Faz hoje exactamente um mês que deixei, num cemitério húmido e gelado, debaixo da terra, um dos melhores seres humanos que conheci.
Ainda não me recompus da sua morte e penso que nunca me recomporei verdadeiramente. Na verdade, foi e é a primeira grande perda definitiva que enfrento de alguém que amei e amo profundamente em vida adulta.
O ano de 2019 aproxima-se do fim e, eu que sou uma pessoa que sou por natureza feliz, não posso dizer que tenha sido um ano fácil.
Foi um ano em que enfrentei o bullying, não comigo, mas com uma das minhas filhas, o que tornou o processo mais doloroso. Descobrir que um filho se anda a auto mutilar é horrível.
Foi um ano em que me desdobrei em apagar fogos pois parece que as estruturas familiares de alguns amigos próximos começaram a ruir.
Foi um ano em que fiz três cirurgias, sendo que, apenas uma delas foi verdadeiramente com algum risco, embora tenham todas trazido dores físicas.
Não me lamento do ano. Saio dele muito mais rica em termos de experiência, com uma perspectiva diferente acerca daquilo que me é exigido em termos profissionais e daquilo que quero fazer...cada vez mais tenho noção do quanto adoro o que faço e os tempos de atestado médico por doença foram terríveis para mim.
Mas se não me lamento do ano, também não posso dizer que foi o melhor ano da minha vida. Sinto que se fecha um ciclo!
De 2020 apenas desejo que não seja pior. E que me não leve para longe (seja pela morte, seja por qualquer imbróglio da vida) aqueles que verdadeiramente amo. E que me deixe cumprir a minha missão junto das crianças e famílias com que trabalho.
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Ainda não me recompus da sua morte e penso que nunca me recomporei verdadeiramente. Na verdade, foi e é a primeira grande perda definitiva que enfrento de alguém que amei e amo profundamente em vida adulta.
O ano de 2019 aproxima-se do fim e, eu que sou uma pessoa que sou por natureza feliz, não posso dizer que tenha sido um ano fácil.
Foi um ano em que enfrentei o bullying, não comigo, mas com uma das minhas filhas, o que tornou o processo mais doloroso. Descobrir que um filho se anda a auto mutilar é horrível.
Foi um ano em que me desdobrei em apagar fogos pois parece que as estruturas familiares de alguns amigos próximos começaram a ruir.
Foi um ano em que fiz três cirurgias, sendo que, apenas uma delas foi verdadeiramente com algum risco, embora tenham todas trazido dores físicas.
Não me lamento do ano. Saio dele muito mais rica em termos de experiência, com uma perspectiva diferente acerca daquilo que me é exigido em termos profissionais e daquilo que quero fazer...cada vez mais tenho noção do quanto adoro o que faço e os tempos de atestado médico por doença foram terríveis para mim.
Mas se não me lamento do ano, também não posso dizer que foi o melhor ano da minha vida. Sinto que se fecha um ciclo!
De 2020 apenas desejo que não seja pior. E que me não leve para longe (seja pela morte, seja por qualquer imbróglio da vida) aqueles que verdadeiramente amo. E que me deixe cumprir a minha missão junto das crianças e famílias com que trabalho.