Desonestidade intelectual...

30 de maio de 2018

Não vou exprimir aqui qualquer opinião sobre o tema "descriminalização da eutanásia". Já o fiz num outro post para concluir exactamente que não tenho opinião fundamentada e convicta.
Ontem, acompanhei com curiosidade a votação. Não fiquei surpreendida, como não ficaria se o resultado fosse a favor da despenalização.
O que me chocou profundamente foram os cartazes em manifestações junto do parlamento com dizeres absolutamente incríveis como "por favor não matem os velhinhos".
Mas, que tamanha desonestidade de quem organizou tais manifestações.
Não creio que haja alguém neste país, minimamente esclarecido que associe a despenalização da eutanásia ao assassínio de velhinhos. Tratava-se apenas e tão só do direito (legítimo ou não, consoante a opinião de cada um) de se poder escolher entre viver e morrer em situações extremas de saúde concedido  a cada pessoa.
A utilização de cartazes como estes ou o apregoar aos sete ventos que se pretende despenalizar a eutanásia para não se investir em cuidados paliativos é não só desonestidade intelectual, é demagogia num tema que deve ser discutido com seriedade e serenidade. Este tipo de posições fundamentalistas, arrepiam-me. Mais. Deixa-me possessa a utilização de crianças e pessoas mais velhas para veícular mensagens tão estapafúrdias.




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Cada vez mais convencida...

27 de maio de 2018

A minha Mestre de Reiki aconselha-me sempre a fazer "enraizamento" (O enraizamento é o que nos permite estar ligados à terra. É a forma que o nosso corpo energético tem para captar a energia que vem da Terra, cuja entrada é feita pelo chakra raiz.) pois que diz que eu sou muito espiritual e ando sempre a vaguear.
Já por várias vezes me disse que eu devia morar num local com terreno à volta e aconselha-me a andar descalça na relva. 
Nenhum destes conselhos me surpreende. É essencial para o meu equilíbrio este contacto com a terra. Sempre disse que sou e serei sempre uma rural. E cada vez estou mais convencida disso. 
Não foi preciso para me convencer o recente estudo feito por uma universidade norte americana, segundo o qual as pessoas que vivem nos meios rurais são mais felizes pois conseguem estabelecer mais vínculos afectivos, não obstante as suas casas sejam mais distantes que as das pessoas que vivem nos meios urbanos.
O meu sonho de consumo é uma moradia rural com muito terreno à volta para poder ter as minhas culturas e os meus bicharocos. E, em dias como hoje, tenho ganas de trocar este apartamento situado perto de tudo, por um pedaço de céu...

Do passeio de hoje:





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Não faço a mínima ideia...

24 de maio de 2018

Gosto de me informar e ler sobre muitos assuntos que estão na ordem do dia, para poder formar uma opinião. 
Tenho sido, ultimamente, bombardeada com informação sobre a eutanásia a qual tenho absorvido. Contudo, confesso que não consigo processar tanta informação ao ponto de ter uma opinião convicta.
Não é quanto à legalização, que essa penso que será o caminho, desde que seja assegurado que quem decide por termo à própria vida tenha o pleno uso das suas faculdades mentais, atestado por quem é especialista no assunto (o que, obviamente, excluí os menores e os de alguma forma incapacitados), bem como exista um motivo ponderoso e irreversível para a tomada dessa decisão. Na verdade, as pessoas têm diferentes ordens de valores e não faz sentido incriminar uma coisa que não é consensualmente má.
Não consigo é ter uma opinião sobre a eutanásia em si. Se, por um lado, a vida é o bem mais precioso e a morte é irreversível (o que me faz ser absolutamente contra a pena de morte), por outro lado, nem as minhas convicções religiosas me conseguem fazer rejeitar a ideia de que a cada um deve ser dada a liberdade de escolha em determinados casos e que Deus nãos criou para sofrermos.
Penso que é uma coisa muito íntima e difícil de julgar (daí não me chocar absolutamente nada a sua legalização relativamente a pessoas absolutamente conscientes e que vivam num grande sofrimento). 
Nenhum dos argumentos me convence na plenitude.



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Desafios...

Normalmente não entro neste tipo de desafios porque acho que ninguém os lê. Mas, desta vez achei interessante...
A querida Cat nomeou-me para este desafio de responder a onze perguntinhas .
Muito obrigada, por te teres lembrado desta Maria deste Mundo.


As regras são simples:

* Agradecer à blogger que te nomeou;
* Responder às 11 perguntas que te foram dadas;
* Nomear 11 bloggers e fazer-lhes 11 perguntas;
* Colocar as regras e incluir o logótipo do desafio no post.


Então aqui vão as perguntas que me calharam e as minhas respostas:


1. Cães ou gatos?
Se fosse há um ano, escolheria, sem dúvida gatos. Mas, depois de ter a Mel, confesso que estou dividida.

2. Ler um livro ou ver um filme?
Livros, livros e mais livros.


3. Doces ou salgados?
Salgados, sem dúvida.


4. Chocolate negro ou chocolate branco?
Odeio chocolate branco, pelo que penso que já está respondido.


5. Mais roupa com menos qualidade ou menos roupa com mais qualidade?
Desde que seja confortável, alguma.


6. Dia-a-dia com maquilhagem ou sem maquilhagem?
Sem.


7. Dramas ou comédias?
Comédias.


8. Praia, campo ou cidade?
Campo. Sou e serei sempre uma rural.


9. Frio ou calor?
Frio.


10. Seduzir ou ser seduzido?
Os dois em simultâneo.


11. Maior produtividade: manhã, tarde ou noite?

De manhã, desde os tempos da faculdade.


