Irritação!!

28 de outubro de 2017

Sou daquelas pessoas que adora o Natal. Adoro tudo o que está relacionado com o Natal e preparo a casa, penso nos presentes, preparo-me interiormente com muita antecedência. Sou daquelas pessoas a quem não parece despropositado as lojas estarem cheias de decorações e alusões ao Natal em meados de Outubro.
Isto, quase sempre.
Confesso que este ano, estou irritada, muito irritada. 
O fotógrafo foi à escola tirar as fotografias de Natal e a mini mais nova, nesse dia, tinha ido de calções de ganga, T-Shirt branca e sandálias nos pés. Hoje, vi no Aldi decorações giríssimas natalícias. E fiquei ainda mais irritada! Como sentir-me a entrar na onda, se estou a transpirar e a morrer de sede? 
Estou mesmo zangada! Por mais que tente, não consigo pensar em Natal. Por mais que tente, não consigo parar de odiar este calor.





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Das coisas da maternidade...

27 de outubro de 2017

Nunca, até as minhas filhas manifestarem as suas vontades, festejei o halloween. Nem sequer na minha terra havia a tradição do "Pão por Deus". O dia 31 de Outubro era apenas um dia de agitação lá em casa porque havia que preparar as flores e velas para levar ao cemitério no dia 1 de Novembro.
Com elas no infantário, comecei a ter que correr os hipermercados à procura das abóboras típicas e a fantasiá-las. Depois de alguma resistência, lá engoli e, para as ver felizes, deixei de fazer o meu ar contrariado e de tentar convencê-las de que a celebração não era nossa, que não tinha pés nem cabeça.
Ultimamente, a minha mudança de atitude foi tanta que tudo me serve para festejar. Como adoro cozinhar, aproveito para fazer coisas típicas de Outono, mas encomendo aquelas coisas com um ar "macabro" a uma amiga, porque ainda não evoluí tanto ao ponto de me dispor a fazer dedos e unhas com sangue e ar nojento em pastelaria.
Seja como for, acho graça que os miúdos da vizinhança venham cá a casa e gosto de ter doces para os presentear. 
No fundo, no fundo, deixei-me de tretas e arranjei mais um motivo para festejar.
A maternidade leva-nos a estas coisas!

  
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Só com o tempo...

26 de outubro de 2017

Em tempos, não há muito tempo, tive uma amiga, que, entretanto se afastou (la terá tido os seus motivos), que não se cansava de me dizer que eu tinha de ser mais positiva, que a felicidade dependia unicamente de cada um de nós. Trocamos muitas vezes argumentos porque eu não concordava nada com a postura dela.
Com efeito, há coisas que não vale a pena ensinarem-nos e meterem-nos na cabeça. Temos de as descobrir por nós. Algo na nossa vida tem de fazer um clique. 
Depois de sofrer um bocado por ser ansiosa, por querer sempre mais e mais da vida, de ter um médico a receitar-me antidepressivo atrás de antidepressivo por ter déficit de produção de serotonina (comprovado por exames médicos), estou, há quase um ano, sem tomar qualquer medicação, com excepção da que me é receitada para as fortíssimas enxaquecas que me ensombram os dias. Sem tomar medicação, absolutamente tranquila, aceitando alegremente o que a vida me vai proporcionando. Não deixei de querer evoluir, mas evoluí muito noutro âmbito: no âmbito da minha postura perante os acontecimentos. Não me tornei preguiçosa, apenas reservo a minha energia para o que realmente importa. Aprendi a sorrir mais, porque uma reacção é, quase sempre, o resultado de uma acção. Sinto que a gratidão me abriu portas para uma grande evolução.
Hoje acredito piamente que os pensamentos e energias positivas atraem coisas boas. 
Estou a realizar uma série de exames médicos para descobrir o que me causa as dores de cabeça e o esquecimento, mas estou tranquila. Deixei de ser uma mulher assustada, na expectativa.
Como já aqui o referi, só preciso de deixar de criar expectativas em relação às pessoas. Respeitar total e absolutamente a sua liberdade e agir em conformidade com aquilo que me demonstram. 
Mais do que nunca, valorizo os afectos. São o que realmente importa. O resto é conversa. 
É. Talvez seja a idade...talvez seja a prática da meditação...talvez sejam as caminhadas matinais junto ao Tejo, apreciando a natureza.
Não, sei...sei que vivo em paz e que tudo o que me custe a minha paz é demasiado caro.


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Manifesto!

