Merecia um murro na mesa!

17 de novembro de 2025

 Se é verdade que a idade me tornou mais paciente e menos dada a emoções fortes, não menos verdade é que me tornou muito intolerante a certos tipos de comportamento.

Vi, há pouco, um debate entre dois candidatos à Presidência da República e acabei numa pilha de nervos. 

Um dos candidatos só grita, só fala alto, interrompe e destila agressividade e ódio por todo os lados.

Se tivesse sido eu a moderar o debate tinha dado um murro na mesa capaz de o fazer assustar.

Uma coisa é ser aguerrido, outra coisa é ser mal educado e tóxico!

Boa noite.

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Não foi falta de tempo...

12 de novembro de 2025

Sempre adorei escrever. 
Os momentos de escrita tiveram sempre algo de libertador e pacificador. 
Pergunto-me, contudo, o porquê de ter deixado de o fazer.
Primeiro deixei de escrever e depois reduzi o tempo passado a ler.
Olhando para trás, pergunto-me: como, com duas filhas pequenas, uma profissão desgastante e ainda as coisas de casa, tinha eu  tempo para vir aqui contar peripécias e opinar sobre tudo e sobre coisa nenhuma?
Não foi por falta de tempo que reduzi a "verborreia", pois, com alguma pena minha, mas sobretudo orgulho de quem gosta da sua obra, as Minis tornaram-se umas crescidas, muito autónomas em termos da sua vida quotidiana e escolar, inclusive.
Penso que delonga entre os meus posts se ficou a dever a dois factores primordiais: preguiça e ausência da premência em ter uma visão (opinião) sobre o que quer que seja.
A preguiça é um pecado mortal, eu sei...mas já estou nos 50... Já me permito viver mais devagar...
Continuo a gostar de ler, mas, às vezes, venho do trabalho com tantas histórias de vida na cabeça (algumas macabras e outras mais felizes), que não tenho paciência para me envolver em mais enredos e problemas existenciais. Assim, deixo-me ficar a meditar sem pensar em nada.
Pouco a pouco vencerei a inércia.
Boa noite e boa quinta feira.




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Quero voltar...Tenho de voltar.

9 de novembro de 2025

 Estou na blogosfera desde que as minhas Minis (agora Bigs) tinham 2 e 4 anos, respectivamente. Com um blog a sério, 2 anos mais tarde.

Na blogosfera partilhei muitos momentos hilariantes que, com elas e com o pai. M., vivemos. 

E opinei, opinei muito sobre isto e sobre aquilo.

Agora, com 50 anos, pergunto-me, como podia eu ter opinião sobre as mais pequenas coisas? 

E que diferente eu sou daquela que julgava isto e aquilo...

Bem, mas devo-vos dizer que não, não fui reler os meus posts de há mais de uma década. 

Quem me trouxe tudo isso, foram as minhas agora Bigs, com quase 18 e 20 anos. 

E volta e meia começaram a falar me de cenas da sua infância de que me lembro vagamente e que me parecia de todo inverosímil que elas se lembrassem, de tão pequenas que eram.

Et, voilá, descobri que, conseguiram (confesso que não sei como) descobrir o meu primeiro blog (que eu julgava ter apagado e guardado algures os posts), e directamente na web ler os meus devaneios.

Pediram-me que continuasse a escrever, porque acharam o que encontraram delicioso... e dizem que não me reconhecem nos meus posts de opinião... dizem que pareço sempre zangada e que não gosto de nada...

Acredito que eu assim fosse. Muito mais amarga. A idade trouxe-me tolerância e a certeza de que não gasto tempo a pensar naquilo que não me acrescenta.

Vou fazer o esforço de continuar aqui a escrever, nem que seja apenas para memória futura, e, para um dia, elas perceberem que me tornei, com a idade, mais doce e tranquila.

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De olhos postos na TV.

7 de maio de 2025

 Por muito que estivesse plenamente consciente de que as hipóteses de escolha de um novo Papa, no dia de hoje, eram quase nulas, não consegui deixar de estar colada à TV desde as 18 horas. Estive colada e quase zangada com a minha cadela que teimava em ladrar (como se tivesse uma opinião sobre o assunto) ou com quem se lembrou de telefonar a perguntar se eu queria subscrever uma revista qualquer.

    Penso que, sendo católicos ou não, todos temos consciência da importância do Papa que se seguirá ao "rebelde" Francisco. 

    Para mim, e sendo, como todos os que me seguem sabem à saciedade, católica absolutamente "fã" da linha de simplicidade, humildade, inclusão e bem humorada do Homem iluminado que nos deixou há menos de um mês, o caminho é em frente. Em frente! De abertura e de aceitação de Todos!

    O legado é para ser honrado e só será honrado se os clérigos se deixarem de posições bafientas, reaccionárias e que só levam ao ódio.

        O mundo precisa de um Papa de luz e não de trevas.




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