Um pedido a quem me lê...

27 de fevereiro de 2018


Em abono da verdade, devo dizer que a idade me trouxe uma certa incapacidade de me espantar ou de me chocar com alguns acontecimentos mediáticos. Não posso bem dizer que me são indiferentes escândalos como os de corrupção nas Ipss, ou as alegadas teias duvidosas em que algumas figuras  se vêm metendo. Não me são indiferentes, mas confesso que não me tiram o sono, nem tenho já a capacidade de viver ansiosa perante a possibilidade de o sistema não funcionar.
No entanto, não sei se por estar a trabalhar na área da família e crianças, se por ter filhas pequenas, se por sempre ter adorado crianças, sou muito vulnerável aos dramas destas. E se aquelas crianças em relação às quais posso fazer alguma coisa "palpável" me preocupam muito, o drama das crianças Sirias deixa-me sem chão. Doem-me as entranhas da alma.
Acredito no poder da oração e, por isso, deixo aqui um apelo a todos os que acreditam em quaisquer forças, energias ou correntes positivas, para terem estas crianças no seu pensamento.
Muito grata!


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Ninguem me avisou que era assim!

26 de fevereiro de 2018

Sou filha única com muita pena minha. Passei muitas noites a rezar para que a minha mãe engravidasse, convencida que estava que só Deus podia fazer alguma coisa por mim. Não aconteceu.
Felizmente, no mesmo prédio que nós, habitava uma prima da minha mãe que teve um filhote, exactamente um ano e um dia depois de eu nascer. Também os pais dele se ficaram pelo primeiro filho. Assim sendo, partilhávamos tudo. Éramos como irmãos. Ainda hoje o somos. Sempre fomos amigos, cúmplices, intercedíamos um pelo outro e riamos imenso juntos. 
A esta distância, com a experiência que tenho como mãe de duas meninas com idades muito próximas (menos de dois anos), penso que o segredo estava em não partilharmos a mesma casa 24 sobre 24 horas, nem os mesmos pais.
É que, detestando eu ser filha só, sempre prometi a mim mesma não fazer o mesmo a um filho meu. Pensava eu que os irmãos eram a última maravilha do universo e que era um amor tranquilo, profundo e incondicional. SEMPRE.
Daí que tenha tido duas meninas num curto espaço de tempo e não tenha tido o terceiro filho por motivos externos à minha vontade. 
No entanto, ninguém me avisou que a relação entre dois irmãos (neste caso irmãs) podia ser uma verdadeira tempestade tropical. Ninguém me avisou que a relação dos irmãos é cheia de sobressaltos e com o seu quê de bipolaridade. 
As minhas filhas tanto riem e se unem para nos fazer frente, como, maioritariamente, implicam uma com a outra, são "fiscais" uma da outra. Uma grita e destrata a outra. A outra, mais calada, faz das suas de forma subtil...Confesso que, por vezes, é uma tarefa difícil...Grande parte das vezes, finjo que não oiço, que não vejo...elas que resolvam. Mas, por vezes, dizem barbaridades inimagináveis uma à outra e eu fico chocada. Enfim, é só um desabafo...mas às vezes apetece--me fugir para longe!


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Vamos ao passo seguinte...

19 de fevereiro de 2018

Li na revista Visão que um estudo feito numa universidade norueguesa concluiu que um dia de limpeza da casa e o quase inevitável uso de produtos químicos (nos detergentes e outros produtos de limpeza, sejam em spray ou líquidos) traz para a mulher efeitos tão nefastos, em termos respiratórios, como fumar 20 cigarros.
Portanto, eu que já deixei de fumar há 12 anos e meio, terei agora de dar o passo seguinte: deixar de fazer limpezas.
Quem alinha?


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Mas o que é assédio sexual?

17 de fevereiro de 2018

Há pouco, quando dava a minha habitual volta pelas notícias on line, vi algures que o fotógrafo da princesa Diana foi acusado por não sei quem de assédio sexual.
É um assunto tão batido actualmente que, por curiosidade, fiz uma pesquisa sobre as acusações de assédio nos últimos tempos e foram infindáveis as ligações encontradas. Quer lá fora, quer neste rectângulo à beira mar plantado.
Fiquei preocupada. 
A minha primeira reacção foi pensar que há por aí muito/a atrasado/a mental a precisar de tratamento. A forma como configuro o assédio sexual traduz um comportamento muito grave de falta de respeito pela dignidade humana. 
Depois, pensei que, de facto, tinha muita sorte porque nunca fui alvo, nem conheço ninguém que tenha sido vítima de tal conduta.
Por fim, dei por mim a meditar sobre o conceito que cada um de nós tem sobre o que é assédio sexual. E que pode ser muito variável. Há que pensar no assunto sobre perspectivas diferentes. Era bom uma grande reflexão. Para que se acabasse de uma vez (???) com tal comportamento e para que se não fale no assunto levianamente. Porque se causa desconforto e prejudica quem é vítima, pode destruir completamente a personalidade de quem é acusado, quando tal acusação resulta de um comportamento leviano de quem acusa, ou de um conceito demasiado amplo dos comportamentos que integram o assédio.
Será que dizer-se a uma pessoa que é gira, bem feita, que tem um sorriso lindo, integram o conceito? Na minha perspectiva, não. Mas há por aí tanta gente acusada que já não sei bem se outros pensam como eu.