23 de outubro de 2017

Estou exausta!
Não da minha vida nem dos meus. 
Estou cansada de pessoas mal humoradas. De pessoas que são os coitadinhos desta vida e que não conseguem olhar para o lado, apenas para baixo, para o seu umbigo. Cansada de pessoas que nada mais sabem fazer que reclamar e que não sabem ter gestos de gratidão para com a vida. 
Quero ser luz e não admito que me ensombrem. Que Deus vos proteja, mas façam um favor :vão à vossa vida!


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Coisas que eu nunca aprendo #1

21 de outubro de 2017

Há coisas que, por mais que a idade passe por mim, por mais que eu amadureça, nunca aprendo completamente.
Já fiz um longo caminho. Deixei de ser um coração à espera de uma resposta ao mesmo nível, para ser uma alma serena contente com o que acontece...Isto na maioria dos casos. Isto em relação aos acontecimentos da vida.
Quanto às pessoas, o percurso foi idêntico. Já muito poucas me surpreendem. Bem sei que seria muito mais feliz se fosse desapegada delas. Mas há algumas que me dizem tanto e, em relação a essas, acabo invariavelmente por esperar uma certa reciprocidade...uma certa capacidade de encaixe como eu tenho. Aprendi a não me deixar impressionar por frases ou grandes gestos tomados em momentos de grande tensão ou de grande felicidade. No entanto, deixo-me sempre impressionar por pequenos gestos de bondade...e, depois decepciono-me com pequenos gestos de falta de reciprocidade ou indiferença.
Não tenho dúvidas que o defeito é meu. Mas, digam-me, que sentido tem a amizade quando não podemos contar com as pessoas incondicionalmente? Quando as pessoas fogem de nós (ou nós delas) à mínima tensão, ao mínimo desentendimento?
Nunca aprendo a deixar de ter toda e qualquer expectativa! Azar o meu!

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não há nada de errado em desistir. errado é persistir no que faz doer.

20 de outubro de 2017


A frase que serve de título ao post é a que me apetece pintar em letras gigantescas numa qualquer faixa de tecido fluorescente e plantar-me com ela à frente da casa de uma grande amiga minha.
Há coisas que nos deixam sem chão. Mas, quando não podemos fazer nada é, sobretudo, desesperante. Há coisas que não entendemos, mas quando tocam aqueles que amamos nos deixam ainda mais incrédulos.
Uma das mulheres mais fortes que conheci até aos meus 44 anos, uma das mulheres mais independentes e corajosas que faz parte da minha vida foi, já por duas vezes, vítima de violência doméstica física (e certamente, também psicológica), com alguns meses de espaçamento. 
Numa primeira vez, de uma forma mais invisível, uma bofetada, mas, com certeza, não menos dolorosa. Dessa vez, ninguém mais soube, ninguém viu. Nesta segunda vez, de uma forma brutal, com implicações hospitalares e tratamentos médicos que perduram há mais de um mês. 
Fiquei revoltada quando soube. Mas, agora sinto-me impotente e desesperada, ao saber que cedeu às inúmeras promessas do agressor, acompanhadas de lágrimas, no sentido de que ia mudar e que nunca mais voltava a acontecer...perdoou...
Não entendo o que é que uma mulher, absolutamente independente, com 50 anos, sem filhos a cargo, sente, para se manter ligada a quem não respeitou a sua mínima dignidade...Gostava de entender.
Acreditará que as coisas vão mudar? Confesso que, talvez por ter trabalhado na área criminal 12 anos e, agora, na área da família, não acredito em mudanças, excepto quando os comportamentos violentos são provocadas pelo consumo de álcool ou outras substâncias e o agressor faz , entretanto, tratamento com sucesso.
Estou desolada...não sei o que fazer...é tão errado persistir no que nos faz sofrer...
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Peculiaridades da vida em condomínio...

17 de outubro de 2017

Tenho por hábito, adquirido na minha infância numa bela terra duriense, cumprimentar as pessoas com quem me cruzo na rua e que me olham. Muitas vezes, as pessoas ficam atrapalhadas, porque não me conhecem de lado nenhum, mas lá respondem ao meu bom dia. 
Se cumprimento as pessoas com quem me cruzo, mais ainda tinha como regra cumprimentar os vizinhos do meu prédio. Nada sei da vida deles, mas alguns saem à mesma hora que eu, apanham boleia no elevador e lá respondem à saudação. 
A dois dos meus vizinhos nunca me lembro de ver esboçar um sorriso (coisa tão importante, na minha opinião) em dez anos de contactos, ainda que rápidos. Tudo mudou quando comecei a passear a Mel aqui nas imediações. No Verão, normalmente, levava-a passear em sítios mais amplos, mas tendo começado a rotina diária, os passeios mais longos ficam para o fim de semana. E, vai daí, que, ou a memória me falha, ou nem quando as minhas filhas eram bebés, terei trocado tantas palavras com eles. Metem-se sempre com ela (e ela morre por atenção), sorriem e cumprimentam-me efusivamente. Também eles têm cães. Parece que, agora, já fazemos parte do clube! A Mel era a palavra chave, para a troca de cumprimentos! Enfim!

