Há muito atingi o meu limite!

24 de julho de 2020

A 11 de Março acabaram para nós os convívios em grandes ou médios ajuntamentos. Os meus pais, que estavam cá connosco, foram embora, já que, apesar de eu estar em teletrabalho (o que aconteceu até ao dia 30 de Abril), o meu marido continuava a trabalhar em Lisboa, se bem que tivesse deixado de andar de transportes (felizmente podemos fazer essa opção).
As minhas filhas estiveram, literalmente, dois meses sem sair de casa.
Ao fim de um mês em casa, em conversa com uma prima médica, a mesma alertou-me que não podia entrar em histerias e que o mundo não podia ficar suspenso até à descoberta da vacina. Tínhamos de aprender a viver com o corona virus.
Desde que voltei a trabalhar com o público, sempre cumprindo as normas de distanciamento, usando máscara e lavando as mãos, que decidi  que com os devidos cuidados, evitando ajuntamentos, teria que voltar a estar com os que me eram mais próximos, com aqueles de quem verdadeiramente são feitos os meus dias.
As minhas Minis voltaram a receber os amigos ou a frequentar a casa deles.
Interiorizamos as regras e passamos a agir com normalidade, como se sempre tivéssemos vivido assim.
Respeito os meus amigos que continuam a não aceitar qualquer tipo de proximidade física. Eu, contudo, há já muito atingi o meu limite. Nada substitui cruzar o olhar, olhar nos olhos, mesmo que se apenas se imagine o sorriso coberto pela máscara.
O virus do medo que nos paralisa é o pior de todos. Não descuro os cuidados, mas já há muito atingi o meu limite de vida dentro de uma bolha.

4 comentários

  1. Nós temos muito cuidado, mas os outros poderão negligenciar esses mesmos cuidados que poderão ter um impacto negativo em nós.
    Eu continuo na mesma bolha. Hoje vou a casa de uma amiga que tem um grande terraço e onde poderemos manter a distância.
    Continuamos na fase 2 em Toronto. Dez é o número máximo de pessoas que se podem reunir. Há muitas zonas da província que já estão na fase 3 assim como regiões de outras províncias. Toronto foi a área mais afetada. Teremos que esperar mais uns dias ou semanas.
    Vou ao parque para aliviar a sensação de confinamento. Tenho um quintal/jardim onde posso passar algum tempo. Mas está a chegar a altura que tudo isto não vai ser suficiente. Talvez esteja a chegar ao meu limite. : )

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  2. Evito sair sem que seja necessário, mas nunca deixei de conviver com a família mais próxima, uma vez que filho e nora, sempre trabalharam e eu que cuidava desde Janeiro da neta mais nova que nasceu em Agosto passado, passei a cuidar também da mais velha quando as escolas fechavam.
    Abraço, saúde e bom fim de semana

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  3. Realmente as pessoas estão vivendo debaixo do medo. Ouvi certa vez que após essa pandemia teremos uma pandemia de doenças psíquicas e acredito nisso.

    Gostei do blog e estarei comentando a partir de hoje. Fique à vontade pra visitar o meu.

    Bom fim de semana!

    OBS.: O JOVEM JORNALISTA está em quarentena de 22 de julho à 31de agosto, mas comentarei nos blogs amigos nesse período.

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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  4. Concordo totalmente contigo eu, pelo menos, com a família convivo. Claro que não ando aos beijinhos, mas dou o abraço a quem tenho que dar (manas) . Temos que aprender a viver com o covid. Todos vamos passar por ele! Há-de ser o que Deus quiser! Força
    🍀🍀
    **
    Beijos. Bom fim de semana!

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