Ontem, numa conversa de café na mesa ao lado, ouvi um jovem dizer a uma senhora para sair de uma determinada relação (penso que amorosa). Que aquela relação não a fazia feliz.. Que eram pessoas muito diferentes.
Para mim, num dia, a felicidade é poder sentar-me numa esplanada a conversar com uma pessoa nem que seja a dizer disparates. Noutro dia pode ser a queijada de Sintra que o meu marido me trouxe e, em outro ainda, olhar o pássaro que pousa no beiral da janela e me distrai do monitor. Pode ser o pedido de desculpas que consigo verbalizar depois de inadvertidamente, ou não, ter magoado outra pessoa, ou ouvir esse mesmo pedido de desculpas se a pessoa magoada fui eu.
Creio que sabemos muito pouco daquilo que é a tão falada felicidade. Muito pouco do que é a nossa. Muito menos ou quase nada do que é a felicidade alheia.
Para mim, a felicidade está na ternura de coisa infímas...invisíveis para muitos e, às vezes, até para mim.
Como disse o Sigmund Freud, a felicidade é um problema individual. Cada um deve procurar a felicidade por si em cada momento. Em matéria de felicidade, nenhum conselho é valido.
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