Não adianta forçar...

2 de abril de 2017

Não adianta forçar, não adianta projectarmos nos filhos as nossas aspirações. Eles são eles mesmos e não há nada a fazer.
Uma das coisas que sempre achei essencial para as minhas filhas era elas saberem tocar algum instrumento. Há exactamente 3 anos começaram com as aulas de música. Uma na viola e outra no piano. Exigia um esforço de coordenação de horários entre aulas práticas e teóricas, mas como eu "fazia gosto" em que elas soubessem música, já que eu nunca tive a oportunidade de aprender, tudo se arranjava. No entanto, apesar dos progressos na aprendizagem, notava que elas não tocavam em casa de livre e espontânea vontade.Tínhamos que ser nós a entusiasmar.
Depois de umas semanas de férias sem tocar tivemos uma conversa séria e transmitimos que, pelo menos temporariamente, iam deixar a música. Não se importaram e nunca mais falaram nisso.
Confesso que, apesar de morarmos numa zona em que há muita tradição na matéria, nunca liguei nada a cavalos. O meu marido sabe montar a cavalo, mas eu nunca me entusiasmei. Até ao dia...até ao dia em que passamos no centro equestre por acaso, até ao dia em que elas experimentaram uma aula grátis e nunca mais quiseram parar... é a loucura total, estejam a fazer o que estiverem, se falo que são horas de equitação é vê-las iluminarem-se...é um sorriso tão cristalino que têm quando estão no cavalo que só visto. E eu... aprendi a gostar também!

19 comentários

  1. Mesmo. A mim (e ao meu irmão) os meus pais impunham a prática de um desporto mas deixavam-nos decidir qual. E ainda bem porque teria odiado se tivessem escolhido uma modalidade que eu tivesse odiado. :)
    Ainda assim, fizeram questão que o 1° desporto fosse natação para aprendermos a nadar. Eu nadei durante anos, adorava aquilo e saí calmamente quando deixei de gostar. O meu irmão andou uns bons anos e saiu sem saber nadar. A intenção dos meus pais era boa mas realmente quando não se quer e não se gosta, não há como forçar.
    Quanto à música, ainda bem que nos livrámos disso, nem eu nem ele temos qualquer jeito. Já bastaram as aulas obrigatórias na escola. Eu ainda treinava qualquer coisa em casa com a flauta (para grande horror dos ouvidos dos meus pais), o meu irmão nem se dava a esse esforço. Se nos tivessem posto a aprender um instrumento, teria sido catastrófico.
    Eu costumo dizer que gostava muito que a Mini-Tété gostasse tanto de ler como eu mas tenho noção que isso não depende de mim. Os meus pais sempre incentivaram a leitura, eu adoro ler e o meu irmão não. Por isso, sei que incentivarei a Mini-Tété a ler, tem quase um ano e meio e brinca mais com os livros do que com os bonecos por isso quero acreditar que já está ali um bichinho que tenho de ir alimentando, mas consciente que me pode sair um tiro ao lado e que eu não a poderei forçar a gostar de ler.
    Acho sobretudo que o que é bom é que haja interesses (seja na música, nos cavalos, na natação, na leitura), porque já conheço casos de crianças e adolescentes que simplesmente não têm qualquer vontade de aprender/fazer nada. Os pais bem insistem e é vê-las a irem a aulas de piano, de alguns desportos, de teatro, a clubes de leitura, xadrez, 1001 coisas e nada, nada interessa aos filhos (nem a escola, claro). Isso sim, deve ser desesperante.

    ResponderEliminar
  2. Às vezes e preciso experimentar para saber se gostam...

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

    ResponderEliminar
  3. Então toca a usar :)

    Concordo plenamente :) É deixá-los o poder de escolher!!

    NEW WISHLIST POST | Spring Clothing Favs + Weekly Mood Board to Inspire <3
    InstagramFacebook Oficial PageMiguel Gouveia / Blog Pieces Of Me :D

    ResponderEliminar
  4. Pois eu nunca montei um cavalo não conheço a sensação, mas um dia hei-de experimentar.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

    ResponderEliminar
  5. É fácil fazer esse tipo de projeção! Mas importante é sermos capazes de parar, observar, refletir e inverter a marcha se tal for o mais certo!

    ResponderEliminar
  6. Não vale a pena forçar o que não é natural, relacionado à música.
    Até eu adorava andar de cavalo :D

    ResponderEliminar
  7. De facto, cada pessoa é única. E é bom interessarem-se por alguma coisa genuinamente, é bom os pais tentarem compreender os filhos, como são, o que gostam, para perceberem verdadeiros potenciais. Beijinhos

    ResponderEliminar
  8. É um processo de aprendizagem, perceber que os filhos são nossos mas, acima de tudo, são deles mesmos. Espero poder vir a ter o mesmo discernimento que a Maria :)

    ResponderEliminar
  9. Gostei do texto!
    Nem sei que te diga, são coisas muito diferentes. O hipismo faz-lhes bem. A Bruna também tem, só que, é nos póneis derivado à diferencia. Mas ela adora.

    Ainda ando fora de mim, sem cabeça para nada. Tenho vontade de "fugir"

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  10. E, por vezes, forçar ainda tem resultados piores. Quanto muito, podemos incentivá-los, mas dar-lhes oportunidade de escolha.
    Quem sabe, talvez um dia retomem à música :)

    ResponderEliminar
  11. a equitação é o máximo e é óptima para as crianças! x

    E. ♥ Meet me for Breakfast

    ResponderEliminar
  12. É isso, cada um sabe de si! =D hahaha e é de pequenino que começamos a saber <3

    Um beijinho dourado

    ResponderEliminar
  13. É bem verdade, eles têm os seus próprios gostos 😜

    ResponderEliminar
  14. É verdade! Cada pessoa tem os seus próprios gostos! :)

    A Marca da Marta

    ResponderEliminar
  15. Eu ficaria com o mesmo sorriso. Amo cavalos e adorava poder aprender a andar =)

    Beijocas

    ResponderEliminar
  16. Pena que é um desporto tão caro. Em tempos também aprendi, é fantástico, não admira que elas gostem <.9

    ResponderEliminar
  17. Tem mesmo de ser assim: deixar a criança perceber aquilo que mais a deixa feliz.

    ResponderEliminar
  18. É mesmo isso. Nós tentamos, mas... eles é que decidem o que gostam e é tão melhor vê-los fazer o que gostam mesmo, os olhinhos brilham ;)

    ResponderEliminar