Só com o tempo...

26 de outubro de 2017

Em tempos, não há muito tempo, tive uma amiga, que, entretanto se afastou (la terá tido os seus motivos), que não se cansava de me dizer que eu tinha de ser mais positiva, que a felicidade dependia unicamente de cada um de nós. Trocamos muitas vezes argumentos porque eu não concordava nada com a postura dela.
Com efeito, há coisas que não vale a pena ensinarem-nos e meterem-nos na cabeça. Temos de as descobrir por nós. Algo na nossa vida tem de fazer um clique. 
Depois de sofrer um bocado por ser ansiosa, por querer sempre mais e mais da vida, de ter um médico a receitar-me antidepressivo atrás de antidepressivo por ter déficit de produção de serotonina (comprovado por exames médicos), estou, há quase um ano, sem tomar qualquer medicação, com excepção da que me é receitada para as fortíssimas enxaquecas que me ensombram os dias. Sem tomar medicação, absolutamente tranquila, aceitando alegremente o que a vida me vai proporcionando. Não deixei de querer evoluir, mas evoluí muito noutro âmbito: no âmbito da minha postura perante os acontecimentos. Não me tornei preguiçosa, apenas reservo a minha energia para o que realmente importa. Aprendi a sorrir mais, porque uma reacção é, quase sempre, o resultado de uma acção. Sinto que a gratidão me abriu portas para uma grande evolução.
Hoje acredito piamente que os pensamentos e energias positivas atraem coisas boas. 
Estou a realizar uma série de exames médicos para descobrir o que me causa as dores de cabeça e o esquecimento, mas estou tranquila. Deixei de ser uma mulher assustada, na expectativa.
Como já aqui o referi, só preciso de deixar de criar expectativas em relação às pessoas. Respeitar total e absolutamente a sua liberdade e agir em conformidade com aquilo que me demonstram. 
Mais do que nunca, valorizo os afectos. São o que realmente importa. O resto é conversa. 
É. Talvez seja a idade...talvez seja a prática da meditação...talvez sejam as caminhadas matinais junto ao Tejo, apreciando a natureza.
Não, sei...sei que vivo em paz e que tudo o que me custe a minha paz é demasiado caro.


10 comentários

  1. 1º - Em relação à sua amiga que se foi, eu digo que: Há pessoas que passam nas nossas vidas apenas pelo tempo necessário, como se tivessem uma missão, e depois vão à sua vida. :-)
    2º - Se consegue viver sem essa medicação, só faz bem em afastar-se dela. Creio eu que a meditação e demais práticas que adquiriu, lhe fazem bem melhor.
    3º - E por último, se não gostar de si, quem gostará?

    Beijo e tudo de bom

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  2. Sabes, Gosto muito de ti, e mais não digo :)

    Beijos
    Boa noite

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  3. Óptimas notícias, diria eu.
    A amiga que se afastou se calhar não era assim muito amiga...
    Bfds

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  4. pensamento positivo é sempre uma boa opção mas nem sempre é fácil..
    as melhoras e que descubras rapidamente o que se passa mas sem grandes preocupações tudo se vai resolver :)

    Passatempo a decorrer: https://rosa-xhiclet.blogspot.pt/2017/10/passatempo-rosa-chiclet-batiste.html

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  5. Eu acredito mesmo que pensamentos positivos atraem coisas boas! :D

    amarcadamarta.blogspot.pt

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  6. Viver em paz é o melhor que temos! Que bom que alcançaste a tua! :)

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  7. Há muitíssimas coisas más no nosso estado geral que dependem muito mais de nós próprios, do nosso estado de espírito, do que de medicamentos ! Para quantas dessas coisas o remédio está em nós mesmos !?...
    Acho que estás a ir bem, no caminho certo !

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  8. A vida é uma constante aprendizagem Maria e realmente há muitas coisas que dependem de nós próprios, se soubermos reconhecê-las e mudá-las a nosso favor, otimo. Foi o teu caso, estás no bom caminho e tomara muita gente :)

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  9. Querida Maria, nunca é tarde para sermos felizes! :)

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  10. Gostei imenso deste texto! Porque me revi nele e porque estou a aprender neste momento tudo isso. :)

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