Da solidão acompanhada...

17 de abril de 2018

Hoje tive de ir a Lisboa a uma consulta. Como a clínica fica numa zona muito movimentada da capital, decidi ir de comboio e de metro, transportes que eu gosto muito de utilizar (talvez por não os usar com frequência diária).
Já há muito tempo que não fazia viagens em hora de ponta. Dei por mim espantada, como anteriormente me espantavam as conversas que as pessoas (que, na minha perspectiva ali se haviam conhecido nas suas rotinas de idas e vindas para o trabalho) tinham naqueles transportes. Na verdade, hoje o ruído das vozes era muito menor, apenas se faziam notar duas crianças em conversa animada coma avó. Olhando em redor pude ver que quase todas as pessoas estavam curvadas sobre os seus telemóveis, em jogos ou mensagens, apenas olhando de relance para algum movimento mais brusco.
Os telemóveis trouxeram, sem dúvida, uma solidão acompanhada, ou um convívio solitário.


A reflectir.


8 comentários

  1. É isto mesmo: "uma solidão acompanhada, ou um convívio solitário". Concordo totalmente!

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  2. Uma grande verdade. Também não se vê ninguém a ler.
    Abraço
    Abraço

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  3. Não ir um montão de gente a berrar ao telemóvel já foi uma sorte.

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  4. E quando estou a falar com alguém e esse alguém começa a mexer no telemóvel?! Como te percebo!
    Beijinho, Bia
    https://bea-utifullyblog.blogspot.pt/

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  5. Mas olha que tens razão. Fui ao Porto hoje, a uma consulta de psiquiatria (seguros), e no comboio era, poucas as que conversavam. Como é óbvio eu também ia espreitando o que se passava no face, mas tinha o marido ao lado, sempre dava para conversar.

    Gosto de andar de Comboio... e de metro :)
    Beijinhos com carinho.

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  6. É bem verdade... Dou por mim a recorrer ao telemóvel nessas situações também...

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  7. É a mais oura das verdades!
    Hoje em dia ninguém conversa, só estão agarrados ao telemóvel.
    E as crianças de hoje nem querem brincar, só pedem telemóveis, ipads e afins...

    Beijinhos

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