Li hoje no Expresso on line que fomos alertados pelas autoridades europeias para a necessidade melhor investigação e maior punição nos casos de violência doméstica a mulheres em Portugal, já que muitos dos casos dão em nada.
Como pessoa que trabalha com casos destes há vários anos em diferentes vertentes, não sei se ria, não sei se chore.
Se chore pela existência de casos de violência doméstica, se ria pela prioridade que estabelecem.
Porque antes de se preocuparem em dar ralhetes a quem trabalha na área da justiça, convém que que se invista muito mais em educação das mulheres (e também homens), para a necessidade de preservarem a sua dignidade, de serem pragmáticas e protegerem os filhos se os tiverem.
Porque, se antigamente até se entendia a sujeição à violência pela independência económica e falta de recursos de assistência, hoje não a entendo na maior parte dos casos. Ou entendo. Entendo a falta de amor próprio, a falta de noção de integridade e dignidade, de noção de preservação.
Porque a maior parte dos casos de famílias com violência doméstica que nos passam pelas mãos, não vão a lado nenhum, por elas sofrem dessas faltas que acabei de referir e vivem iludidas com algo que ainda não descortinei e são as primeiras a encobrir e a negar tudo mesmo depois de já meio mundo ter movido mundos e fundos.
Senhores, invistam na formação das jovens, invistam em programas que tornem homens e mulheres cientes da necessidade de haver um limite de dignidade abaixo do qual não se pode descer.
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