Um preço bastante apelativo e pareceu-me bastante eficaz. Ouvi algumas críticas da ala familiar "Skipiana", mas na minha casa mando eu! E pronto, não estava errada. Quer o Formil do LIDL, quer o Tandil do ALDI foram considerados os melhores detergentes para máquina de roupa, num teste comparativo que envolveu dezenas de marcas, incluindo o Skip.
Cada vez estou mais fã destes dois supermercados. Lamento imenso que não sejam portugueses. Mas muitos dos produtos que compramos nos hiper portugueses também não são nacionais.

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Vai um abracinho???

Muitas das pessoas que conheço a nível profissional são muito pouco dadas ao toque, restringindo-o ao essencial aperto do mão, mesmo quando ao fim de muitos anos deixamos de ser apenas colegas e passamos a ser amigos.
Confesso que não concebo a amizade ou o amor sem toque físico, sem abraços e beijinhos.
Tenho por hábito abraçar as minhas filhas , o meu marido, a gata e a cadela. E fico derretida porque a minha MINI mais velha, apesar de estar a entrar na adolescência muitas vezes me abordar com uma frase muito doce "Mãe, vai um abracinho?" Gosto mais de abracinhos do que de beijinhos. Gosto de sentir o calor da pessoa junto a mim.
Pelos vistos devíamos passar a dar mais abraços. Não sei se será cem por cento eficaz mas, "Há várias evidências científicas que mostram que o toque pode proteger as pessoas de vários sintomas", afirma Sheldon Cohen, professor de psicologia da Carnegie Mellon, no estudo. Segundo Cohen, "um abraço por dia é o suficiente" para afastar a gripe.
Vamos lá  fazer alguma coisa pela nossa saúde, sim?
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Pela primeira vez!

14 de setembro de 2017

O nosso ex primeiro ministro, Pedro Passos Coelho,  foi uma pessoa em relação à qual estive sempre (ou quase) em total desacordo...Enquanto exerceu funções e depois de tal exercício. Nesta última fase sempre achei disparatados os comentários que fazia, quer porque o eram em si disparatados, quer porque contradiziam posições tomadas enquanto governante.
No entanto, para tudo há uma primeira vez...e hoje foi a primeira vez em que concordei com uma posição assumida por ele.
Apesar de gostar muito de futebol, e de saber que existem pessoas que são absolutamente fanáticas, não creio que, de forma alguma, a existência de jogos de futebol em dias de eleições faça aumentar a abstenção. Na minha opinião, pessoas que acham que têm de cumprir o seu dever cívico (como eu, nem que seja voltar em branco ou de forma nula), não vão deixar de o fazer por quererem assistir a um jogo de futebol...as urnas estão abertas muitas horas e um jogo de futebol dura cerca de uma hora e meia a duas horas.
Penso que proibir a realização de eventos desportivos em dias de ida às urnas é, como disse Passos Coelho, passar um atestado de menoridade às pessoas.
Talvez os políticos devessem pensar que, quem não vota, não o faz porque tem de ir a um jogo de futebol, mas sim porque está-se pouco importando para os resultados, nomeadamente, porque seja do partido A ou do partido B, os políticos, depois de serem eleitos, tendem a ser todos mais ou menos idênticos.


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Crucifiquem-me...

