Antes de qualquer coisa...é urgente...

22 de janeiro de 2019

Li hoje no Expresso on line que fomos alertados pelas autoridades europeias para a necessidade melhor investigação  e maior punição nos casos de violência doméstica a mulheres em Portugal, já que muitos dos casos dão em nada.
Como pessoa que trabalha com casos destes há vários anos em diferentes vertentes, não sei se ria, não sei se chore.
Se chore pela existência de casos de violência doméstica, se ria pela prioridade que estabelecem.
Porque antes de se preocuparem em dar ralhetes a quem trabalha na área da justiça, convém que que se invista muito mais em educação das mulheres (e também homens), para a necessidade de preservarem a sua dignidade, de serem pragmáticas e protegerem os filhos se os tiverem.
Porque, se antigamente até se entendia a sujeição à violência pela independência económica e falta de recursos de assistência, hoje não a entendo na maior parte dos casos. Ou entendo. Entendo a falta de amor próprio, a falta de noção de integridade e dignidade, de noção de preservação.
Porque a maior parte dos casos de famílias com violência doméstica que nos passam pelas mãos, não vão a lado nenhum, por elas sofrem dessas faltas que acabei de referir e vivem iludidas com algo que ainda não descortinei e são as primeiras a encobrir e a negar tudo mesmo depois de já meio mundo ter movido mundos e fundos.
Senhores, invistam na formação das jovens, invistam em programas que tornem homens e mulheres cientes da necessidade de haver um limite de dignidade abaixo do qual não se pode descer.


6 comentários

  1. Pois. Penso que nós mulheres temos em parte culpa do que acontece. O homem antes de ser marido é filho. Somos nós quem devemos dar-lhes a educação que inclui ensinar-lhes a respeitar e a tratar com dignidade não só a mulher mas todo o ser vivente. Claro que não incluo aqui aqueles que atuam vítimas de diversas drogas nomeadamente o alcoolismo porque esses muitas vezes não têm noção do que fazem. E nesse caso são as vítimas que devem ter a dignidade e a coragem de dizer basta.
    Abraço

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  2. Parece-me uma excelente opção. Aliás nas escolas quanto mais cedo se falar sobre isso melhor. Desde novos devem ser formados a se respeitarem entre si e a si próprios. Talvez se começarmos de pequeninos quando forem adultos as coisas sejam um bocadinho diferentes!
    https://jusajublog.blogspot.com/

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  3. Difícil tópico porque concordo e discordo do que disseste. Claro que é preciso denunciar mas não achas que muitas desistem da denúncia ou nem chegam a fazê-la porque não leva a lado nenhum? Quantas vezes lemos que os perpetradores vão aguardar julgamento em casa ou ficam com pena suspensa ou são ilibados citando a bíblia e afins. Casos de violação em que os agressores saem em liberdade e se enxovalham as vítimas!
    Não digo com isto que seja desculpa para não denunciar, digo apenas que de certa forma por ser um dos motivos pelos quais muitas mulheres não o fazem, até porque os pode irritar mais e acabam por as matar a elas e a ao filhos etc... Fora que violência psicológica é muito difícil de provar...

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  4. As boas atitudes devem ser incutidas desde o mais cedo possível para evitar este tipo de comportamentos. Beijinhos*

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