É a loucura!

30 de junho de 2018

Acabei de ler um artigo que a revista Sábado traz sobre o investimento que muitos dos pais de hoje fazem na educação dos seus filhos.
Escolas XPTO, preceptoras que falam com crianças da pré escola em alemão e em outras línguas e fortunas gastas na preparação das crianças, desde a mais tenra idade, para a vida profissional futura.
Pessoas que, não obstante terem rendimentos mensais razoáveis, contraem empréstimos para colocar os filhos em determinadas escolas, nas quais os inscreveram muito antes de eles terem nascido. Tudo isto com o horizonte em quê? Presumo que seja numa vida profissional futura melhor (melhor no sentido de mais rentável e mais fácil de levar a cabo).
Não descuro a preparação das minhas Minis para o futuro. Aceito que determinadas escolas dêem às crianças uma grande capacidade de trabalho e uma melhor preparação.
No entanto, lamento, mas não entro nestas ansiedades. Vivo com os olhos no futuro, mas com os pés e com alma no dia a dia. Quero, acima de tudo, que elas sejam miúdas felizes. Quero, antes de contribuir para formar boas profissionais, contribuir para formar dois bons seres humanos.
Percebo quem entenda de outra forma, mas acho que para as minhas filhas é melhor assim. Poderem ter pequenos desvarios no dia a dia é melhor que viverem prisioneiras de fortunas de propinas como as que estes pais gastam.

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Uma mãe não está preparada...

22 de junho de 2018

Eu considero-me uma mãe sem grandes preconceitos...Não tive qualquer problema em, em cada fase da vida das minhas filhas, explicar de acordo com a idade mental delas, todas as dúvidas e matérias relacionadas com sexualidade.
Aliás, antes de elas me perguntarem tentei informar-me mais ou menos do que havia de responder consoantes as dúvidas e as idades para não explicar demais, explicar de forma a ser perceptível e também não as deixar confusas por falta de informação.
Por muito "moderna"que eu seja, sempre que vem uma pergunta tenho de pensar "Ok, tenta ser o mais natural possível." Penso que tenho logrado os meus intentos.
O que eu não estava à espera era que, em pleno serão familiar, enquanto dou uns pontos de crochet, do nada, a Mini mais nova, se saísse, alto e bom som, do seu canto do sofá, com a seguinte pergunta:
" MÃE, O QUE É UM VIBRADOR?"




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Vivemos num mundo de doutorados!

18 de junho de 2018

Faço parte de alguns grupos nas redes sociais sobre os mais diversos temas. 
Alguns relacionados com as questões da parentalidade. Devo dizer que tenho dias em que me desespero. Já desactivei as notificações em relação a muitos deles. 
Noto uma certa falta de humildade e abertura de muitos pais quanto a determinados assuntos. É tudo de um radicalismo que me enjoa. Há pouco, discutiam o facto de alguns pais darem, a conselho dos respectivos pediatras, Melamil aos filhos. E lá veio uma data de génios opinar e classificar de maus pais, ou pais que não fazem verdadeiros sacrifícios pelos filhos, aqueles que recorrem ao Melamil ou à valeriana, como se estivessem a criar toxicodependentes.O Melamil é um suplemento alimentar que contém melatonina, uma hormona que o nosso corpo produz e que permite regular o sono. Tem efeitos secundários.
Como em tudo, há casos e casos, mas penso que nos grupos das redes sociais faz falta alguma abertura para perceber isso. 
Eu, depois de não sei quantas semanas sem dormir, por causa dos terrores nocturnos, experimentei a conselho do pediatra. Não me considero má mãe por causa disso. Deitei fora duas ou três embalagens ainda a meio por já estarem abertas há muito tempo. Nunca fiz disso um hábito. Nuca ficaram viciadas.
As indirectas que se postam nos comentários (às vezes as pessoas insultam-se mesmo), sobre qualquer assunto relacionado com estes aspectos faz-me crer que, na verdade, as pessoas (sobretudo as mães) são muito mázinhas umas com as outras.
Ainda me lembro das críticas e das conversas ofensivas que lia quando amamentava as minhas filhas. Eu amamentei e deu resultado da primeira Mini. Da segunda, foi um caos. Se noto diferenças em termos de saúde nelas? Noto. A que foi amamentada adoece com muito mais facilidade.
Cada caso é um caso! Haja empatia!