12 de setembro de 2017

Estão as redes sociais portuguesas em polvorosa por causa de algumas afirmações de uma série de mães plasmadas num livro, prestes a sair.
Num mundo onde as pessoas se escandalizam por da cá aquela palha até entendo que isto seja mais um motivo para uma acesa discussão.
No entanto depois de ler o artigo, depois de ler o relato, ou o excerto das conversas tidas com estas mães pela autora, confesso que não estou chocada. Uma mãe dizer que se soubesse bem como era teria abdicado da maternidade, ou seja, não teria tido filhos, não é nada de aterrador.
 Não me choca absolutamente nada. Não abdicaria de ter tido as minhas filhas e se a vida tivesse proporcionado teria tido mais uma. No entanto, penso que estamos todos de acordo que ninguém tem a noção do que é ser mãe até ter filhos. E, não tenho dúvidas que ter um é diferente de ter dois, como ter dois é diferente de ter três. Parece-me, contudo, que estas mulheres não se referem a abdicar dos seus filhos em concreto, nem referem que não os amam. Abdicariam sim da maternidade. Não da Maria, da Leonor ou do João. Da maternidade em si e ponto final. Para mim isto é absolutamente legítimo, já que, volto a frisar, a maternidade não se pode contar ou saber como é senão vivenciando-se e ser mãe (ou pai) não é para todos. Arrependemos-nos de tantas coisas na vida pelo que não acho nada do outro mundo que as pessoas (mulheres) percebam a posteriori que a maternidade não é nada daquilo que pensavam que seria ser. Volto a frisar que não me parece que estas mulheres não amem os seus filhos, nem digam que não gostam deles. Não gostam da maternidade em si. Eu tenho a certeza de que é a coisa mais importante da minha vida, o que não quer dizer que muitas vezes não desespere. Mas isso sou eu que me realizo na maternidade. E quem não se realiza? Não somos todas iguais. Nem todos temos a mesma capacidade de dedicação. Recebemos muito em troca. Para mim é uma coisa fantástica. Mas é necessária uma grande capacidade de abnegação que nem todas as mulheres e homens têm. Claro que as crianças não têm culpa, claro que é terrível para elas terem uns pais que não se realizam na maternidade. Mas, volto ao ponto de partida, ninguém sabe o que é a maternidade até ter filhos e a maternidade vive-se de forma diferente consoante os filhos. Eu sempre me disse incapaz de fazer um aborto, tivesse o meu bebé o problema que tivesse. E, dizia-o independentemente de ser católica. Hoje, continuo católica, mas ao trabalhar na área da família e ao conviver com uma grande amiga que se tentou suicidar já por duas vezes porque não consegue lidar com as deficiências da filha para além da esquizofrenia da miúda, pergunto-me o que teria feito se me acontecesse uma coisa dessas hoje. A vida fez-me deixar de ser radical em relação a tanta coisa.


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Nem sempre é fácil...

11 de setembro de 2017

Nem sempre é fácil aceitar com resignação a morte.
Estou triste. Um amigo deixou de estar fisicamente entre nós. Uma referência desde a infância. Um homem bom como conheci poucos! Para os que, como eu, têm fé, apenas deixou de estar à distância de um telefonema, para passar a estar à distância de uma oração, de um pensamento. Perdemos um homem, mas vamos ganhar um santo!

Com ele aprendi a ter uma vista arejada da igreja. Uma Igreja na qual me sinto eu, livre para pensar e com dever de aceitar todos.
Obrigada, Padre António Francisco. Não lhe chamo Dom, porque para mim não há nada mais nobre na igreja que ser padre. E foi enquanto padre que o conheci e o guardei no meu coração. Obrigada por ter abençoado o meu casamento e a vida das minhas filhas!
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Frases que não me iludem #1

A vida dá muitas voltas e quem ontem era uma presença constante na nossa vida, hoje, por um ou outro motivo, pode ser apenas uma lembrança que gostamos de ter na memória.
Por um acaso, por vezes, encontramos essas pessoas que nos disseram tanto em outros tempos ou falamos com elas pelas redes sociais. E, a conversa é, invariavelmente, a mesma. A conversa do "temos de combinar alguma coisa". Esta frase, fruto da minha experiência, deixou de ter qualquer significado para mim...já me magoou tantas vezes, porque dita da boca para fora, que deixei de a dizer e deixei de acreditar nela.
Quem, efectivamente, quer estar connosco jamais a diz. Marca logo. Caso contrário, passarão anos até que a vida faça o favor de criar um acaso para o reencontro e caso a vida não o crie, corremos o risco de nunca mais nos voltarmos a encontrar.
Aceito que a amizade possa sobreviver à distância física durante muito tempo. Mas não acredito que possa sobreviver à indiferença ou à ausência de contactos (isto quando sabemos onde o outro está). Daí que, quando sou mesmo amiga de uma pessoa, marco logo, com dia e hora de acordo ou faço força para isso. Se não vejo empenho da outra parte...passo à frente. Mas o "temos de combinar alguma coisa", já não me ilude.



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Desabafo...

10 de setembro de 2017

Não suponhas. Se for mesmo importante,  pergunta! Este é um dos motes da minha vida. 
Vivi muitos anos sem satisfazer a minha curiosidade sobre alguns aspectos na forma de estar das pessoas em relação a mim e acabava sempre por supor que tinha feito algo de errado às pessoas e que as tinha aborrecido. 
Com a maturidade aprendi a "desligar" um bocadinho, mas continuava na mesma. Algumas atitudes de algumas pessoas muito importantes na minha vida ficavam a "martelar-me" na cabeça e, mesmo que não o admitisse expressamente, acabavam por me perturbar.
Agora não faço isso. Ou me distancio mesmo porque a pessoa não é tão importante para mim, ou esclareço e, mesmo que desiludida, sigo em frente.
Neste momento estou na fase de seguir em frente. Completamente esclarecida em relação aos que realmente me importam.
O esclarecer das coisas faz com que deixe de ter expectativas na minha cabeça acerca das pessoas e aceite as coisas como elas são. Nunca deixem nada por dizer ou esclarecer.






