No dia em que a mesma ficou disponível na Netflix, deparei-me com a publicidade à série do momento: Adolescência.
Na ausência de outros títulos e sinopses que me chamassem à atenção, resolvi começar a ver. E não vi tudo de uma vez, porque aquela série tem de ser digerida... daí que a tenha revisto uns dias depois.
Como mãe de adolescentes a entrar na fase adulta e como profissional da área da família e dos menores em risco (seja por comportamentos alheios, seja pelas suas próprias atitudes), já lidei com inúmeras situações parecidas e, em muitas delas, tenho de me lembrar que ali estou na qualidade de profissional e não de família.
No entanto, enquadro-me nas pessoas que, das 25 milhões que já viram a série, sentiram um absoluto murro no estômago, um abalo emocional e ficaram constantemente a pensar em cada uma das figuras da série. Soberbamente interpretadas pelos actores escolhidos, cada uma das figuras (adolescente, pai, mãe, irmã, colegas de escola, polícias e psicóloga), consegue dar-nos uma perspectiva do quão difícil é a adolescência, ser pai ou mãe de filhos na adolescência, professor e autoridade que trabalha na área.
Mostra-nos que podemos todos estar a dar o nosso melhor e, ainda assim, pode haver algo que nos escapa.
Gostava que esta série estivesse acessível a todos. Quase que me atrevo a dizer que é de visualização aconselhável a pais, avós, professores, psicólogos e todos os que interagem com adolescentes.
A entrada na adolescência foi, talvez a fase da vida das minhas filhas que mais me custou, pelo receio de não estar à altura de me aperceber os seus dramas interiores, ainda que desse o meu melhor, como o fazem muitos pais e professores.
Cada vez é mais complicado lidar com a adolescência. Aliás, da pré adolescência também. Cada vez mais parece que não conseguimos estar à altura.
ResponderEliminarPorém, sou uma "Mãe" à moda antiga. Um pouco (bastante) rígida. Por vezes sei que não será a melhor solução, mas, para aquilo que vejo por aí, até estou a fazer um bom trabalho.
Preocupam-me os meus netos/as. Preocupa-me a saúde mental dos meus filhos/nora. É muito difícil!
.
Que não se conteste...
Beijos e um excelente fim de semana.