Da formação obrigatória...

12 de abril de 2017

Depois de uma manhã destas no cabeleireiro, dei por mim a pensar que, para se exercer a dita profissão deveria ter-se formação em psicologia e, por outro lado, fazer-se um juramento tipo o de Hipócrates para os médicos, um juramento de silêncio.
Não sou frequentadora assídua de tal estabelecimento, mas quando vou sem ser à hora de almoço ou manhãzinha e apanho mais movimento, fico a saber a vida de metade das pessoas que não conheço. 
Ali fala-se de tudo. De doenças e traições, entre lágrimas e sussurros; de nascimentos e casamentos, entre sorrisos. Mostram-se fotografias dos netinhos a todos os presentes. Pedem-se conselhos e contam-se segredos que nem ao padre se contam em confissão. É um sítio muito engraçado para se fazerem estudos comportamentais.
O que me aborrece mesmo é que, quando uma senhora sai, toda arranjada com a sua mise feita, há umas quantas, que tentam tirar das cabeleireiras uma série de informações acerca de quem acabou de sair, opinando sobre isto e sobre aquilo.
Tenho uma relação de mais de dez anos com a minha cabeleireira, não lhe conto nada que não seja público e notório, mas, felizmente, ao que posso ver enquanto espero, arranja sempre forma de dar a volta à curiosidade alheia.


24 comentários

  1. É raro ir ao cabeleireiro, mas, de facto, aquilo mais parece um consultório de várias especialidades, tendo em conta os vários tipos de temas abordados :p

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  2. Ir ao cabeleireiro é caricato, as pessoas contam mesmo a vida delas sem mais nem menos! ahahah

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  3. Devo ir ao cabeleireiro, mais ou menos, 2 ou 3 vezes por ano. Entro muda e saio calada. Não falo muito apenas o essencial: bom dia/boa tarde, que tipo de champô, se a água está fria ou quente, se quero amaciador, que género de corte de cabelo é que pretendo, se o secador está muito quente, enfim... tudo relacionado com o trabalho que estão a desenvolver. De resto, nada. Mas também não tenho nenhuma relação de proximidade ou constante com a cabeleireira onde vou.

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  4. Mas que grande verdade! Como nas mercearias ... Loool Chegam a saber mais da minha vide do que eu!!! :-)

    Beijinhos

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  5. A começar pelo tipo de revistas que por lá tem é a acabar nas funcionárias que sabem mais que a revista é um antro de bilhardice.
    Kis :=}

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  6. Ai que paciência... Não gosto nada disso. É como dizes, ficasse mesmo a saber de tudo =/

    Beijocas

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  7. A imagem que ilustra este post está mesmo gira

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  8. Eu não partilho muito com a minha cabeleireira e não percebo quem o faz sem ter uma relação próxima com a pessoa, para ser sincera!

    THE PINK ELEPHANT SHOE // INSTAGRAM //

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  9. Verdade! Refugio-me no iPad e vai resultando. Beijinhos

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  10. r: Também nunca fui a Paris :)
    Obrigada por responderes!

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  11. Centros de cusquice dos quais fujo a sete pés :))

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  12. Eu frequento a mesma cabeleireira desde pequena, quando a minha mãe me começou a levar lá. Mas não participo dessas tertúlias. Entro muda e saio calada. Faz-me confusão estar lá a ouvir todo o tipo de conversas. Não é mesmo a minha praia...

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  13. No meu caso é o cabeleireiro que me enche a paciência com cada teoria da conspiração que até fico com dor de cabeça!
    Votos de uma Santa Páscoa

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  14. Eu detesto ir ao cabeleireiro! Lembro-me de ir em miúda e ouvir coisas que dispensava, como pormenores sobre partos e gravidezes!

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  15. É preciso tempo porque dão trabalho a pôr ahah :D

    Verdade!!! Mas aqui também se adequa a célebre frase "quem muito quer saber, nadas e lhe diz". :D

    NEW YOUTUBE POST | OMG! I’M BACK TO MY YOUTUBE CHANNEL? :o
    InstagramFacebook Oficial PageMiguel Gouveia / Blog Pieces Of Me :D

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  16. Eu não costumo ir muito ao cabeleireiro...mas também tenho a ideia que é um lugar onde tudo se sabe...

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  17. detesto cabeleireiros, mas concordo com a tua opinião.
    chego a pensar que para algumas pessoas ir ao cabeleireiro é terapêutico.

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  18. Um local que só frequento para cortar cabelo ou por cor!!!
    Mas sem segredos é possível estar_se bem!!!
    Bjoca

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  19. É a parte mais chata das idas aos cabeleireiros, para mim. Tens razão, além de voto de silêncio, deviam ter obrigação de sigilo/segredo profissional hehehe

    Então e moras onde, diz-me lá! :)

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  20. r: Deve ser uma experiência fantástica!

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  21. Quando ia ao cabeleireiro "aqui da zona" era exactamente o que acontecia... Acho que é por isso que ainda hoje detesto ir ao cabeleireiro! (Ainda que, hoje em dia, vá a um bem mais calmo e onde não tenho esse tipo de problema!)

    P.S. - Obrigada pelo teu comentário... :) Um beijinho!

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  22. Eu adorava ter formação de cabeleireira e, por acaso, até tenho a formação em Psicologia. Se um dia abrir um cabeleireiro, penso que tenho as condições todas reunidas para seres minha cliente :p Ahahah

    Eu vou ao cabeleireiro pouquíssimas vezes agora. E sempre que ia tentava fazê-lo de manhã, a meio da semana. Nunca apanhava lá ninguém. Ao fim de semana é para esquecer e essas cusquices existem em todo o lado. Não tenho perfil para isso. Levo sempre o meu livrinho e estou lá entretida a ler. Ninguém fala comigo, não dou oportunidade a falar de ninguém também. Frequento este espaço há anos e ninguém sabe da minha vida, a não ser, como dizes, o que é notório e do conhecimento geral. Vou lá para fazer a cor e corte, não para uma sessão de psicoterapia.

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  23. Também já assisti a verdadeiras confissões em cabeleireiros. Eu prefiro guardar para mim...

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