Revejo-me...

30 de abril de 2018

Li hoje uma notícia sobre um estudo ou pseudo-estudo sobre os efeitos da idade nas mulheres. Conclui o estudo que a entrada na meia idade ( 40 / 50 anos) normalmente acarreta para mulher (mais que para os homens), uma maior resistência ao stress e uma maior capacidade para lidar com as dificuldades que a vida apresente.
Confesso que me revi imediatamente. Depois dos 40 tenho muito mais tranquilidade e discernimento para não me deixar afectar por coisas que antes me tiravam do sério. Penso que revi as minhas prioridades. 
Esta semana aprendi que esta mesma serenidade que me trouxe a idade se reflecte no meu semblante. Numa visita profissional a uma casa onde são acolhidas algumas crianças vítimas de maus tratos, no âmbito do mês de prevenção dos maus - tratos infantis, um menino com 6 anos sentou-se ao meu lado, explicando que o fez porque eu tinha "uma cara feliz!". Fiquei muito comovida. Consegui transmitir algo de bom àquele menino, sendo certo que ele terá captado mesmo a forma como encaro a vida nesta fase.


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Não mexam connosco!

21 de abril de 2018

O departamento dos EUA fez um relatório, relativo ao ano de 2016, sobre o sistema policial e prisional português. Nas conclusões escreve que em Portugal os polícias são agressivos com os detidos, usando a força e que os nossos estabelecimentos prisionais estão sobrelotados e têm más condições.
Concordo que há muito a melhorar num lado e em outro. Mas penso que os progressos são imensos. 
Mas, confesso que ao ler a notícia sobre tal relatório, o primeiro pensamento que me ocorreu foi de uma expressão que muito se usa na minha zona "Só fala quem tem que se lhe diga".
Depois, li os comentários à notícia e achei engraçado que eram todos praticamente coincidentes. Todos no sentido de não reconhecerem legitimidade aos EUA para fazerem qualquer reparo aos nossos sistemas policial e prisional pois que têm uma vergonha chamada Guantanamo e um sistema de polícia muito questionável.
Deve ter sido a primeira vez que não vi comentários insultuosos a outros comentários.




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Coisas inimagináveis...

19 de abril de 2018

Nunca me passou pela cabeça poder sentir com um patudo tanta empatia...Nunca me passou pela cabeça amar tanto uma "tolinha" como a minha Mel.
Porque é verdade que não há ser que me ame de forma tão pura.

Verdade absoluta:
"Até termos  tido o privilégio de amar um animal, parte da nossa alma permanece adormecida."

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Da solidão acompanhada...

17 de abril de 2018

Hoje tive de ir a Lisboa a uma consulta. Como a clínica fica numa zona muito movimentada da capital, decidi ir de comboio e de metro, transportes que eu gosto muito de utilizar (talvez por não os usar com frequência diária).
Já há muito tempo que não fazia viagens em hora de ponta. Dei por mim espantada, como anteriormente me espantavam as conversas que as pessoas (que, na minha perspectiva ali se haviam conhecido nas suas rotinas de idas e vindas para o trabalho) tinham naqueles transportes. Na verdade, hoje o ruído das vozes era muito menor, apenas se faziam notar duas crianças em conversa animada coma avó. Olhando em redor pude ver que quase todas as pessoas estavam curvadas sobre os seus telemóveis, em jogos ou mensagens, apenas olhando de relance para algum movimento mais brusco.
Os telemóveis trouxeram, sem dúvida, uma solidão acompanhada, ou um convívio solitário.


A reflectir.


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Socorro...

11 de abril de 2018

Todas as minhas colegas com filhas mais velhas que as Minis me diziam, quando me queixava de alguma diabrura, que esperasse pela adolescência para ver como era difícil lidar com os filhos.
Pois bem, hoje comecei a perceber. 
De manhã foi a Mini mais nova que, zangada com o facto de eu não a autorizar a ter um canal de youtube  que, no momento é o "sonho da sua vida", que me presenteou com a seguinte frase " Eu moro num apartamento mas não tenho um lar. Tu não me proporcionas um lugar onde eu me possa expandir e ser eu mesma!" Sim ela utilizou esta mesma linguagem. Eu já nem sabia se havia de rir, se havia de chorar.
De tarde foi a Mini mais velha que, não querendo ir para o ATL, mas antes para casa de uma qualquer colega,  perante a minha recusa em autorizá-la e em discutir o assunto, porque estava a trabalhar, me disse "Se me queres fazer sofrer, mata-me já!"
Bem, vou ali meditar por umas horas pois não sei o que me reserva o dia de amanhã!




