Quem quer arranja tempo!!!

31 de agosto de 2018

Somos amigas desde os bancos de escola. Na adolescência passamos horas ao telefone (fixo que não havia telemóveis) e nos bancos dos jardins da nossa cidade. Imaginávamos o futuro e nele fazíamos parte do dia a dia uma da outra.
A vida levou-nos a morar a cerca de 300 kms uma da outra. Como ponto comum temos apenas a nossa cidade Natal, onde nos encontramos, normalmente, nas festas locais.
A última vez, foi há 4 anos. Os afazeres pessoais dificultaram o encontro.
Até que partilhei isto no facebook.



Percebemos que os contratempos (muitas vezes sem grande importância) não nos podem impedir de estar com aqueles que verdadeiramente fazem parte da nossa história e que sabemos que nunca nos vão falhar.
E de quarta até hoje arranjamos um fim de semana aqui em casa, para juntarmos a nossa prole e dizermos palermices até às tantas. Ela está com febre e eu com uma enxaqueca brutal. Mas ninguém vacila. Porque quem quer arranja tempo, quem não quer arranjas desculpas.
E é isto.

Pensem nisto por mais lamechas que vos pareça.


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Das polémicas...

28 de agosto de 2018

Quando ouvi as declarações do Papa Francisco, na sua viagem de regresso, em que aborda do tema da homossexualidade, vi logo que o jornalismo de meia tigela e as redes sociais iam ter oportunidade de ouro de destilar o seu ódio.
 Vi logo que pegariam no que lhes interessava: o uso da palavra psiquiatria, num contexto de homossexualidade.
Confesso que já estou enojada desta época de extremismos, de indignação pessoal desenfreada. 
Ele é a loucura com a igualdade de géneros (vista cegamente, sem olhar às patentes diferenças, quando as diferenças devem ser ponderadas para que haja igualdade de oportunidades), à mania da parentalidade positiva (em que parece que são os filhos que se impõem aos pais, devendo estes acatar os seus humores), ao ridículo de se valorizarem mais os animais não racionais que os seres humanos. Defende-se a liberdade, mas somos impedidos de dizer algo que não vá na onda, sob pena de sermos linchados na praça pública, independentemente daquilo que verdadeiramente queiramos dizer e do que verdadeiramente façamos. 
Não me choca o uso da palavra psiquiatria, pois continua a não ser uma descoberta fácil, descobrir-se que se pertence a uma minoria que até há pouco tempo era vistas como "doente". O recurso à psiquiatria como forma de ajudar numa descoberta e numa aceitação do que se é, e não numa perspectiva de tentar mudar seja o que for.
Mas não, ficaram presos a uma palavra, olvidando que Francisco pediu para não se condenar, e defendeu que a parentalidade impõe que se aceite e se acompanhe.

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Somos números...

22 de agosto de 2018

Ontem tive de fazer uma TAC.
Quando chegou a minha vez, a funcionária chamou: Dª Maria do Mundo. Levantei-me da sala de espera e fui alegremente. Quando cheguei lá dentro pediu-me imensa desculpa por me ter chamado pelo meu nome próprio, mas não tinha conseguido aceder ao meu número de senha.
Perante a minha perplexidade, explicou-me que, com a Nova Lei da Protecção de Dados, não podem ir à sala de espera chamar as pessoas pelo nome próprio, e apenas pelo número da senha.
Claro que não me parece tolice nenhuma, mas sou daquelas pessoas que gosta de ser chamada pelo seu nome e de chamar os outros pelos seus. Não me agrada ser um número.


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O mau gosto faz sentido?