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Muito desiludida!

16 de junho de 2018

Um pequeno apontamento aqui no blog, para vos dar conta do meu grande desapontamento.
Com o início do Campeonato do Mundo de Futebol e, sobretudo, depois da prestação do CR7 no jogo de ontem com a Espanha, fiquei verdadeiramente convencida de que o tema "Sporting e Bruno de Carvalho", passaria a ser um tema despercebido no nosso mundo noticioso.
Fiquei apalermada ao ouvir que o mesmo estava a debitar mais uma série de ...(não sei que lhes chamar) num canal televisivo nacional.
Estou, verdadeiramente, desapontada. Não tenho paciência.


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Grande Lata!!!

15 de junho de 2018

Há pessoas com uma grande lata...
Tenho amigos que passam o tempo a "cascar" no Cristiano Ronaldo. Isto e aquilo e aquele outro. Que tem a mania e pardais ao ninho. Que é mais fogo de vista e não sei quantos.
Eu, mesmo não concordando com a forma como arranjou 3 dos seus filhotes, sempre gostei imenso dele e nunca ninguém me ouviu criticá-lo, excepto quanto a este aspecto.
Mas, a grande lata das pessoas não está em criticá-lo, pois que cada um pensa como quer. A grande lata está na circunstância de, em dias como hoje, virem dizer maravilhas e que sempre souberam que ele nos safava...
Há pessoas piores que os cataventos...


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Uma parvoeira...desculpem-me...

14 de junho de 2018

A Mini mais nova chega ao fim da quarta classe. Por escolha da maioria, resolveram fazer um jantar e baile de finalistas num hotel cá do burgo amanhã. Preferia que fizessem outro género de festa, num sítio onde os miúdos pudessem correr e sujar-se à vontade. 
Que façam uma festa pelo fim de um ciclo até compreendo. Não me agrada que seja num hotel com jantar de gala, mas aceito. O que me espanta verdadeiramente é saber por conversas que a ouvi ter com a Mini mais velha, é que muitas colegas pediram para não ir à escola da parte da tarde porque precisavam de ir ao cabeleireiro e "arranjar as unhas" (oi???)...
Lembro-me do espanto com que fiquei há dois anos, no lanche de finalistas da mais velha por ter visto miúdas com rímel, sombra nos olhos e afins...Pensei que era a turma dela que tinha meninas particularmente precoces...pelos vistos eu é que sou mesmo bota de elástico e tudo isto me parece uma parvoeira...aceitei o tipo de festa, mas estou-me pouco importando se a minha filha vai deslavada!!! Ela só tem dez anos....
Que se maquilhe em casa na brincadeira com a irmã até acho graça...mas ir para a rua assim???


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Convém parar...

9 de junho de 2018

Não posso dizer que conhecia Anthony Bourdain há muitos anos. Conheci-o há 3 ou 4 anos através de um concurso de talentos culinários, o The Taste, que comecei a ver por nele entrar uma mulher que admiro profundamente, a Nigella Lawson. 
Comecei quase instantaneamente a simpatizar com ele. Depois passei a segui-lo nas redes sociais. Sabia que tinha alguns problemas de adição a algumas substâncias nocivas, mas sempre me pareceu uma pessoa bem disposta. E, ao que parece, não me enganei. Quase todas as pessoas que com ele lidaram pessoalmente e que sobre ele falaram a propósito da sua morte, o retratam como uma pessoa com um sentido de humor apurado.
A sua morte, alegadamente por suicídio, como tantas outras que têm acontecido, faz-me sempre reflectir um pouco. Reflectir de que é totalmente verdade a expressão "quem vê caras, não vê corações". Faz-me pensar em quantas pessoas parecem viver alegremente e vivem num sofrimento intenso de uma forma solitária...faz-me pensar que convém estarmos atentos aos que nos rodeiam porque nem só quem vive grandes tragédias exteriores colapsa...ás vezes, sem desconfiarmos, as pessoas têm uma vida interior tão intensa de sofrimento...talvez devessemos parar e olhar bem para os que podemos alcançar...