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Testes psicológicos! Já!

8 de abril de 2018

Não sei se há muitas pessoas que, como eu, tenham cartas ou encomendas enviadas de e para mim que tenham ficado pelo caminho. 
Já estive nesse filme duas ou três vezes e não é agradável. Uma das vezes foi um medicamento importante. Felizmente consegui arranjar o mesmo a 30 quilómetros de casa.
Ultimamente tenho lido algumas notícias de carteiros que não entregam as cartas por tempos infindáveis, sem qualquer motivo que o justifique.
Uns porque gostam de ler as coisas alheias; outros, mais dados às encomendas, gostam de ganhar coisas sem pagar nada. E, depois, há aqueles que têm um problema qualquer e agem sem motivo.
Só hoje li duas notícias destas. Um guardou cartas durante dez anos. Outro tinha 400 quilos de cartas guardadas em casa.
Tal vez seja menor as empresas distribuidoras de correio começarem a realizar testes psicológicos para traçar o perfil dos empregados que admitem, sob pena de, literalmente, não levarem a carta a Garcia.
O carteiro Paulo tem de presidir às entrevistas de admissão.


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Surpreendente!

7 de abril de 2018

Se analisar a minha lista de amigos no facebook posso, seguramente, concluir que tenho mais amigos Sportinguistas, que amigos Brasileiros. No entanto, se me ficasse pelo feed nas últimas 48 horas, acharia que os amigos do lado de lá do Atlêntico seriam em muito maior número. 
Na verdade, os amigos Brasileiros estão constantemente a publicar textos, fotografias, vídeos e piadas sobre a situação do Lula da Silva. Uns a favor, outros contra. E zangam-se a sério nos comentários.
Sou sincera, não imaginava que fosse uma coisa tão arreigada neles. Sempre achei que os portugueses eram exagerados com o futebol, e esta história das birras do Bruno de Carvalho dá muito que falar. Mas, sem dúvida que os Brasileiros são mais doentes pela política.

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Absolutamente necessário...

6 de abril de 2018

Ainda há pouco tempo escrevi aqui de como o abandono dos idosos era uma coisa que me perturbava e comovia imenso (penso que foi a propósito do dia do pai).
Reconhecendo o imenso trabalho que se tem feito no âmbito da protecção das crianças neste país, para que cresçam de forma harmoniosa e saudável, sentia que o mesmo interesse deveria ser posto na protecção dos idosos para que possam viver de forma digna e confortável os últimos dias das suas vida.
Confesso que fiquei muito contente ao saber da existência de uma petição com vista à criação da Comissão de Protecção do Idoso, que tenho como algo absolutamente necessário.
Por favor, não deixem de assinar, aqui.
Grata, desde já, aos que o fizerem. Aos que não o pretenderem fazer, grata por tratarem os idosos como merecem!

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As mulheres são tramadas...

2 de abril de 2018

As mulheres são tramadas. Sobretudo umas para as outras.
Por mais que defendam a igualdade com os homens, há sempre quem se queira evidenciar como melhor mãe, como melhor dona de casa por coisas absolutamente ridículas.
Nada que eu não soubesse. Mais, até como colegas de trabalho prefiro homens a mulheres. São mais desligados e menos competitivos. Claro que há excepções.
Há pouco li um artigo na revista Visão sobre a existência de infantários particulares onde, um dia por mês (normalmente à sexta feira), os miúdos podem ficar até por volta da meia noite ou até ao outro dia de manhã, para que os pais possam descansar, quer ficando em casa, quer divertindo-se.
Lá vem um rol de críticas, umas mais ou menos veladas, outras à descarada. A maior parte delas de mulheres-mães que afirmam que nunca precisaram desse serviço, que sempre criaram os filhos e que o tempo que estão com os filhos é demasiado precioso, etc., etc.
Pois eu lamento imenso que quando as minhas filhas eram pequenas tal serviço não existisse. E lamento imenso que os avós mais próximos das minhas miúdas vivessem (ainda vivem) a mais de 300 quilómetros. Teria aproveitado muitas sextas feiras ou outros dias. Para dormir e para sair para dançar, namorar ou ir ao cinema.
E não me sentiria pior mãe por isso. Mais, ainda hoje, quando os meus pais estão cá por casa a passar férias, aproveito para escapara. Saímos beneficiados todos. os pais porque descansamos e fazemos coisas que a quatro não fazemos; elas porque têm mais mimo e fazem coisas que só os avós fazem; os avós porque podem divertir-se com a sua actual razão de viver!
Tenho muita pena que haja muita mulher de mente fechada, sempre pronta a dar o ar da sua graça (not).

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