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Muito certo!

4 de setembro de 2017

Já em tempos aqui escrevi sobre o facto de me espantar que nas Para-Farmácias não fosse livre a venda de medicamentos como o ibuprofeno a partir dos 400 mg ou o paracetamol de 1gr, e se pudesse vender um medicamento como o pílula do dia seguinte, considerando os problemas que esta última pode trazer. 
Na verdade, a manterem-se as coisas como estão, qualquer jovem (ou não jovem) pode usar a pílula do dia seguinte como forma de evitar ter uma criança todos os dias (desde que para isso tenha dinheiro, é claro), mas não pode comprar quando quer um medicamento que, com as suas contra-indicações é, à partida, menos prejudicial.
Daí que concorde plenamente com a posição dos farmacêuticos de quererem que tal medicamento seja apenas vendido em farmácias.
Aliás, bem sei que por trás de tal vontade podem estar interesses económicos, no entanto, preocupa-me que sendo nós um país onde tanta gente se auto-medica, sejamos igualmente o país onde mais medicamentos podem ser vendidos sem recita médica em tais superfícies comerciais.


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Politicamente incorrecta...

3 de setembro de 2017

Ao que parece a maioria dos portugueses concorda com as afirmações de André Ventura, candidato à Câmara de Loures, sobre a excessiva dependência dos ciganos relativamente a subsídios do Estado.
Não me parece que as declarações do senhor sejam de todo incorrectas, já que,  lidando eu com inúmeras pessoas de etnia cigana ao nível profissional, posso constatar que, grande parte delas, são beneficiárias das prestações sociais.
No entanto, embora a quase totalidade das pessoas de tal etnia com que trabalho sejam beneficiárias de todo o tipo de apoios sociais, o que é certo é que quase todas elas exercem outras actividades que lhes permitem acrescentar rendimento, vendendo em feiras ou ruas, o que não acontece com grande parte dos portugueses não ciganos, os quais sim, dependem exclusivamente do "dinheirinho" do Estado para se sustentarem a si e aos seus filhos.
Não sei se é pior sonegar informação ao Estado para receber apoios económicos e trabalhar de forma muitas vezes ilegal ou passar os dias nos cafés e por aí com prioridades questionáveis em termos de utilização do montantes auferidos.
Claro que isto é a minha experiência com um tipo específico de população. Não pretendo desta forma generalizar e dizer que todos os portugueses que recebem apoios estatais nada façam para melhorar a sua situação. A pobreza (monetária e de espírito) existe de facto!
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Conclusões...

2 de setembro de 2017

Depois de uma tarde inteira sozinha com a Mel em casa, chego à conclusão que não entendo quando as pessoas, falando dos seus cães, dizem "só lhe falta falar"! Na verdade, entre uma tarefa e outra, enquanto estendia e apanhava roupa, eu e ela tivemos grandes conversas....Quem tem um cão nunca está só!
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Não me espanta...mas...

1 de setembro de 2017

Pois, bem sei que já devem estar fartos de me aturar com as minhas conversas sobre o Papa Francisco. No entanto, se há poucas coisas vindas dele, no âmbito da humildade e de uma enorme amplitude de horizontes, que me espantem, não posso deixar de reflectir sobre a sua imensa humanidade, sobre a forma como o mesmo se encara a si próprio como um vulgar ser humano.
Num livro que será brevemente publicado o mesmo relata ter sido, em tempos, acompanhado, semanalmente, por uma psicanalista judia, sendo que a mesma foi muito importante e útil no apoio que lhe prestou.
Não me espanta que tenha recorrido a tal profissional nem que o revele. No entanto, muitos católicos deveriam parar, pensar e concluir que temos de assumir as nossas condições e os momentos por que passamos. Nem só quem está tolo precisa de apoio dos profissionais da saúde mental. 
Tal como Francisco, deveríamos encarar os nossos momentos menos bons como inerentes à nossa condição humana! 
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