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O que é que esperavam?

5 de junho de 2018

Ouvi hoje, algures, que, das provas de aferição realizadas pelos alunos do segundo ano do ensino básico se pode concluir que as crianças portuguesas com 7/8 anos, apresentam dificuldades motoras, sendo que muitas delas não sabem sequer saltar à corda.
Não fiquei nada surpreendida. Primeiro, porque foi um trabalho hercúleo ensinar a minha filha mais velha a saltar à corda por volta dos seis anos, coisa que, sinceramente, eu sempre lembro de fazer sozinha e que os meus pais não se lembram de me ter ensinado. Depois, porque me parece que, excepção feita a actividades específicas em que desenvolvem algumas capacidades (como a ginástica acrobática, o ballet, as artes marciais), as nossas crianças, hoje em dia, pouco se desenvolvem como um todo e quase nada descobrem as coisas por si próprias.
Dei por mim a pensar que, quando eu tinha a idade das minhas filhas, depois da escola passava imenso tempo na rua a jogar à apanhada, a saltar à corda, aos elásticos, ao lencinho... e, em dias grandes como os desta época, depois de jantar lá voltávamos para a correria. Claro que aí até aos 6/7 também brincava com bonecas, às famílias. Mas, muitas vezes, também levava a tralha dos bonecos para a rua.
As minhas filhas, por seu lado, só brincam ao ar livre nos 15/30 minutos de recreio da escola ou nos dias em que, milagrosamente, não tendo milhentos trabalhos de casa, vamos até ao jardim com elas. Das outras vezes, quando não usam a informática nos tempos livres, sentam-se a ler ou acompanham-nos numa série.
Como elas, tantos outros da idade delas. Daí que não me espantem estas conclusões das provas de aferição.
Mas o mais dramático disto tudo é que, quando lhes dou liberdade, correm e brincam sem querer parar até à exaustão. E, certamente, acontecerá o mesmo com tantos outros da idade delas...





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Estarei a ver mal?

1 de junho de 2018

Sou, por norma, uma pessoa bastante tolerante. Vivo bem comigo e com os outros.
Não sei se é por isso, ou porque tenho uma capacidade de compreensão reduzida, que tenho alguma dificuldade em ver discriminações ou assédio em determinados comportamentos ou mensagens.
Sinceramente, às vezes questiono-me sobre a minha incapacidade de perceber coisas que para os outros são óbvias.
Começou na semana passada com a notícia de que oito mulheres haviam acusado o Morgan Freeman de abuso sexual, e, por isso, mais um escândalo instalado. Não digo que o actor não se tenha portado mal com algumas, mas estou convicta que muita gente se aproveita da "loucura" que agora se vive em que tudo e mais um par de botas serve para acusar alguém de assédio sexual.
Ontem fui brindada com a notícia sobre a discriminação sexual evidente num vídeo de uma campanha anti-tabágica do Ministério da Saúde, para o que fomos alertados pela comedida e ponderada deputada Isabel Moreira.
Não descansei em quanto não vi para poder opinar com conhecimento de causa. E, mais uma vez, percebi que vivemos numa época de caça às bruxas. Não me parece que o vídeos seja discriminativo, numa época em que, embora se verifique uma diminuição de percentagem das pessoas que fumam, aumenta grandemente a percentagem das mulheres que o fazem. Se uma campanha se destina a combater um determinado consumo, parece-me lógico que se dirija ao maio número de potenciais destinatários.
Este feminismo folclórico compulsivo começa a causar-me urticária.



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