Ontem a esta hora, altura em que Portugal Continental inteiro (e muitas zonas de países europeus) estava privado de luz eléctrica, não imaginava que teria um dos fins de tarde e serões mais divertidos dos últimos tempos.
A apreensão deu, ao fim do dia, e perante uma certa resignação, lugar a diversão. Entardecia e, enquanto os carros eléctricos iam ficando parados nos estacionamentos e nas bermas da estrada, no parque perto da zona onde moro, imensas crianças brincava, corriam e riam. Os vizinhos sentavam-se a conversar e a dar palpites sobre a possível causa (que ainda não descortinei) e sobre o momento em que tudo seria reposto.
Já depois do jantar, que cozinhei á luz das velas e sentindo-me grata por ter um fogão com bicos de gás, a minha adolescente de 17 anos, que canta lindamente mas que tem vergonha de o fazer na ribalta, sugeriu que fizessemos uma espécie de discos pedidos. Nós pedíamos e ela cantava. E assim foi até que a voz lhe começou a doer e o sono a apertar.
Muito melhor que estar a ver TV ou pegados aos computadores.
Em tudo, há sempre um lado luminoso. Mesmo quando falta a luz.
Há vida para além da Net.
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