A favor...

30 de novembro de 2016

Sou católica. Aceito que a minha vida só Deus tem o poder de lhe por fim. Mas esse poder reconheço-lho sobre a minha vida, que acredito nele e estarei disposta a sofrer até ao fim.
No entanto, enquanto ser humano, além de respeitar aqueles que não acreditam em Deus algum e, portanto, não têm quaisquer entraves de ordem religiosa, respeito o direito que cada homem e cada mulher têm a ter uma morte digna, a partir antes de caírem na degradação total ou num sofrimento insuportável.
Por isso, agora que o parlamento vai discutir a eutanásia ou o suicídio assistido, espero que sejam corajosos o suficiente para tornar tais práticas legais.

12 comentários

  1. É um tema que não me deixa suficientemente à vontade para tomar uma posição. Talvez por ser a única "viagem" sem possibilidade de retorno... é um bilhete de ida sem volta...

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  2. Não vou dizer se sou contra ou a favor, até porque tenho uma ainda escassa experiência de vida e nunca passei por tal situação, felizmente.
    No entanto, apresento-te o argumento de quem é contra: cuidar e tratar melhor, eliminar a dor, dar carinho e apoio. Aqueles que são contra a eutanásia tentam lutar por uns cuidados paliativos melhores e que abranjam todos aqueles que sofrem de doenças crónicas ou terminais. E, assim, sem dor e sofrimento, permitir ao ser humano que parta, no momento certo, com dignidade.

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  3. Totalmente de acordo com a tua posição. Haja coragem para dar a hipótese a cada um de decidir o que fazer da sua vida e da sua morte.

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  4. Tema do meu trabalho de fim de estágio de advocacia.
    Que o meu pai retomou quando estudava Filosofia.

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  5. Sinceramente nem sei o que dizer sobre este assunto. Há vezes em que concordo, outras em que discordo. É um assunto muito complicado e delicado também...

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  6. Bem é um assunto sério. Demasiado sério.
    Nunca necessitei de "pensar no assunto" mas sim, também sou a favor.

    Beijocas

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  7. Concordo a 100%. Os meus avós sofreram bastante nos últimos tempos. O meu avô já implorava para não ir ao hospital pois todos aqueles procedimentos e todo aquele ambiente horrível, para quem sabia que já estava no final, ainda lhe causavam mais agonia. E ele, estando bom da cabeça, mas acamado, falava sempre que o que mais lhe custava era a perda de dignidade que a doença lhe tinha trazido. Nem me quero lembrar...

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  8. Confesso que é um tema que me deixas muitas dúvidas...


    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  9. Sou crente, embora muito pouco praticante dos atos religiosos em si. Acredito que existe algo maior, embora não saiba o quê em concreto. Mais do que uma religião, acredito em valores como o amor, o carinho, o respeito, a liberdade, o amor ao próximo, entreajuda e muitas outras coisas boas que qualquer ser humano digno deveria praticar, muito além das obrigações de uma certa religião. Por isso acredito e defendo sempre o direito à vida mas, acima de tudo, à vida com dignidade, com condições confortáveis, com respeito. E acredito que cada um deve ser livre de escolher o que fazer com a sua própria vida, por isso defendo e sempre defenderei a eutanásia, o aborto, o direito à escolha. Espero que seja tomada a decisão que mais respeite esta nossa liberdade de escolha e direito à vida plena.

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  10. Não sou crente, mas de qualquer das formas não acho que algum tipo de crença possa toldar o pensamento. Todos temos o direito à vida, é mais do que certo. E, da mesma forma, deveremos ter o direito a decidir - em plena consciência - quando a vida que vivemos já é só sobrevivência. Há tantas doenças que roubam por completo a vida muito antes de nos matarem. Este é um assunto passado mas eu já disse ao meu namorado que se algum dia ficar em estado "vegetal" não quero que me mantenham viva por egoísmo deles. Quero que me deixem ir, para que eu possa descansar. Sei que será difícil caso venha a acontecer mas ter tido a minha avó em coma por culpa de um tumor cerebral fez-me começar a ver as coisas de forma fria. Sofrimento não é vida. É sobreviver em pedaços.

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