Para bom entendedor...

28 de novembro de 2018

Uma das coisas que admiro nas pessoas é a capacidade de serem subtis quando as situações assim o exigem.
Por isso, parece-me muito bem que, relativamente à acesa discussão sobre a taxa de IVA nas touradas, querendo manter a sua isenção e deixando a quem compete votar a tomada de posição,  o Presidente da República tenha brindado os jornalistas com uma frase, quanto a mim muito inteligente, a saber "O Presidente da República não deve exprimir [uma opinião]. Deve deixar aos deputados o saberem ponderar, com raridade de meios, aquilo que é verdadeiramente importante e aquilo que não é tão importante."
Quem, como eu trabalha na área das crianças e se debate todos os dias com a falta de recursos humanos para trabalhar junto das famílias as suas competências, para quem, como eu se apercebe da imensa pobreza que existe por aí, estas palavras querem dizer muito. Ou estarei a ver mal ?

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Estas modas...

25 de novembro de 2018

E voltamos ao sarampo...Voltaram-se a registar imensos caso durante o mês que está quase a terminar.
Isto faz-me reflectir nesta coisa das modas de rejeitar a medicina convencional e de ver médicos e medicamentos como carrascos os primeiros e venenos os segundos, deitando anos de investigação por terra.
Sou suficientemente inteligente e informada para perceber um milhão de interesses económicos por detrás da indústria farmacêutica. Sou suficientemente curiosa para procurar formas não alternativas mas complementares e coadjuvantes da medicina tradicional.
Recorro imensas vezes aos pré e próbioticos, sou uma fã da aromaterapia e acredito nos poderes de uns e outros. Acredito de forma absoluta no poder da alimentação na prevenção de doenças.
No entanto, sou suficiente ponderada para perceber que a medicina convencional, as suas técnicas e medicamentos são essenciais e não me deixo impressionar por estudos (e há-os para todos os gostos), de validade cientifica mais ou menos duvidosa.
Se puder evitar tomar químicos evito. Mas não sou radical ao ponto de fazer um drama ou hesitar muito tempo.
Pelas redes sociais leio conselhos que às vezes me deixam os cabelos em pé.

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Nunca digas nunca...

Muito se escreveu,  muito se elogiou ou criticou a onda da black friday. Li mesmo, em algumas redes sociais, as pessoas ofenderem-se pelas posições que têm quanto ao aproveitamento de tais promoções. 
Posso dizer que até este fim de semana, nunca tinha feito qualquer tipo de compra aproveitando estas promoções e nem era minha intenção fazê-lo.
No entanto, nunca podemos dizer que nunca faremos alguma coisa.
A minha Mini mais velha tinha pedido de presente de Natal uns ténis da Adidas que não encontrei em nenhum lado. Mas, na quinta feira, prestes a mandar vir on line pela Amazon, descobri que existiam na Ericeira and Surf do Vasco da Gama. Liguei e pedi para guardarem.
Pediram-me que fosse logo na sexta de manhã, porque não podiam ficar com elas reservadas todo o dia. 
Assim fiz, e ainda não eram 10 horas e 5 minutos já lá estava a levantá-las. 
Vai daí, entrei na Women Secrets à procura de um pijama e, quando dei conta, tinha comprado presentes para duas ou três amigas.
Antes de vir embora entrei na Bertrand e comprei mais uns quantos presentes.
Só falta o meu pai e o meu marido.
Ah, e ainda no espírito, há pouco fui ao pão e aproveitei a entrar na Worten e compramos a placa de encastre do fogão que a nossa tem dez anos. Já a tinha escolhido há uns dias, hoje foi o dia porque estava pouca gente na loja. Poupei 60 euros.
Nas restantes compras não sei quanto poupei, mas uma coisa é certa: não andei aos encontrões nem estive em filas. Penso que o que ajudou mesmo foi a hora a que entrei no shopping na sexta feira.
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Olha que boa ideia! (Falo a sério)

23 de novembro de 2018

Sempre me fez confusão esta coisa de as pessoas fazerem os funerais e os corpos serem enterrados e ficarem a apodrecer no cemitério. Desde que me lembro de ter consciência de algumas coisas que digo que quero ser cremada e as minhas cinzas espalhadas pelo mar (mas ao que parece é proibido atirar as cinzar ao mar, sendo necessária uma autorização especial).
Mas hoje li uma notícia que me fez pensar. Li algures que a doação de corpos para a ciência (para estudo nas faculdades de medicina) aumentou em mais de 200% em dois anos. E, vai daí, pensei que, para além de ser dadora de órgãos, posso perfeitamente ser útil, mesmo depois de morta. Não me faz absolutamente impressão nenhuma a ideia de o meu corpo servir para estudo. Vou pensar no assunto.
Bem sei que haverá alguém por aí a franzir o sobrolho e a pensar "Que tontice, que horror!" Pois eu até acho uma boa ideia.