P.s. Pois não é só a Ellie que é uma cabeça de vento. Eu também me esqueci de uma coisa. De nomear as pessoas e fazer as 11 perguntas. As 11 perguntas são as seguintes:

1 . Sabrinas ou Louboutain?

2.  Mochila ou  Pochete? 

3. Sushi ou cozido à Portuguesa?

4. Algarve ou Gerês?

5. Vinho branco ou tinto?

6. Chá ou café?

7. Nascer do sol ou pôr do sol?

8. Facebook ou blogosfera?

9. La casa de papel ou a anatomia de Grey?

10. Comboio ou autocarro?

11. Morango ou ananás?


Nomeio para este desafio:

A Pimenta, do blog Pimenta na Língua;

A redonda, do blog Dona Redonda;

A Marta Carvalho, do blog A Marca da Marta.










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Coisas que me fazem comichão...

19 de maio de 2018

As minhas Minis são católicas. Por agora.
Baptizei-as quando ainda não tinham capacidade de discernimento porque a minha fé assim me aconselhou. Quiseram, de livre vontade, frequentar a catequese e é de livre vontade que fazem amanhã a primeira comunhão. Só foram para a catequese quando me pediram para ir.
Estarei preparada e aceitarei se decidirem abandonar a religião ou mudarem de crença.
Têm amigos de várias religiões e isso nunca foi motivo de preocupação para mim.
Para a festa de amanhã(que preferiram ter em vez da festa de aniversário, por entenderem que é um marco mesmo importante na sua vida)convidaram amigos ateus e de várias opções religiosas. No convite deixei claro que não precisavam de assistir à eucaristia e que os apanhava depois para o almoço. Uns vão à eucarístia mesmo sendo budistas. Outros não vão, mas vão confraternizar connosco. Curiosamente, a única menina que não vai nem ao almoço, assumidamente por questões religiosas é a única que é cristã, embora não católica, porque não pode confraternizar pela felicidade da amiga, por uma coisa que ela acha muito má. Confesso que estas coisas me fazem comichão nesta época de diversidade e em que se apela à tolerância. Nem budistas nem muçulmanos reagiram assim...


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Simples ou simplória?

14 de maio de 2018

Aproxima-se mais uma data importante na nossa vida religiosa. As Minis vão fazer a sua primeira comunhão. Sobretudo para a Mini mais nova é um marco importante. Ela tem uma fé que me comove. Não quis festa de aniversário, para poder tê-la no próximo Domingo, já que, na perspectiva dela, o aniversário é banal e a primeira comunhão uma data única.
Já tenho a roupita delas e não tem nada de especial. Uns vestidinhos de fustão cor de pérola, com uma flor bordada aqui e ali.
Vi-me grega para arranjar quem me fizesse o vestido para a mais velha, já que elas querem ir de igual e a mais velha está uma autêntica adolescente e não existia o tamanho dela. Quando comprei o da mais nova, na loja partiram do princípio que era para ela vestir depois da cerimónia, já que era demasiado simples para a igreja. Sempre que mostrava o vestido a alguém em busca de quem mo fizesse, a conversa era sempre igual" Tão simples???".
Bem, não me deixei impressionar e mantive aquele que todos cá por casa tínhamos escolhido como o ideal. Hoje, na loja onde comprei o da mais nova e que serviu de modelo para a outra, vi a dona entregar um vestido para o mesmo efeito e, percebi finalmente o porquê de tanta admiração.
Cada um veste-se como quer, mas penso que as coisas devem ter uma certa contenção.
Se o vestido que eu vi fosse em tamanho maior, qualquer noiva o poderia vestir... Curiosa, procurei pelo Google, vestidos de primeira comunhão... e já não sei se o vestido das minhas filhas é simples e e eu apenas uma simplória!!


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Nada me turba...



Alguém que foi muito importante na minha vida, num momento em que me sentia desesperada, num assomo de luz, pediu-me para ouvir e meditar nesta música, com letra de Santa Teresa de Ávila. Foi dos momentos mais memoráveis da minha vida, aquele em que a ouvi pela primeira vez. Mudou a minha forma de estar. É com este sentimento, de que se tenho Deus nada me falta, que caminho até Fátima de todas as vezes...
Percebo que seja difícil de entender. Para alguns, que me são bem próximos, é até uma espécie de devaneio ou loucura. 
Não os censuro, mas gostava que todos pudessem experimentar o sentimento de fraternidade, de comunhão com todos os seres, e, desta forma, com Deus, que consigo experimentar.
Não rezei nenhuma oração das que me ensinaram na catequese em todo o caminho. Mas todo o caminho foi toda uma oração. Aos que me acolhem e caminham ao meu lado, o meu mais profundo OBRIGADA, VOCÊS SABEM O QUÃO IMPORTANTES SÃO. Aos que caminharam no meu coração, não duvidem que vos entreguei à VIRGEM DE FÁTIMA! Aos que me deram força por mensagem ou de outra qualquer forma, a minha GRATIDÃO. Ao meu marido e às minhas filhas, agradeço o me terem tornado mais resiliente.
Nada te turbe,
Nada te espante,
Quem a Deus tem,
Nada lhe falta.
Nada te turbe, 
Nada te espante,
Só Deus, basta!


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Caminhando...

4 de maio de 2018

A minha irmã do coração,disse-me um dia que uma vez peregrino, para sempre peregrino.
E é verdade! Daqui por mais umas horas começo mais uma peregrinação, a caminho de Fátima. Um tempo de me encontrar, com Deus, comigo e com os outros (os que caminham ao meu lado na estrada e no coração). 
Quem vai uma vez a Fátima a pé, quer sempre voltar. 
Eu volto mais uma vez e voltarei enquanto houver estrada para andar.


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