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Pode ser útil, mas deixem-se de preconceitos!

15 de outubro de 2017

Ao que parece a Igreja Católica vai fazer uma avaliação psicológica prévia dos futuros seminaristas, com vista a avaliar da sua vocação para seguirem o sacerdócio. 
A ideia, em si, parece-me correctíssima. Acho bem que despistem casos casos de autênticas "taras" que alguns sacerdotes apresentam. Vão despistar casos de bipolaridade, esquizofrenia e parafilias.
No entanto, a necessidade do despiste destes problemas de saúde mental, que não se querem em pessoas que terão de ser guias e orientadores para os crentes (e não crentes),  começa na ideia defendida por alguns sectores da igreja de afastar do sacerdócio, total e completamente quem tenha ligações, mais ou menos estreitas à homossexualidade...E voltamos ao mesmo. Um passo para a frente e dois para trás. 


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Não me espanta...mas preocupa-me!

12 de outubro de 2017

Ao que parece, um relatório efectuado pelo Ministério da Educação tem, entre as suas conclusões que, entre 2009 e 2015, mais que triplicou o número de crianças e jovens que estão medicados com Metilfenidato, mais conhecido por Ritalina, sendo que há turmas onde cerca de metade dos alunos toma, por indicação médica, tal substância. 
Esta conclusão não me espanta. Trabalho na área de apoio à família e crianças e são inúmeras as vezes em que os pais me referem que os filhos estão medicados com tal medicamento. Apesar de não me espantar, preocupa-me profundamente. Sobretudo, porque acho, tal como muitas pessoas que trabalham na área , que, mais que uma questão de moda, é um problema que tenderá a agravar-se, e que tem muito que ver com a falta de paciência, com a "demissão" em relação às responsabilidades parentais por parte de muitos pais e com a necessidade de os professores (cansados da confusão e do mau comportamento nas salas de aulas) de captarem a atenção dos alunos da forma mais fácil e cumprirem as metas curriculares que lhes são impostas.
Sou muito imperfeita enquanto mãe, perco muitas vezes a paciência, grito muito e, às vezes bem que me apetecia ter um super poder para poder fazê-las estar sossegadas. No entanto, quando me sinto mais agitada, faço coisas como caminhadas e meditação. O Reiki tem sido uma arma poderosíssima, na luta contra alguma instabilidade. A mais nova tem um feitio "levado da breca" como se diz na minha terra. Por vezes, é desesperante! Mas nunca me passou pela cabeça (nem o pediatra me sugeriu, perante as minhas queixas) dar-lhe qualquer medicação para fazê-la sossegar.
Estou muito preocupada!!!


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É disto que tenho medo...

10 de outubro de 2017

Quando digo que não tenho paciência para o politicamente correcto...
Vamos rindo enquanto podemos, sob pena de, se não fizermos uma reflexão isto se tornar numa realidade.
Educação moderna!!!



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Post da treta!

8 de outubro de 2017

Bem sei, bem sei que este é um post da treta...por isso se quiserem passem à frente.
Este post é só mesmo para dizer que tive vontade de chorar (mesmo) quando vi a previsão do IPMA do estado do tempo para os próximos dez dias. Sempre sol e, que horror, a temperatura máxima mais baixa é de 26º graus no dia 17 de Outubro.
Que me perdoem os amantes de Verão e de praia, mas estou até aos cabelos com este tempo. Não posso fazer as minhas caminhadas matinais com o conforto do costume, porque às 8 da manhã o sol já irrita como tudo. Fico com dores de cabeça. Odeio, nesta fase do ano, chegar a meio da tarde com as calças coladas ao corpo.
Mais, e acima de tudo, estou muito angustiada com a situação de seca extrema. No local onde os meus pais moram, a água já está a ser racionada.
Cada coisa no seu tempo, São Pedro!



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Não tenho paciência!

