É em casa, senhores!

27 de maio de 2021

Ontem e hoje, neste país de sol e mar, voltou a falar-se nas redes, nos meios de comunicação social e nas conversas de café de bullying.

Aqui e ali comentou-se o vídeo do miudo que, alvo de chacota por parte de colegas, e após alguns minutos de pura perseguição cruel a tentar fugir, foi atropelado.

Lá vieram os agentes da PSP referir que em 2020 fizeram mais de 500 acções de sensibilização para o problema em contexto escolar.

Compreendo bem que as condutas em questão têm como meio favorável ao seu desenvolvimento o recinto escolar. Daí tais acções serem muitíssimo importantes, importando sensibilizar não apenas os alunos. Em contexto escolar, importa também sensibilizar os professores e os demais adultos que ali trabalham, para que deixem de ver autênticas crueldades como "coisas de miúdos".

No entanto, este é um problema que, na minha perspectiva tem origem em casa, na forma como educamos os nossos filhos quer para a forma como tratam os outros quer para a forma como toleram ser tratados; na forma como ensinamos os nossos filhos a lidar com as suas próprias emoções.

Casa de pais, escola de filhos.

Enquanto os adultos não se respeitarem à frente dos miudos, enquanto à frente deles permitirmos o gozo do conhecido que é mais gordinho ou mais frágil, enquanto não lhes proporcionarmos limites...vão continuar a sofrer miudos e adultos atítude de agressão e, muitas vezes em sofrimento,  os miudos que agridem os outros vão continuar a crescer e a tornar-se adultos tóxicos.


P.S. Esta é a minha perspectiva de mãe que teve de mudar a sua filha (vítima) de escola a meio do ano por ninguém ter achado que havia um problema a resolver... depois dela sairam mais dois miudos da mesma escola, vítimas do mesmo grupo.




1 comentário

  1. Vi o teu P.S e eu também tive que mudar um filho de escola, no 1º ano, aos 7 anos, porque ninguém conseguiu ou quis resolver o problema, que eu sei pela professora que continua... partilhei a nossa história no meu blogue http://vidasdanossavida.blogspot.com/2021/05/fiquei-com-um-no-na-garganta-e-um.html

    ResponderEliminar