Não há inocentes nestas histórias...

Na semana que passou, em variadíssimos meios de comunicação social foi notícia a entrevista dada por Meghan Markle (e respectivo marido) a Oprah Winfrey. Os telespectadores dividiram-se, essencialmente, entre os que consideram a mulher do princípe Harry uma espécie de segunda Lady Di, e os que consideraram a entrevista um lavar de roupa suja.  

Não considero, de todo, que seja uma coisa nem outra.

Quando decidiu fazer parte da realeza, Meghan não era a jovem imatura que era a mãe do seu marido quando decidiu dar tal passo. Acresce que, pelo que se sabe, a duquesa de Sussex não enfrenta uma desvantagem que a princesa Diana enfrentava: a existência de uma terceira pessoa no seu casamento. Mais, Meghan não foi propriamente acolhida calorosamente pela família real. Ao invés, numa fase inicial, Diana Spencer foi vista como a salvação para a rebeldia do princípe Charles.

Também não me parece que seja genuinamente de espanto e preocupação a reacção da casa real às acusações de racismo e indiferença feitas por Meghan. É a reacção que se esperava. A politicamente correcta. 

Como se diz lá na minha cidade, entre uns e outros venha o diabo e escolha. A monarquia inglesa decadente, mais uma vez na ribalta por motivos pouco abonatórios. Os duques de Sussex, agora desligados da monarquia, tiveram o seu momento de fama e ganharam umas boas patacas. 

Não há inocentes e ninguém faz nada que não lhe dê visibilidade ou lucro.