Entendo, mas custa-me a aceitar...

2 de agosto de 2018

A igreja católica excluiu hoje das suas regras (do seu catecismo) a possibilidade de excluir uma vida humana em toda e qualquer circunstância. 
Com o fundamento de que toda a vida humana é inviolável e que Deus é o garante único dessa mesma vida, proíbe-se agora a possibilidade de recorrer ao homicídio em qualquer circunstância, ainda que seja para salvaguardar outras vidas. Até aqui vinha-se admitindo a possibilidade de matar alguém quando tal fosse a única forma de salvar muitas mais vidas colocadas em perigo por um agressor. Agora, nem isso.
Como jurista e como cidadã sou absolutamente contra a morte como pena. Ou seja, como castigo por um crime cometido. O mesmo não quer dizer que o seja como forma de evitar muito mais mortes. 
Na verdade, no primeiro caso (como pena) nenhuma vantagem (a não ser para os cofres do estado) em relação à pena de prisão. No segundo, teremos a vantagem de salvar seres inocentes das garras de um carrasco.
Sou católica. Tenho de pensar sobre o assunto. Mas, assim à partida, não me parece que tenha sido uma boa exclusão.

5 comentários

  1. É um assunto delicado, mas revejo-me na tua forma de ver a situação

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  2. Diz-me: em Portugal, as pessoas que tentam o suicido podem ser alvo de procedimento criminal?

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  3. "Como jurista e como cidadã sou absolutamente contra a morte como pena. Ou seja, como castigo por um crime cometido. O mesmo não quer dizer que o seja como forma de evitar muito mais mortes."
    Onde é que este jurista assina????
    Bfds

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  4. Ui isto aborda muitos tabus que infelizmente muita gente não tem coragem de abordar em Portugal.
    A meu ver, e claro um dia posso mudar de opinião, sou pelo bem maior.

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