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Para quê tanta polémica???

22 de novembro de 2018

Durante esta semana, pelo menos por duas vezes, ouvi programas de rádio, ou rubricas deles, em que psiquiatras ou psicólogos se pronunciavam sobre o programa da SIC dos casamentos à primeira vista.
Porque ouvi colegas e amigos falarem sobre o programa e porque a blogger mais famosa da blogosfera escreveu sobre esse programa e o post foi partilhado no facebook (e eu tive curiosidade em ler), um serão destes, sentei-me a ver um episódio.
Pensei: mais do mesmo. Mais do mesmo tipo Big Brother, tipo Casa dos Segredos e afins. Não entendo, portanto, o porquê de tanta polémica sobre o assunto. Há já muitos anos que o Big Brother foi transmitido pela primeira vez, e o formato, quanto a mim, não varia muito.
Contrariamente ao que aconteceu com os dois primeiros BB (que segui fervorosamente e que me interessaram), não tive qualquer interesse em seguir o programa. Não por achar isto ou aquilo do conteúdo ou por achar que não tem conteúdo. 
Penso que o motivo do meu desinteresse está relacionado com a minha área da intervenção profissional. Todos os dias lido com dramas conjugais, todos os dias lido com dramas familiares. Esses bastam-me e para me distrair preciso de coisas diferentes. Mais depressa vejo uma série de época ou um concurso como o Masterchef Austrália.
Na minha opinião, neste país criam-se polémicas por dá cá aquela palha. Quanto aos programas televisivos, excepto aqueles que incitem ao ódio, ao racismo, a preconceitos e que ponham em causa a dignidade de todo qualquer ser humano, a questão é fácil de resolver: quem não quer não vê.
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Tenham juízo!

19 de novembro de 2018

Consigno já aqui que sou absolutamente contra touradas e ficava muito satisfeita se acabassem. Não entro, contudo, em discussões sobre o tema porque não costumo ter discussões sobre temas que levantam sentimentos absolutamente irracionais (pelo menos essa é a minha experiência).
Sendo contra as touradas estou em crer que é um caminho que o país vai fazer, lentamente, até à sua abolição.
Mas, adiante.
O que me parece absolutamente estapafúrdio é que se andem a reunir assinaturas para que se faça um referendo sobre o tema. 
Num país onde nenhum dos referendos realizados foi vinculativo, não obstante dizerem respeito a assuntos importantes na vida das pessoas, como foi o caso da despenalização da interrupção voluntária da gravidez, num país onde nem os partidos políticos (com excepção dos partidos ligados à defesa dos animais) se entendem sobre o tema, não me parece que sujeitar a abolição das touradas a plebiscito seja solução. 
Se em três referendos realizados no Portugal democrático, sobre temas que efectivamente tinham implicações sérias nas vidas das pessoas, mais de metade da população não votou sequer, será que vale a pena gastar tempo, dinheiro e energia? Tenham juízo.
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Da capacidade de adaptação...

17 de novembro de 2018

Uma das coisas que admiro nas pessoas que, efectivamente, têm uma elegância e classe inatas é a sua capacidade de adaptação ao local onde se encontram. A maleabilidade de, sem perder a compostura, se integrarem nos mais variados ambientes.
Lembro-me de ser pequena e de me fazer uma certa confusão quando no campismo uma familiar minha sacava dos pratos do serviço Vista Alegre (e não, não era daqueles mais básicos) e das flutes de champanhe para celebrar o aniversário da sua filhota. Era absolutamente ridículo. Notava-se ali uma certa superficialidade escondida.
É como estarmos num encontro de amigos a beber umas cervejas e comer uns camarões, absolutamente informal,  e alguém fazer questão de comer o marisco com faca e garfo. Não faz sentido.
Não é que tenhamos de ser grunhos, mas temos de nos adaptar ao ambiente que nos rodeia.
Todas estas coisas me vieram à cabeça depois de ler que houve uma onde de críticas por a namorada/companheira/esposa/amiga do Cristiano Ronaldo estar a beber cerveja numa chouperia pela garrafa. Não que eu tenha a moça na conta de uma pessoa particularmente distinta. Mas para mim, pirosice mesmo é as pessoas se indignarem por causa disso.