7 de outubro de 2017

Começo por referir, como já aqui escrevi, que não tenho qualquer problema em dar ás minhas filhas qualquer coisa, seja brinquedo ou outro objecto, conotado tipicamente como de rapaz.
Na verdade, a Mini mais nova, ligada muito a engenhocas, aí por volta dos quatro anos tinha uma tara por ferramentas, à qual nunca nos opusemos. Da mesma forma que quando quis uma Barbie ou um Nenuco, quando tivemos possibilidade compramos. A Mini mais velha, com aquela mesma idade, recusava-se a usar pijamas, porque as princesas dormiam de camisa de noite. Hoje não as pode ver, assim como só usa calças. Nunca nos opusemos a nada.
Agora o que penso é que, para defendermos a igualdade de género não precisamos de "assexuar" as coisas, sejam elas brinquedos, acessórios ou roupas. Penso que a questão está na livre opção de cada uma das nossas crianças e não em criar objectos absolutamente neutros. Porque, na minha forma de estar e de ver, os homens e as mulheres, de uma forma geral, não são iguais. Merecem, sim, ser tratados de forma absolutamente igual naquilo em que são iguais: na sua humanidade, na sua inteligência, na sua capacidade de trabalho e de decisão e na sua liberdade de escolha.
Daí que não ache uma coisa fantástica e maravilhosa a criação de uma colecção (marca de roupa) de vestuário de criança que é absolutamente neutra nos seus desenhos, nas suas cores, na forma de vestir. Não acho mal, nomeadamente de uma perspectiva económica, para os pais que têm filhos de ambos o sexos. Apenas não acho que seja um feito extraordinário, um exemplo que todas as marcas de roupa devam seguir. 
Para mim, haverá sempre coisas tendencialmente femininas e coisas tendencialmente masculinas.  As Coisa diferente é achar que umas coisas e outras só podem ser usadas pelo respectivo sexo. Isso sim, acho mal. Não tenho paciência para estar modernices do politicamente correcto.


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Porque hoje é...

6 de outubro de 2017

Não sou muito dada a falar aqui do dia disto ou do dia daquilo. Parece que agora é moda e todos os dias são dia de alguma coisa.
Mas, hoje de manhã, ouvi na Comercial que hoje é o dia do sorriso e sorri. Sorri porque acho bem que haja um dia do sorriso. Um sorriso pode mudar tudo. Muitas vezes reparo no café de manhã, que as pessoas chegam, apressadamente, pedem o seu café e nem um bom dia ou um sorriso. Pessoalmente, tenho notado que um sorriso é uma arma poderosa. Quando entro em algum sítio (repartição ou estabelecimento, etc.) em que quem me aparece pela frente está de semblante carregado, nada como eu sorrir para mudar a atitude das pessoa. 
Eu gosto de rir, rir à gargalhada, mas uso, muitas vezes o sorriso como arma e gosto também que os outros o usem para comigo. Para mim um sorriso torna tudo mais leve e mais fácil.
Experimentem!


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Má língua!

4 de outubro de 2017

Não nego que vi o primeiro e o segundo Big Brother. Estava colocada na Ilha da Madeira, numa vila com 56 habitantes no centro e nada mais havia além dos 4 canais nacionais. Na altura, as terças feiras eram dias muito divertidos por ser o dia das expulsões.
Bastou-me ter mais que fazer para deixar de ver completamente qualquer tipo de reality show. Atenção, não digo que não tenha parado em frente à televisão para ver o formato do programa, mas, invariavelmente, acabei sempre por concluir que era mais do mesmo.
Hoje li na revista Sábado que a Teresa Guilherme detesta que a chamem da "Rainha dos reality shows" e soltei uma valente gargalhada. Depois de se encher de dinheiro e a cabeça de muitos portugueses à custa destes programas (para os quais acho mesmo que é imbatível), a senhora queria que a chamassem o quê? Rainha dos documentários? Rainha dos programas de debate???
Poupem-me!


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Chocada!!!

