Sou absolutamente apaixonada por este poema do Miguel Torga, tanto mais que já o partilhei mais que uma vez no meu mural do facebook. Suscita em mim algumas meditações.
Às vezes, devíamos olhar para quem passa nas nossas estradas da vida e compreender que vai a um ritmo ou com uma postura diferente da nossa.
Devíamos olhar apenas, não dizer nada. Mas ver!
Em silêncio. Despojados de tudo e apenas ver o outro.
Olhamos para o outro, tantas vezes com os olhos cheios de ruído... cheios do nosso próprio ruído... e a vida segue...e continuamos ocupados no nosso ruído e não nos apercebemos do nosso próprio vazio. Nem do silêncio dos outros.
SANTO E SENHA
Deixem passar quem vai na sua estrada.
Deixem passar Quem vai cheio de noite e de luar.
Deixem passar e não lhe digam nada
Deixem, que vai apenas
Beber água de sonho a qualquer fonte;
Ou colher açucenas
A um jardim que ele lá sabe, ali defronte.
Vem da terra de todos, onde mora
E onde volta depois de amanhecer.
Deixem-no pois passar, agora
Um poema magistral! Obrigada minha Querida, pela partilha!:) :*
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Algo vai morrendo lentamente
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Beijos, e uma excelente semana
Um belíssimo poema de um poeta de quem sou grande apaixonada.
ResponderEliminarAbraço, saúde e boa semana
É um poema fantástico, de facto!
ResponderEliminarNão conhecia. Gostei - obrigada pela partilha aqui
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