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Vícios...

15 de novembro de 2018

Durante alguns anos da minha vida fumei... fumei imenso! Pelo menos dois maços de cigarros por dia. Deixei de fumar no dia em que soube que estava pela primeira vez grávida. Nunca mais.
Ás vezes ponho-me a pensar que, se ainda fumasse, a minha carteira se ressentiria imenso!
Mas depois lembro-me que tenho outro vício. Como sou há anos completamente viciada em crochet,  (não aquele dos naperons ou das pegas de cozinha, mas sobretudo tunisiano e em lã) e há coisa de um mês em trictot (sim, perdi o medo ao tricot graças a esta senhora que descobri por acaso), sou viciada em fios. Acho que nuca tenho suficientes e sempre que vejo algum giro, imagino uma peça para fazer.
Claro está que já sei que tendo como ganha pão outra profissão, o crochet e o tricot e, consequentemente os fios, são apenas um vício, uma perdição, porque tenho sempre muitos mais que aquilo que preciso, e não tenho tempo para todos os projectos que imagino.
Seja como for, sempre é um vício que, apesar de igualmente caro, é bem mais saudável que um maço de tabaco.
Para mim, melhor que receber uma caixa de bombons (não sou nada fã de chocolate doce, só de cacau), é receber uma caixinha destas, como a que recebi hoje para fazer umas golinhas de presente de Natal, como estas que fiz no fim de semana.







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Quem vê caras...

12 de novembro de 2018

Um provérbio muito antigo que todos, certamente, conhecem diz que "quem vê caras, não vê corações".
A blogosfera é muito engraçada nesse aspecto. Porque quase que me apetece dizer "Quem lê posts não vê quem os escreve.". Na verdade, salvo raríssimas excepções, os blogs que eu sigo ou segui pouco me revelam acerca do rosto e do corpo que envolve a alma de quem os escreve.
Eu mesma me dou muito pouco a conhecer. Não por vergonha, mas porque prefiro manter algumas coisas só minhas e de quem faz, fisicamente, parte dos meus dias. Tempos houve em que não o fazia por motivos profissionais. Neste momento, é mesmo por uma questão de reserva. Aconteceu o mesmo com o facebook.
No entanto, quase sete anos volvidos sobre a minha presença na blogosfera como participante e muitos mais como leitora, confesso que tenho cada vez mais necessidade de me aproximar de algumas pessoas que tenho em grande conta e que acredito que sejam realmente autênticas naquilo que escrevem, na forma como opinam. Tenho necessidade de tirar teimas. Tenho necessidade de confrontar a imagem mental que criei da pessoa em função daquilo que escreveu e a verdadeira imagem.
Não sei se vos aconteceu, mas, ao longo destes anos, acabei por ter um certo respeito e carinho por alguns bloggers.
Serei caso único? Serei uma voyeur?




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presunção e água benta...

11 de novembro de 2018

Cada um toma a que entender.
Reconheço que a fadista Mariza tem uma boa voz e canta muitíssimo bem.
Gosto de algumas das suas canções e vou trauteando por aí.
No entanto, nunca gostei da sua postura. Embirração, talvez. Sempre a achei arrogante e com um ego do tamanho do mundo. Mas isto sou eu. Há quem a ache fabulosa.
No entanto, o facto de ela dizer que veio ocupar o espaço deixado vago pela morte de Amália, quer-me parecer que ainda não sabe bem o seu lugar. 
A Amália foi e será a Amália.  A Mariza é a Mariza e será a Mariza. Ponto. Duas coisas bem diferentes.



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Gosto de todas as épocas...