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Não era tão descabido assim!

15 de fevereiro de 2018

Uma das conversas que guardo dos Invernos da minha infância diz respeito à minha luta inglória de que em casa dos meus pais e dos meus avós se usassem nas camas edredões de penas ou de aquecimento. Não fazia sentido, para mim, ter quatro ou cinco cobertores na cama quando podíamos ter o mesmo calor com uma roupa de cama muito mais leve.
Nunca consegui levar a minha avante e sempre prometi que, quando tivesse uma casa minha, as camas teriam roupa leve, confortável e ainda assim quente. 
Desde que saí de casa dos meus pais que deixei de dormir em camas "enchouriçadas".Sou extremamente friorenta e durmo sempre agarrada ao meu marido, mas, por norma, não tenho mais que um cobertor e um edredão na cama. 
Vim a descobrir que esta "mania" de dormir com muito peso em cima não é assim tão tonta como parece. Parece que os "Weighted balnkets" (cobertores pesados) são mesmo eficazes no combate à insónia, pois fazem com que a pessoa sinta o peso como um abraço e relaxe, dormindo melhor. Pelos vistos, até são usados no tratamento de crianças com problemas de ansiedade e com outras perturbações que provocam dificuldades em dormir.
Felizmente, depois de seis meses com insónias constantes, comecei a dormir mesmo com o edredão de aquecimento. Caso contrário era ver-me ir comprar um cobertor de 8 quilos (sim, é esse o peso aconselhável).


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Absolutamente fã!

13 de fevereiro de 2018

Hoje muito se ouviu falar sobre a rádio. É hoje o dia mundial da rádio,e, no âmbito da celebração, discute-se a perda de importância deste meio de comunicação em benefício das redes sociais.
Devo dizer que foi coisa que nunca me passou pela cabeça.
Em miúda ouvia todos os dias antes de ir para a escola "O Despertar", do António Sala e da Olga Cardoso, que os meus pais adoravam.
Sou uma fã incondicional da rádio desde a minha adolescência. Já se passaram muitos anos desde que estudava para os exames da faculdade ao som do "Oceano Pacífico" e, ainda hoje me sabe bem ouvi-lo, se bem que ouça rádio essencialmente de manhã no carro. Depois passei uma fase fantástica a ouvir um programa não menos fantástico " O postigo", do Fernando Alves na TSF.
Nos dias actuais,  penso que as manhãs da Comercial já fazem parte dos nossos dias e que sem elas não seria a mesma coisa.
Nenhuma rede social ocupará nunca o lugar desta forma fantástica de comunicar.


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Desprezo...

Desprezo. Até mesmo asco. Bem sei que não são sentimentos muito próprios de uma cristã como eu.
Mas, confesso que é isso que despertam em mim algumas das figuras de topo da igreja de que faço parte quando leio a forma como se referem ao Papa Francisco. À medida que ele vai tomando posições de perdão e de misericórdia, aumenta a repulsa que sentem por ele, mas, na mesma medida ele se torna parecido com Jesus Cristo, que veio estabelecer uma nova mentalidade.
Os entendidos afirmaM que estamos a dois passos de um cisma. Não sei se sim ou senão. A mim interessa que Deus preserve de boa saúde e com lucidez Jorge Mario Bergoglio, embora não consiga evitar os sentimentos menos nobres em relação a alguns dos poderes instituídos e retrógrados da minha igreja, com os quais não me identifico em absoluto e que afirmam que estão ansiosos que ele morra.


LONGA VIDA, FRANCISCO!
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E sabe bem...

10 de fevereiro de 2018

Nenhum de nós gosta de saber de notícias relativas à morte de alguém...Vá, quando são pessoas tipo Bin Laden, não sei se este desgosto será tão efectivo, mas pronto...
Mas, apesar da tristeza da notícia (televisiva) de que alguém  com a nossa idade morreu, a coisa fica mais alegre, quando perante essa notícia, a nossa filha mais velha, exclama: "que horror!!, Com  44 anos estava a entrar na melhor fase da vida! Estava no seu auge..."
Pronto, bem sei que andaram por aí a ser divulgados estudos de que, actualmente, só se saía da adolescência aos 24 anos e ela deve estar influenciada por esse estudo...Mas que sabe bem, sabe!


