Pessoas...

11 de outubro de 2016

Sou nascida e fui criada numa terra onde saudamos as pessoas com um "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite", quando com elas nos cruzamos, mesmo que não sejam nossas conhecidas.Aprendi a ser assim sem que ninguém me ensinasse, talvez porque os outros que passavam por mim, mesmo quando eu era uma catraia, o faziam.
Já as minhas Minis, por vezes, aqui nesta terra a sul, perguntam-me se conheço determinada pessoa só porque passo por ela e a cumprimento...tento incutir-lhes o mesmo hábito de cumprimentar as pessoas.
Mas, 14 anos a morar na mesma cidade já me ensinaram que muitas pessoas fingem que não ouvem, ou pura e simplesmente não ligam. Já não me afecta nada. Sigo.
O que me irrita mesmo, são aquelas pessoas que tomam café diariamente no mesmo local que eu, almoçam sempre na mesa do lado, e não respondem ao meu cumprimento geral quando chego ao local durante séculos, até que, um dia precisam de um esclarecimento qualquer da minha área profissional, e, aproveitam o café matinal ou o almoço, para, fingindo uma intimidade inexistente, uma simpatia forçada, pedirem a minha ajuda....



13 comentários

  1. Como te entendo!
    Tenho casos, até de irmãs minhas que, depois do meu acidente, só porque me afastei de meio mundo( Só Deus e eu é que sabemos), e deixei de ser a " burra de serviço" que na minha casa era sempre festas e mesas cheias. Como tudo o que me aconteceu, afastei-me, mas nunca fechei a porta a ninguém, mas claro as festas acabaram, por não haver alegria e estar revoltada com muitas coisas. Pois tenho pelo menos duas que não me ligam e moram pertinho. Uma delas, só se lembra que existo quando precisa que lhe fique com o filho. Nunca me nego, mas fico triste.
    "Saber que lhe matei a fome a ela e às filhas enquanto processo de divorcio. O que mais de doía era saber que não tinha dinheiro para comer, mas chegava a casa dela para lhe dar alimentos e ela estava de cigarro na mão com a maior descontracção." (isto pouco antes do meu acidente)...Pois desta pessoa nunca recebi ajuda quando tive o acidente. Não fossem primas e Tia, era como se não tivesse irmãs. As outras estavam mais longe.
    Isto poderá não ter nada a ver com o teor do teu post. Mas é como dizes, quando precisam aproximam-se com a maior lata.

    AMIGA DESCULPA O EXTENSO COMENTÁRIO. FOI UM DESABAFO

    Beijinho grande

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  2. Se há coisas que me irritam essa é uma delas. Para mim é falta de educação não responder a um cumprimento, mas há imensa gente assim...

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  3. Se fosses mazinha, respondias assim: boa tarde. Sorrias e voltavas à tua comidinha, que merece muito mais atenção do que as pessoas que agem assim.

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  4. E, nesses momentos, diz-se, com toda a calma e educação, "desculpe mas recorde-me o seu nome. Se é que alguma vez mo disse..."

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  5. isso é assim com os meus vizinhos, já desisti ficava frustrada
    com tanto cumprimento e ninguém me ligava nenhuma!!

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  6. Eu insisto em ser educada, apesar dos rudes desta vida.

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  7. É ... normalmente as pessoas sabem sempre quem somos e o que fazemos quando precisam . Porquê , não é ?
    Não é mais fácil ser educado e simpático com olhares que se cruzam tantas e tantas vezes ?
    beijinhos

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  8. Eu moro numa localidade que, em 1973, quando vim para cá, era quase uma aldeia, apesar de ficar a 2 Km do limite de Lisboa. Quase toda a gente dava a saudação e mesmo hoje, os mais antigos ainda nos cumprimentamos. Mas o sítio cresceu muito e tornou-se num dormitório da capital. É impossível entrar num estabelecimento e conhecer tanta gente e o hábito foi-se perdendo. Mas aqui na rua todos nos conhecemos e como moro no cimo da rua, que não tem saída, ainda nos pomos à conversa com os vizinhos, como na província.
    Gosto de morar aqui e não me imagino num desses bairros modernos aqui ao lado, onde as pessoas se comportam como se fossemos de uma raça diferente...

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  9. Havia um velhote no meu prédio que saudava toda a gente, e ficava muito aborrecido se não lhe respondiam.
    Um abraço

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  10. Eu também falo sempre e também muitas vezes sou ignorada. Realmente mais vale não ligar.

    Beijocas

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