Acho que com a idade aprendi a desfrutar todas as épocas do ano.
Aborrece-me de morte andar na chuva, embora goste imenso do frio. No entanto, em dias como hoje, sinto-me feliz e muito grata por poder passar uma tarde no quentinho a fazer o meu tricot (sim resolvi aventurar-me no tricot depois de anos no crochet), a beber uns chazinhos (sim bebo uns três ou quatro) com as bichanas deitadas aos meus pés. As Minis têm que estudar.
Gosto muito de passear em dias frios e de sol (mais mesmo que nos dias de sol do Verão), mas sou muito dada a estas tardes de Inverno, chuvosas.
Não consigo é estar de pijama. Abomino dias de pijama. Tenho roupa confortável para estar em casa, mas pijama é para dormir.
No fundo, todas as épocas têm o seu encanto.
Gosto muito dos dias grandes mas com temperaturas amenas. Mas já que os dias estão pequenos e está frio, sinto-me grata por poder uma tardezinha assim. Todos em casa e sossegados.

Um bom Domingo para todos vós!



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O título e o conteúdo...

9 de novembro de 2018

Há muito tempo que, quando fazia um "zapping" pelas séries disponíveis na Netflix me aparecia o "Chamem a Parteira".
Nunca tendo ouvido falar na série (apesar de já ter passado no AXN) e com este título, nunca tive curiosidade.
Faz hoje uma semana, detive-me a ler aquele pequeno texto que aparece com a primeira imagem da série. Percebi que se passava em Londres nos anos 50.  As Minis reclamaram, mas eu decidi ver. Quando o pai cá de casa chegou, com ar de desdém e suspiro, sentou-se a ver.
E, dai até ficarmos viciados foi um pulinho. Já estamos a meio da segunda temporada.
Muito mais que uma série sobre partos, é uma série sobre amor, sobre afectos, sobre companheirismo...sobre a amizade e aceitação. Muitas crianças nascem em cada episódio, mas o nascimento é,, no meio de tanta pobreza e alguma tragédia, sempre um momento mágico.
Além disto tudo tem um guarda roupa e caracterização excelentes. Alegra a vista, mas, acima de tudo alegra a alma e aquece o coração.
Recomendo vivamente.
Nunca se deixem impressionar pelo título.


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Dúvidas...

2 de novembro de 2018

As minhas Minis têm 12 anos e 6 meses e 10 anos, quase 11.
A mais nova é um bocado desligada dessas coisas, embora, por vezes, se lembre que quer pintar as unhas...claro está que não deixo...
Não deixo a mais nova e  também não deixo a mais velha pintar. Acho que tem muito tempo para isso. Não permito que pintem as unhas (excepto se for transparente) e não permito que usem qualquer tipo de maquilhagem.
Para mim não faz qualquer sentido. Mas, depois pergunto-me se não serei uma mãe old fashioned...é que vejo as colegas e os instagrams das amigas e não sei que é algum photoshop ou se na realidade andam assim maquilhadas e de unhas compridas arranjadas no dia a dia.



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Não há nada como experimentar...

1 de novembro de 2018

A nossa Mel (cadela) tem andado muito doente. Já foi à veterinária várias vezes.
Como queríamos que ela tivesse uma ninhada (uma única), decidimos não esteriliza-la e esperar pelo terceiro cio, que é o mais indicado para cruzar.
No entanto, na cabecinha dela, ela ficou prenha no segundo cio e, desta forma, chegada a hora em que estaria para ter filhotes, começou a ficar pronta para amamentar. Sem bebés, ficou com uma mastite, que de inflamação passou a infecção.
Medicamentos daqui, antibióticos dali e melhoras nada. As mamocas cada vez mais duras e cheias.
Uma filha de uma colega minha tem a filha veterinária em Angola e no meio de uma vídeo-chamada entre elas, em desespero, perguntei à filhota o que aconselhava para a situação da Mel.
Como em Luanda não há a abundância de medicamentos que por aqui há, aconselhou-me a dar-lhe ovos mexidos com salsa como refeição (porque inibe a produção de leite) e a fazer-lhe massagens com compressas mornas.
Pois, em pouco mais de 24 horas, as melhoras são visíveis.
Eu sou muito dada ao recurso a substâncias naturais. Acredito imenso que a alimentação que fazemos é muito, muito importante na cura dos males que padecemos.
Dar ovos mexidos com salsa a uma cadela pareceu-me estranho...mas não hesitei. Et, voilá!

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