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É tudo uma questão de hábito...

6 de fevereiro de 2018

Durante os últimos dias, com especial incidência no dia de hoje, ouvi as pessoas queixarem-se das temperaturas baixas. Quase todas as pessoas com quem me cruzei fizeram alusão à temperatura. As minhas Minis estavam incomodadas apesar dos agasalhos que levaram.
Dei por mim a pensar que, de facto, isto é uma questão de hábito.
Desde os meus 18 anos que não moro na minha cidade natal, lá em Trás-os-Montes. Passei por Coimbra, onde as temperaturas são mais amenas, por Lisboa e pela ilha da Madeira. Em todos estes lugares foram raras as vezes em que me pude sentir gelar como na minha infância.  Estou mal habituada é o que é. Tive que recuar um quarto de século para me lembrar de como odiava neve. Sim, a neve fechava-me em casa, sem poder ir à escola, dias e dias...Nos dias de neve a água congelava nos canos...Apesar de termos aquecedores, o frio era tal que dormia de gorro e de luvas...E eu passava bem...
É verdade, é tudo uma questão de hábito. Há muitos anos que saí de lá. Há muitos anos que não faz frio a sério... há muitos anos que não passo frio, senão, que remédio, tinha de me adaptar.
Comprava uma thermotebe e depois dizia "frio? eu não tenho frio...uso uma thermotebe e o meu pai também!" (quem se lembra???).

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Coisas a que, como mãe, sou absolutamente indiferente...

4 de fevereiro de 2018

Por estes dias foi publicado o ranking das escolas a nível nacional. Mais uma vez a melhor escola é do sector privado, mais uma vez  se vê que os alunos portugueses não são particularmente brilhantes.
Uns são fanáticos deste tipo de classificação das escolas. Outros, por seu lado, não param de criticar o mesmo, fazendo alusão a países como a Finlândia onde, segundo parece, não se fazem estes tipo de ranking.
As minhas Minis frequentam o ensino público. Tenho escolas com boas condições a uma distância razoável, com ATL mesmo perto e horários compatíveis. Antes de entrarem para a escola andaram numa IPSS. Enquanto o ensino público for compatível com os nossos horários e tenha boas condições físicas, nele continuarão. Não é por o agrupamento que frequentam ter ficado perto do 350º lugar que vou a correr mudar para uma escola particular, a 5 quilómetros, que ficou em 70ª.
Tudo para dizer que este ranking "não me aquece nem me arrefece". Dei uma vista de olhos, por curiosidade. Mas não mudo nada nem tomo as minhas decisões em função dele. Contudo, tenho para mim que os media e as redes sociais lhe dão importância em excesso.
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Seremos a excepção??

2 de fevereiro de 2018

Por motivos profissionais, lido diariamente com psicólogos, terapêutas, pedopsiquiatras, médicos pediatras e toda uma panóplia de profissionais ligados ao desenvolvimento e saúde infantil e do adolescente.
Quer nos nossos contactos diários por questões concretas, quer em acções de formação que frequento ou em livros que me auxiliam, a opinião é unânime: os filhos são o espelho dos pais, os filhos reproduzem o modelo de amor, de relacionamento social e de obediência às regras que vêem nos pais.
A concordância é tal que não me atrevo a questionar. Nos meus pareceres tendo a usar frases (chavões) idênticos.
Mas, depois chego a casa ao fim do dia e tenho uma que é a tranquilidade em pessoa (apenas com alguns achaques de fúria), partilha tudo (apesar de pré-adolescente), e tem uma vontade enorme de ajudar em tudo; e tenho outra que é um furacão, fecha-se em si mesma e faz um ar de enfado quando tentamos saber coisas sobre o dia.
Depois, tenho da escola a informação, relativamente a uma de que é muito bem comportada, educada, estudiosa e trata bem os demais; e relativamente a outra de que é uma traquina, respondona, muito inteligente, preguiçosa e faladora. Tem um sentido de humor genial.
As minhas Minis são diferentes não só fisicamente. São o oposto em termos de personalidade e comportamentos. Cada uma alegra os meus dias de forma totalmente díspar.
E se relativamente à parte física tenho a explicação da genética, relativamente ao comportamento pergunto-me se eu e o meu marido sofreremos de alguma bipolaridade em termos educacionais ou se seremos apenas a excepção à regra...

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