16 de agosto de 2018

Hoje li uma frase num artigo da revista Visão que diz que o mau o mau gosto nunca fez tanto sentido, que as sandálias ortopédicas, os vestidos da avó ou os sacos de plástico estão a chegar aos guarda roupa.
De facto, esta frase faz sentido. Faz sentido até um certo ponto. Porque nem tudo é mau gosto. Penso sim, que vivemos uma fase onde tudo é quase normal.
Nas férias de verão encontramos uma loja fantástica em Madrid de meias de algodão. Tinha meias giras, giras. Eu, fã confessa de Vermeer, comprei umas com a Rapariga do Brinco de Pérola, lindas de morrer. A minha filha mais velha, fã de unicórnios e flamingos, foi apresentada a um pack de meias giríssimas. Contudo, nenhuma das 4 era igual a qualquer das outras e foi-nos explicado que a tendência era usar meias diferentes em cada pé. Achei graça para a miúda usar em casa e para dormir.
É parece que quase tudo começa a ser permitido e "normal". 
Há coisas, no entanto, a que nunca me vou render. Gosto de ver jeans com alguns rasgões, mas feitos com sentido, porque vejo alguns que são mesmo feitos à toa e ficam horríveis. Não tenho nenhuns nem tenciono comprar. 
Esta liberdade, levada às últimas consequências, vai levar-nos onde? Há coisas a que não adiro e ponto, por muito modernas que sejam. Sou bota de elástico em muitas coisas no que a mim concerne. Mas cada um deve vestir-se como se sente bem!

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Manifestem-se!

11 de agosto de 2018

Sou daquelas pessoas que, cada vez mais, vem seleccionando as coisas que efectivamente merecem a minha atenção. Há muitas coisas com as quais me conformo sem grandes manifestações. No entanto, quando me é dada a oportunidade de opinar e o assunto tem alguma relevância, gosto de o fazer.
Sou daquelas pessoas que gosta quando, no último domingo de Março, a hora adianta e os dias passam a ser maiores. Aliás, gosto muito de passear depois de jantar no Verão e ainda ser dia claro.
Acredito que haja quem não pense assim e que este horário cause alguns distúrbios a algumas pessoas. Pelo que sei, os finlandeses queixam-se de o mesmo lhes perturbar o sono e a produtividade.
Por gostar tanto deste horário, mal soube da consulta pública a decorrer levada a cabo pela UE, fui opinar sobre o assunto, respondendo às questões colocadas.
Espero, sinceramente, que este horário de que sempre me lembro, assim se mantenha.
Manifestem-se...AQUI


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Ai minha gente!!!

10 de agosto de 2018

Ai minhas pessoas, vocês escandalizam-se por tudo!
Basta uma alminha publicar no facebook um recibo de 5 cêntimos que pagou por um copo com água da torneira num qualquer café do Cascaishopping e toca a destilar veneno para cima de quem ousou fazer tal cobrança. Ele é de chulo para cima (ou para baixo, conforme a perspectiva).
Pois, se é que vos interessa a minha experiência, já há 22 anos que eu fiz Erasmus em Itália e, em Bolonha, tínhamos que pagar o equivalente em liras por um bem idêntico! Portanto, não me parece nada do outro mundo. Mais, se o café tem de pagar a água que consome e se se dá ao empregado trabalho para o servir, não vejo onde está o escândalo. 
Pior que isso, são as pessoas que vão ao café pedir um copo com água, servem-.se da casa de banho e nada consomem no estabelecimento. Fazer isso, uma vez, numa aflição, até entendo, mas conheço pessoas que o fazem recorrentemente.
Pior que isso é pagar 6 euros por uma garrafa de água como pagamos em França.
Deixem-se de tretas, vão correr, fazer caminhadas ou meditação para ver se ficam com menos vontade de chamar nomes aos outros.


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Pequenas irritações...

9 de agosto de 2018

Há coisas que mexem comigo no dia a dia.
Desde que me lembro existirem caixas self service nos hipermercados que me lembro de o meu marido se recusar a passar as nossas compras por elas, ainda que as filas para as caixas normais sejam grandes.
E desde que me lembro existirem essas caixas que eu me armo em mulher moderna e despachada e me enfio numa delas se estiver livre.
Acontece que, nestes anos todos, cada vez que inicio o uso de uma que tenho a esperança renovada de fazer as compras sem percalços. No entanto, nunca, mas mesmo nunca o consegui. Aparece sempre uma mensagem de colocar os artigos no saco, quando eu já coloquei (sobretudo quando são coisas leves, pois parece que a máquina não reconhece o peso, apesar de eu atirar as coisas com toda a força para o saco), ou a mensagem de mandar aguardar pelo assistente.
E, de todas as vezes, quando me despacho eu venho mais enraivecida que sei lá o quê e que murmuro, numa tentativa inconseguida de me convencer, que nunca mais usarei uma geringonça daquelas...