3 de outubro de 2017

Não preciso de dizer a quem em acompanha o quanto gosto de animais, o quanto mimo dou às minhas gata e cadela e o quanto me preocupo com o bem estar delas. Deixei de ir a determinados sítios porque não permitem animais e eu gosto de estar na companhia da cachorra. Fazem parte do meu agregado familiar, falo com elas como se fossem bebés, sofro com as suas dores e fico feliz com as suas conquistas. Não tenho problema em dizer que não tenho nojo delas. Há coisas que não são agradáveis (como limpar os xixis e os cocós de descuido) mas é inerente e não me causa qualquer transtorno.
Todo este blá blá blá, para vos dizer que sou completamente apaixonada pelas patudas. No entanto, apesar de serem membros do agregado familiar, não as ponho em patamar de igualdade com as minhas filhas, embora venham imediatamente a seguir. As crianças humanas, sejam de que raça ou nacionalidade forem deveriam estar sempre em primeiro lugar. 
Tudo isto, para dizer que me deixa realmente espantada e a perceber que vivemos uma época de histerismo e endeusamento dos animais, a informação de que é cada vez mais frequentes os donos (ou pais como alguns preferem chamar) de patudos recorrerem a cirurgiões estéticos, para corrigir uma orelha mais descaída, ou para por um botox para por um focinho mais simétrico. 
Eu já sabia da existência de consultas de psicologia para animais deprimidos e percebo, a sério, que eles possam estar deprimidos e necessitem de ajuda especializada.
Agora desculpem-me, gastar fortunas a corrigir uma orelha mais descaída, colocar botox no cachorro, será mesmo porque se gosta do animal? Para mim é loucura...é desvario. Confesso, não entendo!!! É uma insanidade! Tantos miúdos que não têm sequer água potável!

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Apesar de não ser fã...

2 de outubro de 2017

Quando a Mini mais velha foi para a 1ª classe e, no fim do ano, foi nomeada para o quadro de excelência, não posso dizer que me foi indiferente. Embora então, tal como agora, o que me importa verdadeiramente é que sejam felizes e, se possível, boas alunas.
Com o tempo fui-me apercebendo do quão ineficazes ou contraproducentes podem ser estas escolhas e o quanto de subjectividade têm. Não é uma prática que aplauda, de todo.
Passou a ser uma rotina, no final de Setembro, ir ao recebimento do diploma pela mais velha.
No entanto, apesar da "cerimónia" de hoje ter sido em tudo idêntica às outras, foi aquela que verdadeiramente me fez exultar de orgulho.
A Mini mais nova está no 4º ano e até hoje nunca tinha sido escolhida. Não porque não tivesse um excelente aproveitamento, mas porque, dado o seu feitio vincado, para tristeza minha e do pai, nunca foi nomeada. Sempre achei justo que não o fosse, tendo em conta que um comportamento meritório é também factor essencial na escolha. No entanto, o ano passado, quando fomos à cerimónia da irmã, olhou-me nos olhos e depois fez um pacto com a professora. Ia deixar de estar a tagarelar nas aulas, ia deixar de ser rebelde e mal comportada. E, tal terá sido o esforço, que hoje foi compensada. A alegria foi enorme para ela. Para mim e para o pai foi imensa, porque ela aprendeu que também se sabe portar bem e que tudo é uma questão de pensar, contar até dez e respirar fundo antes de disparar boca fora.
Apesar de não ser apologista destas nomeações, a de hoje encheu-me de alegria.


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Não é treta!

1 de outubro de 2017

Todos os dias dou uma volta pelas páginas de notícias e motores de busca, como a Sapo, com artigos generalistas. 
Todos os dias vejo artigos, que, maioritariamente, passo à frente, sobre os dez motivos, quinze ou vinte, pelos quais devemos comer este alimento (ou evitá-lo), as dez receitas, quinze ou vinte, para uma boa perfomance sexual ou laborar...and so on! 
Hoje deparei-me com cujo título era as cinco receitas para encontrar a felicidade e a serenidade.
Digo a verdade, nem sequer abri. Sou daquelas pessoas que não acredita num estado de felicidade permanente, ou seja, que possamos viver todos os dias, a todas as horas e todos os momentos num estado de alegria. Aliás, não confundo felicidade com alegria. Para mim felicidade tem muito mais que ver com um estado de serenidade, de tranquilidade.
Fui uma pessoa sobressaltada durante anos. Ansiava sempre mais e mais. Talvez, por isso, tivesse tantas variações de estado de espírito e vivesse tão angustiada. 
Lentamente, com a ajuda de algumas pessoas que se cruzaram comigo (que sortuda fui), fui-me apercebendo que só tinha uma forma de ser serena e, assim, feliz. Era ser grata. Quando comecei a sorrir porque tinha duas filhas para acordar de manhã, a sentir-me feliz porque tinha um trabalho em que, em alguns dias, posso fazer a diferença na vida de alguém, porque tenho alguém que me ama incondicionalmente, porque tantas e tantas coisas...comecei a ser feliz...Não é treta, nem conversa de livro motivacional (nunca li nenhum).
Para mim, a chave de tudo está na gratidão. Nada na vida me foi dado de mão beijada...Raras foram as vezes em que consegui as coisas que pretendia na primeira ou na segunda tentativa. No entanto, por vezes, comovo-me ao pensar nas coisas que tenho para agradecer... 


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