Não é blá, blá! É problemático.

13 de novembro de 2017

Já todos estamos cansados de ouvir que em Portugal se consomem muitos ansiolíticos, calmantes e outros medicamentos que ajudam a manter a tranquilidade e a dormir. Somos, aliás, o país da Europa onde mais se consomem.
Assusta-me a facilidade com que se quase suplica (na perspectiva do doente) pela prescrição de benzodiazepinas e a leviandade com que os médicos as receitam. E falo com conhecimento de causa. Depois da minha segunda gravidez, e devido a problemas de saúde da minha filha mais nova, foi-me prescrita a toma de ansiolíticos c comprimidos para dormir, que eu tomei de bom grado porque precisava de paz. 
O médico continuou a prescrever (em doses cada vez mais altas, porque iam deixando de ser eficazes) e eu continuei a tomar porque "precisava" deles. Até que comecei a sentir perdas de memória e confusão. Aí iniciei a busca de literatura sobre o que estaria por detrás desses sintomas e percebi que a toma daqueles medicamentos e os mesmos poderiam estar relacionados. Resolvi fazer alguma coisa e comecei por fazer grandes caminhadas, cada vez maiores, junto à natureza. Encontrei muita paz e cansaço ao fim do dia. Quando dei por mim, já não tomava medicamentos para dormir há meia dúzia de dias e estava tranquila. Fui deixando e deixei de vez.
Um ano volvido, comecei a ter muitas enxaquecas e, com elas, dificuldades em dormir uma noite inteira, nunca em adormecer. Curioso que a primeira coisa que as pessoas me aconselham quando lhes falo desta minha dificuldade é pedir um comprimidinho ao médico. Mas não peço, depois de perceber o que a toma prolongada de tais substâncias pode causar, para me ajudar com as enxaquecas procurei ajuda no Reiki, na alimentação, num estilo de vida ainda mais saudável. As coisas vão melhorando.
Gostava imenso que as pessoas, profissionais de saúde e doentes, pensassem com honestidade sobre a relação benefício/danos a longo prazo que a ingestão de diazepinas implica, e pudessem ambos abrir as mentalidades na busca de métodos alternativos menos tóxicos, que tragam consigo não apenas o afastamento dos sintomas mas que ataquem a causa dos mesmos.


11 comentários

  1. Ainda bem que procuras alternativas.... Gostei de ler-te

    Beijo de boa noite

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  2. Cada vez mais médicos e doentes recorrem à saída mais fácil... que é a mais prejudicial, a longo prazo. Mas isso nunca é tido em conta.

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  3. Obrigada!!! Obrigada! Obrigada!!! Eu tenho sono terrível, super leve, acordo mil vezes, lembro-me de vários sonhos por noite, ando sempre cansada (é essa a verdade) mas recuso tomar medicação.
    Falhas de memória tenho pelo cansaço às vezes extremo, a única coisa que tentei foi valeriana que não faz nada!
    Eu adormeço a caminho da almofada e quando lá chego já estou a sonhar, o Ricardo acha impressionante a velocidade a que adormeço e com que começo logo a sonhar...
    Desporto faço e não ajuda e agora grávida a coisa está mil vezes pior mas obrigada por não ser a única a rejeitar medicação para dormir! Obrigada por haver quem perceba essa resistência.
    Depois de ter a miúda vou-me virar para as terapias alternativas a ver se ajuda....

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  4. As pessoas exageram nesse tipo de medicamentos....

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  5. O mais fácil é sempre recorrer ao comprimido, mas as atividades ao ar livre fazem maravilhas e isso cabe a cada um fazer um esforço para obter uma melhor qualidade de vida. É que os comprimidos têm consequências por vezes irreversíveis...

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  6. É muito importante encontrarmos alternativas! Concordo com tudo o que li! :D

    amarcadamarta.blogspot.pt

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  7. Acho bastante interessante o que acabaste de escrever. Infelizmente a saúde é um negócio e isso faz-se notar cada vez mais. Acho que era interessante que partilhasses por aqui conteúdos relacionados com essa tua nova alimentação, eu que sofro de imensas enxaquecas iria gostar imenso de ler pois só recorro à medicação em último caso! Beijinhos*

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  8. Eu sou das que toma comprimidos para dormir. Infelizmente. Mas não tive grande alternativa porque já não dormia bem, ou passava as noites totalmente em claro, há mais de 2 anos, o que resultou num esgotamento. Portanto, ou dormia, ou dormia. Tive azar com os dois primeiros médicos que praticamente me drogaram. Como não estava a gostar dos efeitos, procurei outro. E acertei! Trocou-me a medicação toda e, apesar de ainda continuar a tomar comprimidos para dormir (enquanto não estiver tudo normal não os posso deixar), as ordens que tenho são para os deixar o quanto antes. A medicação é toda mais natural, com compridos que não causam habituação, mas como ele diz, não deixa de ser medicamento. Portanto, a par deles, faço um outro tratamento alternativo e os comprimidos são para ir deixando ao poucos até deixar de precisar deles. Foi a primeira vez que um médico escreveu numa receita "caminhadas à beira- mar, meditação, ioga e outros exercícios de relaxamento". E não estou a gozar! Ele escreveu mesmo isto. Certo é que agora já só tomo comprimidos para dormir, que são suplementos naturais, mas que a médio prazo (assim espero) são para deixar de lado e muito, muito raramente, um comprimido para as enxaquecas em s.o.s.
    Tudo isto para dizer que ainda bem que procurei uma alternativa e encontrei um médico que me indicou o caminho para elas. Caso contrário, acho que estaria bem pior à conta da medicação.

    :) :)

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  9. ha uma maneira natural de dormir. Cha de alface. É ferver agua e depois por dentro do cha uma folha de alface. A alface tem um componente que é um soporifero natural. Vale a pena tentar! Uma das minhas amigas sofre the insonias e ela jura que é como quem lhe da com um martelo pela cabeca abaixo. E nao tem efeitos secundarios! nao custa tentar!

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