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Serei assim tão sensível ou os outros são estúpidos?

3 de agosto de 2018

Começo por pedir desculpa pelo título deste post, mas, ao ver a minha vizinha da rua de baixo, que terá aí os seus 70 anos, na varanda a limpar os estores às 15 horas, altura em que tive de sair para ir à escola das Minis, pergunto-me se eu é que tenho algum problema ou se as pessoas andam transtornadas.
Na verdade, eu ia dentro do carro com o Ar Condicionado nos 18º C e a simples perspectiva de não ter lugar para estacionar mesmo à frente da escola já me deixava transtornada. E fiquei apalermada quando vi a senhora em tal tarefa... 
A  piorar esta minha dúvida aparece-me agora a notícia de que às 12 horas e 30 minutos a praia de Santo Amaro de Oeiras estava lotada encontrando-se no areal inúmeras crianças.
As minhas filhas não saíram de casa ontem e hoje também não. Não quiseram e mesmo que quisessem eu não deixava. Bem sei que no meu caso o isolamento térmico e o bendito A/C tornam a minha casa bem mais apetecível. Mas, penso que qualquer shopping, hipermercado ou edifício público é bem mais agradável para estar nestes dias e a estas horas que propriamente a praia ou a varanda descoberta. Pois...mas se calhar eu é que sou doida e  demasiadamente sensível ao calor.



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Entendo, mas custa-me a aceitar...

2 de agosto de 2018

A igreja católica excluiu hoje das suas regras (do seu catecismo) a possibilidade de excluir uma vida humana em toda e qualquer circunstância. 
Com o fundamento de que toda a vida humana é inviolável e que Deus é o garante único dessa mesma vida, proíbe-se agora a possibilidade de recorrer ao homicídio em qualquer circunstância, ainda que seja para salvaguardar outras vidas. Até aqui vinha-se admitindo a possibilidade de matar alguém quando tal fosse a única forma de salvar muitas mais vidas colocadas em perigo por um agressor. Agora, nem isso.
Como jurista e como cidadã sou absolutamente contra a morte como pena. Ou seja, como castigo por um crime cometido. O mesmo não quer dizer que o seja como forma de evitar muito mais mortes. 
Na verdade, no primeiro caso (como pena) nenhuma vantagem (a não ser para os cofres do estado) em relação à pena de prisão. No segundo, teremos a vantagem de salvar seres inocentes das garras de um carrasco.
Sou católica. Tenho de pensar sobre o assunto. Mas, assim à partida, não me parece que tenha sido uma boa exclusão.

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Não sou fã...

1 de agosto de 2018

Por essa blogosfera e facebook podem encontrar-se, hoje, imensas imagens a dar as boas vindas ao mês de Agosto. 
Confesso que não sou nada fã deste mês. Talvez porque, desde pequena, oiço o ditado "Agosto, frio no rosto.", e me lembro sempre que os dias começam a ficar muito pequenos.
Não gosto de fazer férias em Agosto porque nas zonas turísticas há sempre montanhas de gente.
Recordo-me, no entanto, com alegria das festas populares, dos arraiais e fogo de artifício.
Este ano, contudo, como acabei os passeios no fim de semana passado, começo a saborear o que de bom tem Agosto para quem fica: a tranquilidade, o trânsito mais fluido e a ausência de grandes filas nos estabelecimentos.
Por aqui, elas já começam a pensar no material escolar, embora eu ache prematuro.
Não sou fã de Agosto, mas este ano parece que vai ser tranquilo. Esperemos.


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