Coisas que impressionam!

22 de março de 2025

 No dia em que a mesma ficou disponível na Netflix, deparei-me com a publicidade à série do momento: Adolescência. 

Na ausência de outros títulos e sinopses que me chamassem à atenção, resolvi começar a ver. E não vi tudo de uma vez, porque aquela série tem de ser digerida... daí que a tenha revisto uns dias depois.

Como mãe de adolescentes a entrar na fase adulta e como profissional da área da família e dos menores em risco (seja por comportamentos alheios, seja pelas suas próprias atitudes), já lidei com inúmeras situações  parecidas e, em muitas delas, tenho de me lembrar que ali estou na qualidade de profissional e não de família.

No entanto, enquadro-me  nas pessoas que, das 25 milhões que já viram a série, sentiram um absoluto murro no estômago, um abalo emocional e ficaram constantemente a pensar em cada uma das figuras da série. Soberbamente interpretadas pelos actores escolhidos, cada uma das figuras (adolescente, pai, mãe, irmã, colegas de escola, polícias e psicóloga), consegue dar-nos uma perspectiva do quão difícil é a adolescência, ser pai ou mãe de filhos na adolescência, professor e autoridade que trabalha na área.

Mostra-nos que podemos todos estar a dar o nosso melhor e, ainda assim, pode haver algo que nos escapa. 

Gostava que esta série estivesse acessível a todos. Quase que me atrevo a dizer que é de visualização aconselhável a pais, avós, professores, psicólogos e todos os que interagem com adolescentes.

A entrada na adolescência foi, talvez a fase da vida das minhas filhas que mais me custou, pelo receio de não estar à altura de me aperceber os seus dramas interiores, ainda que desse o meu melhor, como o fazem muitos pais e professores.


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É urgente...

8 de março de 2025

Dia 8 de Março de 2025.

Mais um dia da mulher.

Mais do que flores enfiadas nas nossas mãos enquanto passamos pela rua, precisamos que nos respeitem naquilo que somos.

Precisamos que tenham noção do quão importante é o nosso papel no evoluir do mundo.

É urgente que mulheres, como as da minha geração, soltem as amarras da cultura de machismo e submissão em que foram educadas e que, instintivamente, tendemos a reproduzir em pequenos gestos.

É urgente que as mamãs de pequenos rapazes os ensinem numa cultura de igualdade, de reciprocidade...E que as mamãs de pequenas raparigas as ensinem a exigir respeito, a sentirem o seu valor enquanto tal. 

Sermos respeitadas não passa por nos tornarmos masculinas (se efectivamente nos sentirmos femininas) ou imitar o comportamento masculino. 

Passa por defender a aceitação das nossas diferenças na forma de estar e sentir. Passa por defender o direito a sermos quem somos , passa por sermos fieis à pessoa que somos.

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E, de repente, bateu uma saudade!

13 de fevereiro de 2025

 Há muito tempo que não escrevo por aqui.

 Com o passar do tempo virei-me mais para dentro e sinto cada vez menos necessidade de opinar sobre isto ou sobre aquilo e este blog era o meu local de eleição para deixar o meu ponto de vista sobre coisas sem pés nem cabeça.

Não que o mundo tivesse deixado de me interessar, mas sinto que, volvidos 13 anos de blogosfera, as coisas do mundo que realmente me suscitam uma vontade de opinar, são cada vez menos.

No entanto, hoje, ao ler um blog, senti necessidade de vir aqui desabafar.

Vivo  apreensiva com o renascimento do fascismo (só de escrever a palavra me arrepio), particularmente entre os mais jovens, com aquilo que a eleição de Donald Trump vai provocar no mundo (e não se me afigura que seja nada de bom), com a forma como as massas se deixam levar sem pensar e com a falta de apoios em saúde mental que existe (isto talvez porque trabalho com crianças e jovens com problemas).

Estas são, de facto, as coisas que, não dizendo respeito ao meu núcleo mais íntimo, mas afectando o mesmo de uma forma ou de outra, me levam a expressar-me e a ser uma voz de alerta e a estar alerta.

E por isso hoje, vim aqui matar saudades, dando conta do que me aflige!!!

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De como a vida corre...

6 de setembro de 2024

 E zás! Sem que me desse conta de o tempo passar, estou a ajudar a minha Mini mais velha a arrumar as coisas para rumar a Coimbra. 

Um orgulho imenso por ela ter conseguido, apesar de todos os contratempos que teve no ano transacto, entrar na sua primeira opção. 

Alguma vaidade por ela ter escolhido estudar na mesma cidade e faculdade onde eu estudei. Poderia ter-se ficado por Lisboa e ficava em casa. Era mais cómodo para nós em todos os aspectos. Mas, confesso que muito a entusiasmei para por Coimbra em primeiro lugar, porque acho que é uma experiência única.

Espero que ali seja tão ou mais feliz que eu fui e que daqui a 33 anos, olhe para trás, e sinta, como eu sinto, que foi uma honra e uma dádiva ter podido viver a vida que ali vivi, e guardar memórias maravilhosas.


Eu e o pai estaremos sempre atentos e cheios de saudades, mas conscientes que é hora de levantar voo.



 


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